google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Entre as várias inovações do Ferrari 458 Italia está o volante multifunção.

As aletas de trocas de marcha ocupam um grande espaço atrás do volante. Para evitar interferência e erros de operação, as alavancas com interruptor para os comandos de luzes de direção, llimpador de para-brisa e acionamento dos faróis foram eliminadas.

Esses comandos, assim como outros, foram integrados ao volante deixando as aletas de troca de marchas livres e desempedidas. Apenas lembrando, o 458 tem caixa robotizada dupla-embreagem de  sete marchas e não possui sequer alavanca de mudanças ou versão manual tradicional, de seleção de marchas em "H".

A foto abaixo mostra bem todos os comandos no volante.



As luzes de direção estão em dois botões separados, um de cada lado. Acionamento dos faróis e farol alto à esquerda e acionamento do limpador/lavador do para-brisa à direita. A posição do acionamento da buzina também é bem diferente, fica no próprio aro do volante. Mas que usaria a buzina num Ferrari? Basta uma bela acelerada para assustar quem quer que seja.

Os outros comandos no volante são: partida, amortecedores e o famoso manettino, o botão giratório. O botão de partida dispensa explicações. Já o botão com desenho de um amortecedor desabilita qualquer controle eletrônico dos amortecedores, ou seja, deixa a suspensão trabalhar independente dos outros comandos. Serve por exemplo para uma tocada mais esportiva em pistas com superfícies mais acidentadas ou onduladas.

O botão giratório tem cinco posições que variam de acordo com a tocada desajada.
São elas:

Sport: posição padrão com controle de tração e de estabilidade trabalhando à vontade,

> Race: alivia um pouco o controle de estabilidade para soltar um pouco a traseira e permitir alguma derrapagem,

Low-traction: para pisos com pouca aderência,

CT-off: desabilita o controle de tração permitindo saídas de traseira mais intensas,

CST-off: desabilita tanto o controle de tração quanto o controle de estabilidade, permitindo que o piloto encontre o seu próprio limite.

As duas últimas posições são recomendadas apenas para uso em pista.

Aproveitando o post listei outros pontos interessantes do 458.

As tomadas de ar para o radiador tem uma aleta flexível que se deforma com a velocidade e ajuda a reduzir o arrasto aerodinâmico e aumentar a sustentação negativa (downforce).

Existem entradas de ar na base dos faróis com saídas no topo dos para-lamas dianteiros para reduzir a sustentação positiva (lift).

As tomadas de ar para o motor estão escondidas na coluna "C" causando menos turbulência no fluxo de ar sobre a carroceria do que as tomadas da F430. Essas entradas aumentam a pressão de admissão do ar em altas velocidades o que proporciona um aumento de potência de pouco mais de 5 cv (indução dinâmica).

O ar de arrefecimento do motor é captado em dutos por baixo do carro, a frente das rodas traseiras.

Nas extremidades da traseira existe um radiador de cada lado, para embreagem (dupla) e caixa de câmbio. As tomadas de ar para esses radiadores fazem a função de um aerofólio, como no Enzo.

Só existe a opcão de caixa de sete marchas robotizada dupla-embreagem e comando por alavancas no volante. Bye-bye para a tradicional grelha metálica, com as posições das marchas, dos Ferraris com caixa manual.

No painel há o mostrador central com um grande conta-giros que marca até 10.000 rpm. Em cada lado há uma tela. Na tela da esquerda há um indicador de tempreatura dos pneus e freios e outros dados sobre o carro. Muito útil para brincar nos track days. No lado direito fica o sistema de navegação e outros comandos.

A direção é muito rápida, com duas voltas de batente a batente.

É claro que falta falar muito sobre esse carro espetacular. Logo mais voltaremos a ele.



A comparação entre o Saab 9000 Aero e o BMW M5 deu bastante interesse, pelo que parece. Eu comentei sobre o Porsche 911 (nos posts do MAO / JJ).

Só para mostrar que não foi brincadeira que o 9000 que usei na Alemanha conseguia andar junto com o 911, vou começar com alguns dados.

Um 911 da época, o 964, tem 250 cv e 31,6 mkgf, pesa 1.400 kg. Um Saab 9000 Aero tem 225 cv e 34,7 mkgf e pesa quase 1.500 kg. Normalmente a potência de um motor varia mais ou menos 5%. As potências exatas dos carros da estória claro que não sei.

Outros dados dizem que a velocidade máxima do 911 é quase 260 km/h. Um 9000 Aero normalmente faz 240 e pouco. Acho que o motivo principal para a diferença é o valor do Cx x A (coeficente de arrasto multiplicado pela área frontal ).

Então, lembro que era 1995, no outono. Fui à Alemanha num fim de semana com minha noiva. Se não me engano, passamos a sexta e sábado para ver coisas históricas no Vale do Mosel. Lá perto tem o circuito de Nürburgring, que eu já havia visitado várias vezes antes. Quando o circuito abriu no domingo eu já estava lá.
Não lembro, mas pode ser que eu já tivesse feito umas 2 ou 3 voltas. Mas no começo da última volta eu vi um 911 no espelho. Pensei: ser melhor deixar ele passar, e fiz isso. Mas depois pensei: será que dá para seguir ele?

Os freios do 9000 estavam bastante gastos pelo tempo na pista, mas entrando nas curvas eu tentei dirigir com um pouco de cuidado durante a primeira parte da volta, até a ponte lá embaixo.
Com muita surpresa o 911 ainda estava à vista.

Depois da ponte começa a subida longa, e lá o torque do turbo ajuda bem e não se precisa frear tanto. Com muita surpresa o 911 ainda estava por perto. Achei muito engraçado.


Sei que isso não diz tanto sobre "quem é mais rápido", e não sei nada do motorista daquele 911. Só sei que o 9000 é bem fácil de dirigir e balançar no limite, é bem bacana para um FWD (tração dianteira).


Um 911 da época não era tão fácil de dirigir no limite e com motorista normal não é moleza fazer tempos respeitáveis no "Ring". Com outros motoristas claro que poderia ter outro resultado. Mas tanto faz, foi uma experiência inesquecível.

Mais tarde naquele dia, ainda cedo, estava voltando para a Suécia. Ahhh!, pouca gente na Autobahn, momentos raros e gostosos.

Não lembro quem chegou na traseira de quem, mas estava lá eu e outro 911, de novo. A Autobahn nunca é totalmente vazia e às vezes tem-se que frear e baixar velocidade bastante para deixar um carro à frente ultrapassar outro carro ainda mais devagar.

Nas acelerações, o 9000 "puxou" o 911. Entre 130 e 230 km/h, o 911 estava "chorando". Só quando a gente chegou a uns 250 km/h (no velocímetro), o 911 conseguiu fazer um pouco de distância do 9000. Um pouco. E dali a pouco se precisava frear de novo. E depois, essa aceleração gostosa do 9000 Aero outra vez...

HJ

P.S.: Por que minha noiva não gritou e chorou no banco da direita? Naquela época ela não tinha carteira de motorista e não entendia nada dos perigos em velocidades altas. Na primeira volta no "Ring" ela disse sorrindo: " - Como os pneus gritam bem ..."
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Um ótimo exemplo da célebre frase "Racing improves the breed." é essa imagem que o pessoal da Corvette elaborou, mostrando pontos que foram revisados do Corvette com experiências adquiridas nas pistas com os C6.R das categorias de GT.

Claro, algumas das citações são mais jogadas de marketing, mas diversos pontos podemos ver que são realmente bem parecidos com os de corrida, principalmente na parte de aerodinâmica (clique na imagem para ampliá-la).