google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Meses de estudos e trabalho. Despesas, nem vale a pena somar. Uma paixão não tem preço. A ideia era fazer mais do que um pocket rocket. Um carro único, inspirado em uma conversão que não sai da minha cabeça, o Focus RS8 (Focus Mk1 com motor V-8 e tração traseira). A divisão de performance Ford Racing Performance Parts (FRPP) preparou essa conversão para o salão SEMA de 2003 (mais detalhes em http://www.ford-v8-focus.com/).
O que eu tinha em mãos era um pequeno Ka e o AG, inestimável consultor em assuntos relacionados a motores V-8. Ele sempre diz que, com o kit 3M, tudo é possível. 3M não é a famosa empresa, mas o somatório de Marreta+Maçarico+Machado. Ou, sendo menos sutil, não há combinação de carro com V-8 que um pote de KY não resolva!
Bom, ideia na cabeça, peças básicas à mão (um Ka, um V-8 e o kit 3M) e os trabalhos começaram. Não vou entrar em muitos detalhes, mas esta foto dá uma boa idéia da trabalheira que foi:
Claro, alguns reforços aqui e ali seriam necessários em nome da segurança. Depois veio todo o trabalho de reforçar o que não era compatível com o novo motor, como freios, suspensão... CHEGA! Desculpe, leitores, não consigo ir além dessas poucas linhas nesta brincadeira. Bem que gostaria que o Ka V-8 fosse verdade, mas o único equipamento instalado foi um transmissor de rádio que emula o som de um motor V-8 através dos pulsos do alternador, que faz ele deduzir a rotação do motor.
Foi desenvolvido por uma empresa sueca (http://www.soundracer.se/) e é facilmente encontrado no ebay por cerca de 35 dólares. É uma besteira sem tamanho, claro, mas a vida não pode ser totalmente séria, certo? O aparelhinho parece uma manopla de câmbio com acabamento simulando fibra de carbono. Digita-se uma frequência FM que não seja usada por nenhuma rádio e sintoniza-se o rádio do carro nessa estação virtual. Ao ligar, uma pequena acelerada até 2.000/3.000 rpm pro aparelhinho "encontrar" os pulsos do alternador. Tem versões V-8 e V-10!
No Ka funcionou até melhor do que eu esperava. Em um Civic, praticamente nada. Talvez o alternador desse carro não suje tanto a corrente elétrica que permita que o Soundracer detecte. Em uso normal, com carga (gravei os vídeos parado na garagem), o som é mais interessante, pois a subida de giros é mais lenta e ele consegue até entender as reduzidas. Sofre muita interferência de fios da rede elétrica e outras poluições eletromagnéticas que temos em São Paulo.
Mas... é divertido! Um ótimo presente para aquele amigo que anda de carro mil mas JURA que deu pau em Golf, ou algo assim...
Abraços,
MM

Velocidade. Coragem. Estabilidade. A emoção de levar um carro esporte leve e baixo a seus limites. Cento e sessenta quilômetros por hora.
Hoje em dia parece incrível que tais coisas sejam publicadas, mas em 1964 a Willys-Overland do Brasil fazia questão de dizer exatamente a que vinha seu incrível esportivo de 540 kg.
Me parece mais incrível é que não existam mais esportivos de verdade produzidos no Brasil, pelo menos nos grandes fabricantes. Resta apenas a valente Lobini (sem contar os replicadores). E mais incrível ainda é um carro pesar 540 kg. Coisas de um tempo em que carros eram feitos para desviar de uma barreira sólida, e não enfrentá-la.
Mas, se em mil novecentos e sessenta e quatro 160 km/h era algo possível de se mencionar em propaganda, em 2010 todo mundo acha isso uma velocidade impossivelmente alta e ilegal, que provavelmente desintegrará imediatamente qualquer carro que a tente, e portanto mencioná-la é tabu.
Ó admirável mundo novo...
MAO

O ornamento de capô mais famoso do mundo é a estátua de uma mulher chamada Eleanor Velasco Thornton e nasceu de uma história de amor, ou de um amor secreto.

No início do século XX, Eleanor era a amada do Lorde Montagu of Beaulieu, um entusiasta por automóveis e editor da revista inglesa The Car. Eles não podiam oficializar seu romance uma vez que Eleanor não tinha credenciais sociais suficientes para ser esposa de um Lorde. O Lorde tinha uma esposa oficial.

Lorde Montagu encomendou uma estátua ao escultor Charles Robinson Sykes para ornar o capô de seu Rolls-Royce Silver Ghost. Eleanor, com seu robe flamejante, foi a modelo. Simbolizando o amor secreto, originalmente o nome da estátua era The Whisper, que pode ser traduzido como O Segredo.
Os primeiros Rolls-Royces não tinham ornamentos no capô. Porém em 1910 os enfeites se tornaram moda e cada pessoa escolhia o seu. Só que alguma pessoas estavam usando "mascotes" inapropriados para um Rolls-Royce. Algo como um adesivo "É nóis na fita" num Mercedes Classe S! Então a Rolls-Royce tratou de encomendar um mascote gracioso, compatível com a marca que expressasse o espírito da marca:

"The spirit of the Rolls-Royce, namely, speed with silence, absence of vibration, the mysterious harnessing of great energy and a beautiful living organism of superb grace..."

"O espírito da Rolls-Royce, ou seja, a velocidade com o silêncio, a ausência de vibração, a misteriosa combinação de energia e um bonito ser de graça soberba..."

Charles Robinson Skyes foi o escolhido pela Rolls-Royce, que lhe sugeriu como inspiração a Deusa Alada da Vitória, Nike. Porém Skyes não se impressionou e quis algo mais feminino: Eleanor. Então ele modificou The Whisper transformando-a na Spirit of Ecstasy, Espírito do Êxtase. Originalmente foi chamada de Spirity of Speed. Mas na época de sua apresentação para a Rolls-Royce Skyes se referiu a ela como uma pequena e graciosa deusa, Espírito do Êxtase, confirmando assim seu nome final.

Nos Estados Unidos, onde o ornamento é um pouco diferente, com maior inclinação para frente, é conhecido como The Flying Lady, ou A Dama Voadora.

De 1911 a 1914 o ornamento era banhado em prata. Depois passou a ser banhado em níquel ou cromo para desestimular furtos. Chegou a ser oferecido banhado em ouro, como opcional. A estatueta, ao contrário do que quase todo mundo diz, nunca foi feita com prata maciça.

E assim um amor proibido ficou eternizado.

Nota: quando visitamos a coleção do Og Pozzoli descobri que o ornamento dos Packards se chama Goddess of Speed, Deusa da Velocidade. Não tem a mesma graça da Eleanor!

...mais elas ficam da mesma forma.
Uma brincadeira recorrente, e francamente infantil, que tenho com meu amigo JJ é deflagrada sempre que nos topamos com um Hyundai i30. Quem o viu fala primeiro, o outro responde, mais ou menos assim:
- Olha, o MELHOR do BRASIL!!!!!
- Não, o MELHOR do MUNDO!!!!
- Não senhor, o melhor do UNIVERSO!!!
E por aí vai. Depois do universo (a maior coisa conhecida) a brincadeira devia acabar, mas na verdade descamba para um papo muito estranho e impublicável sobre orla exterior e expansões délficas, algo compreensível apenas a adolescentes dos anos 80 vidrados em ficção científica que se recusam a crescer.
E tudo por causa da megalomaníaca propaganda da empresa, que ainda por cima diz que o tal hatch coreano é tão confortável quanto ingleses, tão sólido quanto alemães, e uma interminável ladainha deste tipo.
Me lembrei da propaganda acima e resolvi postar ela, depois de uma rápida pesquisa em minhas estantes e uma passada no scanner, para lembrar ao Juvenal e aos leitores de que não há, realmente, nada de novo debaixo do sol...
MAO