google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Hunka, Hunka burning love!

Que Elvis Aaron Presley era o rei do Rock and Roll nínguem discute. O que poucos sabem era que Elvis gostava de carros, mulheres e armas. Não necessariamente nessa ordem.


O Pantera 1971 de Elvis como se encontra no museu atualmente.
No final da vida, Elvis começou a decair vertiginosamente. Se divorciou de Priscilla, engordou, namorou Candice Bergen, engordou mais, namorou Cybill Shepherd, engordou ainda mais, namorou Linda Thompson, comprou um carro para ela, engordou mais e atirou no Pantera!


Elvis guiando o Pantera devidamente equipado com óculos e costeletas.
O fato é que Elvis comprou um carro híbrido para Linda. Claro que ele não comprou um Toyota Prius para ela. Híbrido eram chamados os carros europeus da época, com motores americanos. No caso, um DeTomaso Pantera 1971 amarelo com motor de 351 polegadas cúbicas (5,7 litros) OHV da Ford capaz de 266 hp atrelado a um transeixo ZF de 5 marchas. E, claro, na década de 70 bastava ter motor central que já era um carro exótico.

Motor Ford 351 OHV e transeixo ZF de 5 marchas do carro de Elvis.
O DeTomaso Pantera era um carro de uma empresa italiana fundada por um argentino chamado Alejandro DeTomaso, com motor Ford americano e projetado por outro americano, Tom Tjaarda (nativo de Birmingham, no Estado de Michigan). A Ford acreditava que estava criando um novo nicho de mercado com o Pantera. Para os seus executivos o Pantera era o link perdido entre os carros exóticos europeus e os muscle cars americanos. Um carro com performance igual ou superior à de um Ferrari porém com peças comuns de Mustang.


Além do motor Ford, os Pantera eram vendidos em concessionários Ford no mercado americano e, durante um tempo, vinham equipados com o mesmo volante do Ford Capri, como no exemplar de Elvis. Isso era devido à legislação americana quanto ao tamanho mínimo dos volantes. Muitos donos americanos trocaram os volantes para os mesmos usados no mercado europeu. Elvis pagou US$ 2.400 pelo Pantera amarelo de Linda Thompson. Um pequeno mimo que Elvis depois quis de volta.

O interior de outro Pantera de 1972 como vendido no mercado europeu, com um volante de acordo.
O Pantera que Elvis deu a ela ficou famoso. Não porque Elvis o dirigiu em algum filme (ele já não cabia nas telas na época) mas sim porque, em um momento de fúria, Elvis meteu três balas à queima roupa no painel do Pantera sentado no banco do motorista. Por que? Bem, Elvis foi pegar o carro de volta porque tinha brigado com Linda e o carro não pegou de primeira, a bateria estava descarregada. Mas pegou na segunda tentativa com ajuda de outra bateria, afinal é preciso mais do que três balas para parar um Pantera!

O compartimento dianteiro do Pantera de Elvis onde ficavam a bateria e o estepe.
Os três tiros não foram fatais. Um pegou na porta porém foi consertado por um dos donos subsequentes. Os outros dois pegaram no volante do Capri sendo uma de raspão do lado esquerdo a 11 horas no volante e o terceiro tiro entrou a 9 horas, como mostra a foto.

O volante baleado de Ford Capri do Pantera de Elvis.
Reza a lenda que esse carro foi vendido por 1 milhão de dólares (na época em que 1 milhão era muita grana) para um dos donos antes de chegar às mãos de Bob Petersen que é o atual dono do Pantera ferido. Petersen era promotor de artistas e um entusiasta amante de hot rods. Tinha vários carros exóticos inclusive um Lamborghini Espada. O Pantera tinha duas funções para Petersen: ter um carro que ele gostava com DNA de hot rod, e que perteceu à celebridade das celebridades. Mais tarde, Petersen veio a fundar a Petersen Publishing Corporation que entre outras coisas publica as revistas Motor Trend e Hot Rod. O mundo dos entusiastas é mais cheio de intrigas que as novelas mexicanas, não?



De acordo com a máfia de Memphis, Elvis gostava de andar armado. Ele carregava vários tipos de armas, desde rifles até pistolas. Um dos amigos próximos de Elvis, com medo do pior e vendo o que tinha acontecido com o pobre Pantera, começou a encher a bola de Elvis dizendo que ele deveria aprender karatê. Afinal, qual arma seria mais poderosa que o próprio Elvis? Mas Elvis não se conteve em apenas atirar no pobre e indefeso Pantera. Em certa ocasião, ao assistir televisão com amigos viu um programa sobre o desafeto Robert Goulet e não teve dúvida, mandou chumbo no aparelho de TV também.

O aparelho de TV que Elvis baleou.
Atualmente o Pantera se encontra em um museu, mais precisamente o Petersen Automotive Museum, em Los Angeles. Para alegria dos fãs de Elvis e entusiastas, o Pantera não foi restaurado e se encontra com a pintura externa original, pintura do motor também original em azul Ford e interior quase de fábrica exceto pelo painel da porta esquerda que foi trocado devido ao tiro que tomou. Porém o volante emprestado do Ford Capri continua com as duas marcas de bala.


Julgando pelo estrago e de acordo com testemunhas da época, a arma do crime foi uma alemã Walther PPK, mesma arma que Hitler supostamente usou para se matar e a mesma pistola preferida do agente mais famoso do MI6: James Bond 007. No caso de Elvis, sua PPK era folheada a ouro e tinha cabo de marfim. Uma coisa interessante sobre essa pistola de Elvis foi que ele a deu de presente em 1973 ao ator Jack Lord, bem conhecido pela série Havaí 5-0. Mas uma coisa ainda me intriga: sendo a PPK uma arma de calibre 38, o buraco na direção me parece que foi feito por uma arma de calibre menor, algo do tipo calibre 22. Porém, não sabemos se o volante recebeu algum pequeno reparo ou se o tempo se encarregou de encolher o buraco de bala.

A PPK folheada à ouro que Elvis presenteou a Jack Lord em 1973
Elvis gostava de automóveis bons. Em especial, gostava de carros americanos: ele era patriota. Porém, enquanto serviu o exército na Alemanha, Elvis foi dono de um belo BMW 507 e de um Messerschmitt.KR 200. Isso mesmo! Não se tratava de um letal caça Me-109 mas sim de um dos primeiros bubble cars fabricados pela mesma empresa que deu ao mundo o Me-109 e o jato Me-262.
Quando voltou à América, Elvis continuou com os Cadillacs, teve um Lincoln preto limusine em 1960, teve algumas Harley-Davidsons, um Rolls Mulliner Phantom V e dirigiu o único Corvette Stingray racer 1959 de Bill Mitchel no filme "Clambake" ("O Barco do Amor", 1967), que foi pintado em vermelho para a ocasião. Mas uma coisa é de se respeitar em relação à Elvis: ele sempre preferia um ícone americano a dirigir um Ferrari ou um Jaguar XKSS, como Steve McQueen fazia.


O BMW 507 de Elvis enquanto servia o exército americano na Alemanha.



Elvis e seu Messerschmitt KR 200 de 3 rodas.
Esse é o vídeo do Pantera 1971 de Elvis Presley que esteve no Concorso Italiano de 2009:








Em 1970 o Porsche 911 era um carro esporte puro e honesto.
Nesse ano, iria receber algumas modificações interessantes. Entre elas a suspensão dianteira que foi movida 14 milímetros para a frente com o intuito de reduzir o esforço necessário para operar a direção. O motor também ganhou maior cilindrada, agora com 2.165 cm³.
Em 1970, o diferencial autobloqueante era um ítem opcional e nos Estados Unidos o carro era vendido em 3 versões:
- 911T com 145 cv e velocidade final de 205 km/h custando 6.430 dólares.
- 911E com 175 cv e velocidade final de 220 km/h com o preço de 7.895 dólares.
- 911S com 200 cv e velocidade final de 230 km/h a um custo de 8.675 dólares.
Apesar de estar no mesmo nível em termos de performance de um Jaguar E-Type e Corvette básico, o 911 era muito melhor acabado e conseguia andar muito bem através de finesse ao invés de força bruta.
Porém, era um carro bastante caro e custava mais que o Jaguar E-Type e o Corvette, mas algo em torno de mil dólares mais caro que um Mercedes 280 SL. Hoje tanto o Corvette quanto o Jaguar E-Type valem mais dinheiro que o Porsche.
Um 911 1970 já é um quarentão (ah, como gosto da língua inglesa, onde carros são sempre referidos no feminino e não no masculino...).
Conheci um novo vizinho de rua esse final de semana. O tempo estava bom e não estava nevando, então ele tirou o 911 1970 dele para fora da garagem a fim de deixar o motor rodar um pouco.
Mas o que é mais interessante de tudo isso é que esse carro que estão vendo nas fotos foi o primeiro carro dele. Ele o comprou novinho em 1970 e tem o carro há quarenta anos! Foi com esse carro que conheceu a esposa, que diz que também foi com esse carro que os três filhos foram concebidos.
O fato é que o carro ainda tem a pintura e toda a parte mecânica originais, apesar de ter vivido quarenta anos de aventura. A única coisa não original do carro são parte do revestimento dos bancos dianteiros que foi trocado por tecido, uma vez que o couro se deteriorou.
Dos três filhos, dois não dão a mínima para o carro, porém um já o pediu para ele. Como diz o pai:, melhor , assim não tem briga.
Chris, o dono do carro, é um engenheiro de computadores aposentado e agora trabalha como instrutor de ski meio periodo aqui, em um resort de Park City.
A vida cheia de alegrias e realizações a bordo de um Porsche 911 manteve o casal feliz e com total juventude.
Um verdadeiro Autoentusiasta, esse meu vizinho.
Ah, sim, o melhor da festa: ele já me convidou a experimentar o 911 na primavera.
Mal posso esperar!



Logo que vi o carro a primeira coisa que pensei foi tirar essas fotos com o iPhone e mandar para o MAO. Sabia que ele iria apreciar toda essa pureza aos quarenta!
Para recebermos o novo colunista, Carlos "Mr. Corvette" Scheidecker.





Aposto que não temos nenhum leitor que não goste de Corvette. Eu pelo menos não conheço ninguém!

O carro da foto é de um colega australiano aqui no escritório.
Ao que parece, todo dono de Toyota gosta de fazer isso no inverno.
Sei porque quando era mais novo eu fiz o mesmo com a minha 4Runner e por sorte nada aconteceu.


Porém isso resulta em alguns acidentes indesejáveis.
A neve está compacta porque o snow plower tirou do estacionamento e empurrou para o lado criando esse monte de gelo.
Acontece que acaba derretendo e cedendo sempre um pouco e, com isso, o carro vira.
Semana passada teve um cara aqui que fez igual, também com uma Toyota e o carro virou.
Sorte que não tinha nenhum carro ou pessoa do lado para não aumentar o estrago.


A expressão do sujeito ao voltar ao estacionamento e ver sua Toyota tombada de lado foi algo que não consigo descrever. Priceless, seria o termo que me vem à mente.
Fica então a lição: Não estacione seu Toyota dessa forma sobre gelo principalmente quando há centenas de vagas livres.