google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Estava olhando o livro "70's cars, vintage auto ads", da Taschen, e encontrei uma propaganda bem curiosa.

No final dos anos 60 e começo dos 70 as mulheres estavam no auge de sua emancipação. Interessante como os marketeiros incorporaram o movimento.

Quem diria que um anúncio do Challenger de 1970 teria como slogan "O carro esporte que sabe como tratar uma moça"? O texto ainda dizia que as pessoas chegariam a achar que o carro fora desenhado por uma mulher, destaca a combinação de cores do carpete, a praticidade, a segurança das maçanetas embutidas, e motores econômicos. Com isso estou achando que o Challenger é na verdade um pequeno pônei de estimação. Agora estou na dúvida de reviso o meu post anterior "Pony ou muscle, tanto faz".

O texto termina com uma frase muito apropriada para o dia de hoje, Dia Internacional da Mulher: "Se o Challenger foi desenhado por um homem, eu aposto que antes ele falou com uma mulher". Então o cara faz um carro para homens, mas acha que as mulheres tem que gostar dele para vender mais, e então faz uma propaganda para convencer a mulheres ou ajudar os homens a justificar sua escolha.

Daí destaco dois pensamentos.

Primeiro, os homens vivem em função da mulher, mesmo que a maioria não admita. Então vamos celebrar esse dia importante.

Segundo, apesar de eu ter formação em marketing, eu acho que os marketeiros "forçam muito a barra". E o pior é que a maioria dos consumidores entra na onda deles.

Veja o anúncio escaneado do livro. Vou garimpar mais alguns para outros posts.

A todas as mulheres do mundo, leitoras ou não do AUTO entusiastas, mães ou não, que cuidam da casa ou estão na luta fora dela, os meus cumprimentos pelo seu dia que, tenho certeza, são de todos que fazem este blog.
BS



Os pony cars clássicos como Mustang/Cougar, Barracuda/Challenger, Camaro/Firebird e alguns outros nasceram de plataformas compactas, enquando os muscle cars como GTO, Charger, Road Runner, Buick GSX, Chevelle, Torino, e muitos outros de plataformas maiores. Então os pony são menores e partiam de versões V-6, enquanto os muscle começavam com V-8. Os pony nasceram como carros esporte para desfrutar o sonho americano e os muscle como carros normais com um grande motor seguindo o espírito dos hot rods. Até aí é fácil e todo mundo sabe.

Mas com a evolução das espécies e tantas variações, versões e motorizações esses conceitos acabram se misturando um pouco. Embora intuitivamente eu saiba quais são pony e quais são muscle, na verdade eu prefiro não me ater à definição específica e considerar quase tudo como muscle simplesmente pela atitude desses modelos.

Para entender meu ponto, tente explicar se o Shelby GT500 é muscle ou pony. É um pony que virou muscle. Pony ou muscle, pra mim, o que importa é a quantidade de testosterona que alguns modelos emanam!

Do Wikipedia:
"A testosterona é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características masculinas normais, sendo também importante para a função sexual normal e o desempenho sexual."
"Altas taxas de testosterona tendem a aumentar o comportamento agressivo."

Está nas bancas a Car and Driver número 15 com uma matéria de 10 páginas sobre dois pony cars que amadureceram e viraram muscle cars. Na verdade são quatro carros, dois Dodges Challenger e dois Fords Mustang.

Os quatro juntos tem 1.390 cv nos mais de 22,3 litros dos 4 V8!

É claro que quem se divertiu fazendo essa matéria foi o Arnaldo. Enquanto ele dirigia os carros, conversava e batia papo com seus donos, eu trabalhei muito para fotografar os quatro carros. Descontei um pouco na hora de pôr todo mundo pra manobrá-los.

Uma das minhas vontades era clicar um burnout com muita fumaça. Porém seus donos não gostaram da idéia. Mas mesmo assim o Arnaldo fez um com o Novo Challenger bem no meio do estacionamento onde faríamos as fotos. Tal ato de vandalismo nos custou a expulsão do local. O pior foi que não fotografei o ato, pois o burnout foi meio que sem querer (querendo) e eu não estava preparado.

Dirigi apenas o Mustang 67, que está impecável. E na verdade o Arnaldo, um cara descolado, que conhece meio mundo, mandou muito bem e ralou muito pra conseguir reunir esses quatro modelos.

Não percam a matéria.



PK
John Cobb no Napier-Railton.

Construído ao redor de um motor aeronáutico de 24 litros e 12 cilindros, o Napier-Railton é fruto do engenheiro Reid A. Railton, a pedido do inglês John Cobb, que já estava cansado de apanhar do Bentley com compressor mecânico de Tim Birkin, nas corridas de Brooklands. Cobb usava um Delage construído em 1923 e já havia sido o recordista dessa pista, com quase 130 mph (208 km/h) de média. Só os nomes mencionados no parágrafo acima provocam umas 3 horas de pesquisa e leitura na internet para quem tiver tempo e curiosidade. E podem acreditar que as histórias e os carros são incríveis.

O engenheiro trabalhou com o Napier Lion, originalmente com 509 cv a 2.200 rpm, e extraiu mais um pouco de potência, atingindo algo próximo de 600 cv. O câmbio tinha apenas 3 marchas, e foi projetado e construído apenas para esse carro. Suspensão tinha eixos rígidos e molas em feixe na traseira, duas molas de lâmina única na frente. A carroceria, para compensar um pouco essa massa toda de chassis e suspensão, era de alúmínio, mesmo assim chegando a 2.049 kg. Essa massa aparentemente muito alta para um carro de corrida não era visto à época como real problema em Brooklands, pois se tratava de um circuito de alta velocidade.

Para estrear em agosto de 1933, a Dunlop teve que resolver rapidamente os problemas de destruição dos pneus usados em testes, e conseguiu. O carro venceu na estréia e correu também em outros lugares famosos, como Bonneville Salt Flats e Montlhery. Detém o recorde de Brooklands até hoje, com 230,79 km/h, pois a pista deixou de ser usada em 1939. John Cobb faleceu no Lago Ness, na Escócia, tentando bater um recorde de velocidade em água, em 1952.

Hoje o Napier-Railton está no Museu de Brooklands, local a ser visitado por todo entusiasta de corridas. Para coroar uma restauração iniciada após 1990 pelo museu, esta máquina única foi mostrada em movimento no Goodwood Festival of Speed de 2007, dirigida por Rowan Atkinson, o Mr. Bean, figura sempre presente em eventos automobilísticos de tradição na Grã-Bretanha, dono de um McLaren F1, entre outras maravilhas, e nada otário, como faz crer seu personagem.


Rowan Atkinson, o popular Mr. Bean.