google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Atendendo a pedidos, resolvi clicar algumas coisas que me ajudam a trabalhar, a fazer a alegria de alguns amigos!
Ferramentas são o tipo da coisa que nunca se tem demais. É impossível, sempre têm uma utilidade especifica, são legais para alguma aplicação obscura, mesmo que só se use uma vez na vida, se paga e vale muito a pena.
Cada tipo ou grupo de ferramentas atende a um propósito mais ou menos evidente e sempre é bom ter em mente o que se pretende para que a compra seja o mais proveitosa possível.
Uma dica legal é ver o carro que voce tem ou mexe mais, no caso esecífico de medidas em milímetro ou em fração de polegada. Se o estimado leitor é amante de Volkswagens, por exemplo, deve ter todo o seu arsenal em milímetros; se é um cara que é mais chegado em carro amercano, tudo deve ser em fração de polegada. Uma ferramenta na medida ou sistema errado só vai arruinar porcas, parafusos e peças. Não é sensato nem se justifica. Logo, vamos rachar o porquinho e comprar o necessário, para se ser feliz de uma vez e sem dores de cabeça posteriores.


Nesta imagem eu coloquei algumas ferramentas manuais básicas que entendo serem excelentes para trabalharmos com algum conforto e sem muitos improvisos.
Tipos simples de ferramentas como chaves de biela ou L, que se consegue em tamanhos que vão de 3/8" a 3/4" ou de 10 a 19 milímetros. Chaves simples e relativamente baratas que ajudam muito a apertar ou afrouxar de forma rápida porcas e parafusos.
Chaves de boca planas, chaves combinadas boca/estria planas, chaves de estria com alguma angulação e elevação, chaves especiais para freios e outras porcas para fixação de tubos com flange, chaves planas para locais de difícil acesso, no caso a que aparece na foto, de 11 e 13 mm, é perfeita para retirarmos a porca que prende o carburador dos Volkswagen quando montados com apenas 1 carburador e para facilitar a retirada rápida de porcas e parafusos de medidas menores que as chaves L normais, chaves tubulares que se consegue em medidas menores que 3/8" ou 10 mm.
Chaves allen, torks, alicates de pressão, e uma ferramenta não muito comum de se achar aqui no Brasil, os puxa-furo, que são coisas simples, mas que ajudam um mundo quando se está sozinho e se precisa alinhar furos para se passar um parafuso.




Essa caixa da foto é a minha, nada demais, nada de menos e uma boa ajudante, que sempre me ajuda a fazer minhas coisas por aqui.
Claro que isso é o básico. Se voce quer ir um pouco mais longe, por exemplo, mexer em motores, vale investir em algumas ferramentas que vão tornar sua vida muito mais fácil e lhe permitir fazer coisas legais e precisas. Um bom torquímetro, que pode e sempre deve ser o mais simples possivel, uma cinta de comprimir anéis, uma boa caixa de soquetes. Se for apenas um motor ou outro, isso resolve bem, se for um hábito que se pretende cultivar, micrômetros e paquímetro são indispensáveis.
O paquímetro é universal, lê em milímetros e em polegadas. Já os micrômetros não, precisa de um para cada espécie de medição. Como são ferramentas realmente caras, só se compra se realmente houver real necessidade, tendo em vista que normalmente em qualquer retífica se faz serviço de medição e tudo costuma ser informado com coerência.



Junto com essa de fazer motor, tem sempre o problema de roscas eventualmente sujas ou avariadas, necessidade de se fazer um furo qualquer e se abrir rosca, e aí vamos descobrir que nem sempre naquele sábado à tarde, quando você, guerreiro de fim de semana resolve trabalhar um pouco e não tem nenhum torneiro aberto à disposição. O jeito, meu velho, é pegar suas ferramentinhas de corte e ir à luta. Machos, tarrachas, extratores cônicos, aquele pente de rosca para descobrir que parafuso é aquele para o qual você precisa conseguir uma porca, tudo isso voce deve ter à mão. Na foto abaixo, kits baratinhos, importados da China, sempre um em milímetro e outro em polegada, que não vão servir se você quiser fazer um serviço pesado ou muito preciso, mas são bem baratos, para serem usados sem culpa e que vão atender plenamente as necessidades nossas de fim de semana, que nos ajudarão muito a limpar uma rosca enferrujada que não deixa o parafuso rosquear de forma adequada.
Estávamos falando em motor, e na hora de montar um, nada mais legal que ter a mão um jogo de machos para limpar todas as roscas antes da montagem final, para que o torque aplicado aos parafusos venha efetivamente ser consumido no alongamento dos parafusos, e não para compensar atritos causados por ferrugem, sujeira e outras coisas que não têm lugar numa boa montagem de motor. Abaixo a minha caixinha de quebrar galho quando o torneiro não está disponível.


E num sábado à tarde, quem vai nos dar aquela mãozinha quando estamos sozinhos na garagem, aquela mão forte se nos ajuda a prender as peças? Ele mesmo, o torno de bancada, ou morsa. Um cara que sempre nos ajuda a prender uma peça no lugar para furarmos, limarmos, esmerilharmos quando não temos ninguém por perto para ajudar! Um item impossivel de dispensar em qualquer meia oficininha meia-boca de fundo de garagem de entusiasta!


E já que falamos em furar, limar, esmerilhar, como não lembrar das maquininhas bacanas que fazem uns servicinhos que não temos como fazer assim na mão limpa?


Os dois motoesmeris tem uma explicação. Num deles dois rebolos abrasivos de uso geral, um de grão fino e outro de grão grosso. No segundo, uma escova de ao rotativa e um rebolo especial, destinado a afiar ferramentas de corte. No mais, retificadeira reta, esmerilhadeira de disco, furadeira e um bom carregador de bateria.
Claro, serra tico-tico, lixadeira, politriz, compressor de ar, tudo isso é necessário e imprescindível, mas vamos deixar barato! Vamos deixar barato porque tem um tipo de ferramenta que por mais que seja mais caro e mais especifico é de uma grande valia: equipamentos de soldagem. Felizmente podemos comprar equipamentos simples como a maquininha eletrônica da foto, que vai soldar um monte de coisinhas legais que encontramos nas nossas necessidades diárias, mas evidentemente não vai servir para soldar o casco do Titanic versão 2011. Se for para coisa mais pesada, um equipamento mais sério se faz necessário.
Claro, ia esquecendo, soldar é dificil, né? Que nada, esse livrinho que eu cliquei junto com a máquina é o fim de todas as dificuldades, Welder's Handbook, o livro de mão do soldador. Recomendo enfaticamente a qualquer pessoa que queira mexer com solda mas não tenha tempo para fazer um curso decente no Senai.
O livro ensina tudo o que você pode precisar e vai ser um bom livro de cabeceira e de bancada também. Usei e recomendo. E se você for um cara com pouco amor ao vil metal, faça-se um enorme favor e compre um conjunto de oxi-acetileno, corte e solda. Para não me alongar muito, o maçarico é apenas o equipamento de solda mais versátil que existe. Simples, e além de soldar, ainda corta, fura, aquece, tempera, faz um bom e variado numero de serviços e tarefas que ajudam demais o entusiasta em suas rotinas!

E por fim, por mais que o autoentusiasta seja antes de tudo um corajoso, um forte, ele não é assim um Hulk, portanto, algumas coisinhas a mais ajudam muito nessas horas dificeis que nem toda a força humana resolve.

Talha de corrente para tirar motor e elevar coisas pesadas é excelente para locais com pouco espaço, mas requer um ponto de fixação elevado.

A talha hidráulica é mais prática, mas é mais um trambolho grande na sua garagem. Logo, na hora da dificil decisão, pense nesses pormenores. Mas em caso sério de dúvida, compre ambas. Garanto que você não vai se arrepender.
E muito importante: você vai pôr o motor aonde? Exato, no cavalete de montar motor, porque entusiasta de verdade não monta motor emcima da mesa da cozinha, não é mesmo?
Outra presença indispensável é uma prensa hidráulica. Um modelito simples, como este de 15 toneladas, faz a festa.

Apesar da foto ser ruim, uma furadeira de coluna é algo indispensável também, e se você ainda se der ao luxo de pôr uma pequena morsa com mesa de coordenadas X e Y, fica perfeita. Para furar com precisão coisas simples e pequenas. Sempre os furos saem retos, no esquadro.


Um policorte, por mais que seja algo mais recomendado a um serralheiro, é legal se for serrar e cortar peças metalicas, trabalhar com adaptações e fabricações sempre.

Agora, depois de tudo pronto e fotografado, vi uma falha imperdoável! Não limpei a parede da oficina ao redor do interruptor de luz! Já vejo o Grande e infrene beletrista, nosso amigo José Rezende Mahar me repreendendo por esta falha imperdoável, uma grosseria ímpar com os leitores do blog! Aceitem meu pedido de desculpas!
Despertaram o gigante adormecido?

Situações drásticas requerem ações drásticas. Depois de toda a crise financeira e no setor automobilístico americano, não dá pra pisar em ovos. Fábricas fechadas, marcas enterradas, divisões vendidas (ou quase). A GM lançou uma campanha de satisfação de 60 dias nos EUA. Compre o carro e você tem 60 dias pra devolver se não estiver satisfeito. Menos de 1% devolveu o carro. Nada mal. Mas tem mais...


O guru-marketeiro-falastrão Bob Lutz está ligado no 220 V! Ele lançou o desafio de um duelo com qualquer sedã não modificado contra o fantástico Cadillac CTS-V, dono de uma marca impressionante em Nürburgring.
Muitos aceitaram, muitos desistiram e, no final, um escriba do blog Jalopnik acabou sendo o único que restou. Lutz não confirmou que ele mesmo dirigiria o carro, talvez um engenheiro de testes mais novo e mais qualificado, mas no final, o senhor de 77 anos conduzirá o Cadillac na pista do Monticello Motor Club (NY) contra um Mitsubishi Evolution MR. Wes Siler, o desafiante, imaginava conduzir um Mercedes-Benz, depois um Jaguar XFR e finalmente acabou com o Mitsubishi. Não tenho detalhes de toda a história, mas no caso do Jaguar o próprio fabricante alegou que acreditava que 5 voltas no circuito poderiam desgastar os freios a ponto de comprometer a segurança do condutor.

Com tantas desistências, a confiança de Lutz aumentou e ele andou treinando em campos de prova da GM para o duelo. O desafiante não é piloto profissional. Coincidentemente eu pesquisava a escola de pilotagem Skip Barber (a maior do mundo) quando ele escreveu um post descrevendo o treinamento que teve lá com Miatas preparados. Vai ser uma briga boa. E justa, pelo que se propunha inicialmente.

O circuito tem duas longas retas que, em teoria, favorecem a enorme potência do Cadillac, mas isso é assunto pra depois. Vamos ver o resultado antes de comentar!


É bom ver um pouco de ação na outrora tão poderosa GM.

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Atualização: Bob Lutz venceu o duelo!

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MM


No último sábado, durante o 1º Café da Manhã Chamonix Cars, relatei ao amigo Arnaldo Keller uma das grandes paixões da minha infância e adolescência: o plastimodelismo.

Ganhei os primeiros kits por volta dos 8 anos de idade, influência direta de um primo apaixonado por aviação: o primeiro kit era de um avião Concorde, que montei com a ajuda do meu pai. Em pouco tempo estava montando sozinho os primeiros kits, com uma predileção especial pela engenharia naval: de barco viking a navios da II Guerra Mundial, montei de tudo um pouco.

Já com os primeiros trocados da mesada, passei a comprar meus kits e aí o instinto automobilístico falou mais alto: VW Karmann-Ghia 1963, Chevrolet Bel Air 1962, Opel Blitz 1939, Dodge Coronet Super Bee 1970, Chevrolet Impala 1958, entre outros, quase sempre destruídos pela faxineira insensível e indelicada que insistia em limpar meu quarto.

Aos poucos fui juntando um sem número de pequenas ferramentas: estilete, pinças, pincéis, diversos tipos de cola, tintas especiais para o hobby e outros artefatos improvisados: os pregadores de roupa sumiam da área de serviço, por fazer um bom trabalho na hora de manter pecinhas no lugar certo na hora de colar. Alicate de cutícula e lixas de unha também quebravam um galho considerável, para desespero da minha mãe.


Cheguei até mesmo a comprar um aerógrafo e compressor de ar no final do ensino médio, mas meus dias de plastimodelista estavam chegando ao fim: as responsabilidades da vida adulta passaram a tomar todo meu tempo e o prazeroso hobby acabou caindo no esquecimento. Até o último sábado.

O fato é que nem eu consigo entender o motivo de ter me lembrado do plastimodelismo enquanto conversava com o Arnaldo. A lembrança simplesmente surgiu, aparentemente sem nexo algum. Bateu uma saudade das intermináveis horas de trabalho e da paciência de chinês exigida, o que na minha opinião é muito mais gratificante do que comprar um modelinho já pronto, encontrado em qualquer loja.

Hoje decidi montar o último kit que sobrou na minha estante, o do Golf VR6 1992., comprado há muitos, muitos anos. Confesso que depois de tanto tempo estou apanhando um bocado, mas me sinto ótimo ao retomar este velho hábito.

FB


Esse caso é típico de se descrever com a frase "tinha que ser coisa de americano". Outro dia comentei sobre um barco de corrida com motor Miller, e lembrei de outra forma de esporte náutico que também merece umas linhas.

As corridas náuticas possuem diversas subdivisões, classificadas principalmente pelo tipo de casco e motorização. A mais interessante e diferente é a classe dos hidroplanos, que são barcos com cascos planos e que não ficam submersos na água, mas sim "planando" sobre ela.

Explico: quanto mais o casco estiver submerso, maior é a resistência ao movimento e com a velocidade, a resistência da água no fundo do casco faz com que o barco fique sempre na superfície, apenas tocando levemente a água, apoiado basicamente em três pontos, uma pequena parte dos dois flutuadores dianteiros e o hélice central traseiro. Com isso, a resistência por atrito é muito reduzida e as velocidades podem ser mais elevadas.


Dentro da categoria dos hidroplanos, que existem desde os ano 50, a motorização é a principal divisão das categorias. Antigamente era usados motores aeronáuticos a pistão, como os Merlin e os Allison V-12. A partir dos anos 80, adotou-se na categoria top, conhecida como Unlimited Class (Classe Ilimitada), as turbinas com árvore de propulsão, utilizadas em helicópteros. A mais empregada por muitos anos foi a Lycoming T55, que era usada originalmente no helicóptero de transporte militar Chinook, da Boeing.


A turbina é montada no centro do barco, atrás da cabine blindada e fechada com um canopy igual ao utilizados em aviões de caça, e a árvore é ligada em um único hélice central, que trabalha semi-submerso, ou seja, apenas metade dele fica na água.

As corridas são feitas em grandes lagos, com retas longas e sempre em traçados circulares, como nas pistas ovais. Com uma turbina de 5.000 cv, os hidroplanos chegam a mais de 300 km/h no fim das retas. E não pensem que as corridas são chatas e sem graça, pois as disputas são acirradas e até toques entre os barcos acontecem nas curvas.


Para manter os barcos na superfície, grandes aerofólios são usados, e curiosamente em alguns barcos os dianteiros são móveis, comandados pelo piloto para manter o bico do barco o mais estável possível, ou seja, nem muito alto pois o barco pode decolar, e nem muito baixo, pois o arrasto com a água retiraria muita velocidade.


Hoje em dia é muito difícil ver na TV uma corrida, pelo menos nos canais que tenho acesso, não vejo há alguns anos, mas se acharem, vale a pena assistir.


Saiba mais: American Boat Racing Association