Foto g1.globo.com
A tomada aérea aí acima foi feita a bordo de um helicóptero e mostra um cenário de trânsito congestionado típico. A cidade, nem é preciso dizer qual.
Eu já disse que o inventor do helicóptero, o russo Igor Sikorski (1889-1972) está no Céu sentado à direita do Senhor. O número de vidas salvas pela máquina voadora que ele criou garante-lhe tal lugar, e por toda a eternidade. Mas a utilidade do helicóptero, graças à sua capacidade de pousar e decolar na vertical, e logicamente pairar no ar, não está sendo bem aproveitada pelas radiotrânsitos e autoridades de trânsito de São Paulo e outras capitais que têm problemas de tráfego .
Dois serviços conhecidos de observação do trânsito em São Paulo, o da TV Globo e o da Rádio Eldorado AM, são muito úteis no informar como estão as coisas lá embaixo -- falando das dificuldades, é claro -- mas não o que as está causando, salvo em raríssimas ocasiões.
Do lado policial, não me ocorre que haja alguma fiscalização/observação nesse sentido, tipo um real monitoramento do trânsito por helicóptero.
Seria tão fácil, por exemplo, o observador constatar uma via engarrafada e seguir até o ponto que está causando a retenção, para dali acionar quem administra a via para que empreenda uma ação que elimi.ne o probelma. Mas, não, o que se ouve ou o que se vê é que no trecho tal há problemas e, ponto final.
A Rádio Sulamérica Trânsito presta um servico pela metade com a sua turma rodando por São Paulo. É comum o ou a jornalista a bordo dizer que se leva tantos minutos para ir de uma ponte a outra de uma marginal e, pior, em grande parte das vezes responsabilizando o "excesso de veículos" pelo congestionamento.
Veja-se o seguinte exemplo. De Santo Amaro, em São Paulo, tomando as marginais do Pinheiros e do Tietê rumo ao Rio de Janeiro, até a Lagoa Rodrigo de Freitas, nesta cidade, não existe um semáforo sequer. Se não houver interrupção de faixa de rolamento, o tráfego simplesmente não pode parar, como tem parado cada vez mais. Se para é porque há algum tipo de problema, de traçado, de alça de acesso, alguma coisa tem. Nesse caso, nada melhor e nada mais lógico do que procurar examiná-lo do alto.
Ou seja, se quiser, a autoridade de trânsito resolve o problema. Se não resolve -- deixo para o leitor pensar no porquê...
BS