google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Caros leitores,

Gostaríamos de dividir com vocês a satisfação que sentimos ao atingir uma marca interessante.

No mês de setembro ultrapassamos a média de 1.000 visitas diárias no AUTOentusiastas.

A quantidade talvez não seja tão importante, uma vez que não existe meta ou comparação com outros blogs. Mas o número 1.000 é um número bonito não é? Chama a atenção.

É claro que acompanhamos a evolução do número de visitantes, mas como dissemos, não existe uma meta específica. Essa evolução é importante para sabermos se o que estamos fazendo com muito prazer também faz algum sentido para os apaixonados por carros. Por enquanto podemos afirmar que sim, pois o número de visitantes aumenta a cada mês desde o início do AUTOentusiastas em agosto de 2008.

Isso é muito gratificante para nós, principalmente porque esse crescimento vem apenas do boca-a-boca de nossos leitores e amigos, ou, depois dessa convivência diária, amigos leitores.

Então fica aqui o nosso “MUITO OBRIGADO!” a todos vocês.



Pegando uma carona nesse post, aproveitamos para dizer que a publicação do nosso post de número 1.000 está se aproximando - estamos no post 943. Já estamos pensando em algo especial para esse post nº 1.000.

Um grande abraço,

AUTOentusiastas



photos: copyright Roger Dixon.

O evento Goodwood Revival, de 18 a 20 de setembro passado, comemorou os 50 anos do Mini, apresentado ao mundo em 26 de agosto de 1959, após ser totalmente desenvolvido em dois anos apenas.
Um carro amado por uma boa parcela das pessoas que o conhecem, foi o primeiro modelo com a arquitetura de um carro moderno de grande produção, com motor dianteiro transversal com tração dianteira e as menores dimensões possíveis. A otimização de projeto de Alec Issigonis chegou a dois detalhes que não foram popularizados, por serem um pouco complicados para os processos de fabricação atuais e para a manutenção, principalmente. O radiador colocado ao lado do motor, longitudinalmente ao carro, e a transmissão embaixo do motor, visando um comprimento e largura menores ainda.
Começou com um motor quatro cilindros de 848 centimetros cúbicos e 33hp, terminando a sua produção, com a carroceria de 1959, com 1275 cm3 e 76hp, sem falar nas diversas versões de corrida em asfalto e rally, onde sempre teve ótimos resultados graças a relação potência/peso favorável e uma agilidade excepcional.
Nesse evento de Goodwood, houve uma presença interessante que muitos devem ter visto anteriormente, mas na televisão. Rowan Atkinson, o Mr. Bean, entusiasta de carteirinha, reviveu a cena em que compra uma poltrona para sua casa em uma liquidação, e, não cabendo dentro do Mini, amarra-a sobre o carro, e de lá dirige para casa.
As fotos mostradas são uma gentileza de Roger Dixon, fotógrafo e jornalista de eventos de automobilismo esportivo há várias décadas, que nos cedeu-as gentilmente.
Mr. Dixon, many thanks for your kind help with our blog ! It' s a valuable contribution.
JJ
Ser primo do Arnaldo é bem legal. Além dele ser um cara fantástico, bacana e generoso, ele sempre tem ótimas idéias. Uma das últimas foi levar um Jaguar E-type e um Corvette Sting Ray para Interlagos para uma matéria para a Car and Driver Brasil.

A revista, número 22, acabou de chegar às bancas contendo a matéria do Arnaldo que fala como esses dois rivais se comportam. Imperdível. As fotos são do primo aqui.

Para deixar todos com muita vontade de ler a matéria, que não podemos publicar neste blog por razões óbvias, resolvi colocar umas fotos que não saíram na revista. Vale a pena dar uma passadinha na banca mais próxima.



Dois ícones do autoentusiasmo


Sting Ray '63 e E-Type '70, porém o desenho do Jaguar é de 1961 e sofreu pouquíssimas mudanças ao longo dos anos


O contorno das carrocerias é muito parecido

Repare nas linhas que saem dos topos de seus para-brisas e fluem até suas traseiras
Capôs longos acomodam a cavalaria, no Vette um V-8 327 de 5,4 litros e no Jag um L-6 de 4,2 litros


O 6 em linha do Jag justifica sua frente um pouco mais longa


Ambos os capôs tem um sobressalto no centro
No Jag o sobressalto é mais arredondado e as saídas de ar são funcionais

No Vette o sobressalto é mais vincado e as saídas de ar são apenas enfeites


Eu acho os dois modelos muito bonitos, mas a vista lateral do E-Type é mais agressiva

Mas prefiro os faróis do modelo MKI que eram recobertos por uma bolha, eliminada no MKII (modelo dessas fotos), e não gosto da inclinação - ou falta dela - do para-brisa


No Sting Ray não há como não ficar hipnotizado pela sua traseira Splitwindow


As dianteiras dos dois modelos poderiam ser melhores ao meu ver
No Jaguar, acho as rodas dianteiras muito para dentro dos para-lamas


Nas retas o V-8 leva vantagem

Porém nas curvas o gatuno, que além de mais leve tem um melhor acerto de suspensão, se recupera


No final do pega chegaram mais dois primos, um Vette C3 e um Jaguar C-Type

Foi mais um grande dia de autoentusiasmo!
O melhor dos Discovery, morto pela mãe Land Rover no ano-modelo 2009.

O Paulo Keller falou outro dia sobre o entusiasmo de sua filha pelos automóveis, e nos disse com um certo constrangimento que a preferência feminina na casa dele recai nos SUVs.
Então pergunto: qual o mal nisso ? qual o problema em o PK explicar que sua filha e esposa gostam de SUV ? Meu filho disse que quando crescer vai comprar um Ferrari, e eu disse para ele que prefiro Porsche. E daí ? Deveria isso ser motivo de preocupação ? As crianças nos ensinam muitas coisas, em sua inocência e incapacidade de fingir, ao menos até uma determinada idade, como é a do nosso pequeno (4 anos). Se elas gostam, dizem e se expressam com gosto e entusiasmo. Se não gostam, mostram claramente que estão aborrecidas.
Pensando assim, é fácil entender o gosto de muitas pessoas pelos SUVs. Diria que é fácil até demais. Vejamos:

a) ponto básico - em um SUV senta-se mais alto do que em um carro de "passeio" (não concordo com esse termo, daí as aspas). Quer gostem ou não, quer se considere inútil, idiota ou agressivo, é fato: a visibilidade em trânsito de cidade melhora muito. Em estradas não há diferença sensível, mas dentro de ruas e avenidas super povoadas, é um incremento à capacidade de antecipar problemas. Útil quando se sabe que a maioria dirige distraidamente.
b) no sentar mais alto, retornamos aos tempos da Monarquia, onde o trono do rei e da rainha eram sempre altos. A maioria gosta de se sentir superior, chefe, então, compreensível gostar daquele carro alto.
c) cada vez mais as cidades estão se entupindo de motos, a maioria delas conduzidas muito mal, muito rápido ou muito devagar, mal posicionadas em relação aos outros veículos, muito agressivamente, sem nenhuma noção de direção defensiva, com margens de segurança nulas, falta da consciência técnica até mesmo em como usar os freios. Espelhos de carros quebrados são super comuns, e até pouca coisa, em vista dos absurdos dos condutores de motos. Com um SUV espelhos atingidos não ocorre. Se tiver um estribo então, o mau motociclista pensa um pouco antes de tirar aquela "fina", o querer dar um chutezinho em uma porta.
d) estacionar um carro moderno, com cantos arredondados e capô e tampa de porta-malas invisíveis do banco do motorista é uma tarefa não muito fácil nem agradável para quase todas as pessoas. E hoje quase todos os carros novos são assim. Em um SUV quadradão e grande, essa tarefa é muito mais fácil. Se for pequeno, como um Ecosport, por exemplo, alia-se dimensão favorável à visibilidade das extremidades.
e) dirige-se devagar, muito devagar nas cidades com frotas monstruosas. Os dotes dinâmicos de carros pequenos e médios são minimizados em sua eficiência. O congestionamento nivela por baixo a capacidade de frear bem, fazer curvas com tranquilidade e acelerar na frente, caso o motorista seja do tipo que se satisfaz em andar no fluxo mais lento, sem buscar o desafio de aumentar sua velocidade média em relação a maioria. O SUV, normalmente, é um paquiderme em quase todas as provas dinâmicas, exceto; alguns deles; em acelerações. Daí, estar em um carro "bobalhão" não é relevante para a maioria, e essas características de lerdeza nos movimentos em meio ao tráfego pesado não é nem considerada.
f) muitos povos do planeta gostam de aparecer, e se pudessem, levariam uma vida de celebridade exibicionista: festas, recepções, aparecer na televisão, coisas desse tipo. O SUV é um pouco disso, com suas dimensões de anúncio de rua (outdoor ou billboard, coisa que os paulistanos só lembram o que é ao saírem do município).

Com essas características apresentadas, algum purista da tração nas quatro rodas irá me lembrar que muitos desses carros são 4X4 (quatro por quatro), e aí entramos em outro assunto, mais técnico, e por isso mesmo, detestado por quase todo mundo que é apaixonado por um SUV. O caso de ter ou não tração em todas as rodas que tocam o solo é pouco lembrado pelos clientes de SUV. Muitos até preferem não ter, pelo excesso de massa a ser transportado, e menos peças que podem quebrar. Isso se essa pessoa tiver alguma noção do que é uma transmissão. Mas para quem precisa disso, e conhece o assunto, ou ao menos tenta se informar, fica claro que há alguns modelos enfeitados que são carros com ótima capacidade fora-de-estrada. Um exemplo vem imediatamente à cabeça, por ser a marca com mais tradição nesse campo, e que sempre e apenas construiu carros com tração nas quatro: Land Rover.
Exceção feita ao exagerado, e nem tão bonito Range Rover topo de linha, e sua versão Sport com aquelas rodas de balada e exibição, o SUV ideal para quem quer tudo que um carro moderno pode ter, somado a um sistema de suspensão e de tração que beiram a perfeição técnica é apenas um: Discovery.
Mas esqueçam essa versão de gradinha nova, modelo 2010. O Discovery clássico e premiado é o modelo chamado de LR3 no mercado americano, feito até o modelo 2009.

Um caso de face-lift mal feito e que piora o produto: Discovery 2010.

Mesmo os mais antigos, que podem ser chamados de não-harmônicos ou feios, são carros capazes, e que ainda entregam um bom nível de conforto aos usuários.

Agora, caso você seja um comprador de SUV e quer um bem equipado e confortável, além de desejar um acabamento interno e externo de automóvel de passeio moderno e que quer aparecer, anote esse conselho: não leve para casa um Defender achando que estarão a bordo de um carro "de luxo", como noticiou a Imprensa num recente caso de corrupção política federal documentada. O Defender é uma ferramenta de trabalho, e está na categoria do fora-de-estrada puro e duro, onde o propósito não é exibição e nem fazer show dentro das metrópoles. É um carro que serve apenas para andar longe do asfalto, satisfazendo seu condutor com a absoluta facilidade com que realiza essa tarefa.
Nas impermeabilizadas ruas das cidades, é apenas um quebra-galho para se deslocar de um ponto ao outro.
Mas ainda assim, ótimo para passar por cima daquela ilha ou canteiro de avenida e buscar outro caminho, quando o que você está se torna uma rota inviável, com velocidade média próxima de zero.

Defender nunca foi SUV e esperamos que nunca seja.

Um Defender para o mercado americano, com V8 gasolina.

JJ