google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Notícia triste: um 911, ainda protótipo, da engenharia da Porsche, acidentou-se na Autobahn 5, matando o engenheiro de 51 anos que o dirigia. Veja a notícia completa em http://www.globalmotors.net/911-prototype-testing-goes-wrong-fatal-accident-on-the-autobahn/

O motivo deste post é levantar a questão apontada pelo meu irmão: se a barreira fosse de concreto, como muitas que temos aqui, é quase certo que o acidente não teria essa consequência. Tudo bem que altura preveja impacto de veículos mais altos, mas nunca deveria haver esse vão entre a barreira propriamente dita e o solo.
BS

Como nós, os consumidores, realmente ficamos importantes num mundo cada vez mais competitivo e de produtos cada vez mais caros e sofisticados! Em nosso nome muitos avanços tecnológicos são desenvolvidos, talvez na expectativa de atender a necessidades que nem nós mesmos sabemos que temos.

Vejam que interessante a nova manequim usada pela Porsche. A Susi, como ela é chamada, possui 26 sensores espalhados pelo corpinho de modelo para medir os efeitos causados pela turbulência do vento em altas velocidades nos modelos conversíveis da marca. Onze deles medem a velocidade do vento usando uma esfera aquecida por corrente elétrica. A velocidade é calculada através de uma correlação com a corrente elétrica necessária para manter a temperatura determinada. Os outros 15 sensores medem a turbulência do vento. Tudo isso em túnel de vento.

Antes da Susi os testes eram feitos com voluntários. Mas o problema é que alguns reportavam sensações diferentes para testes iguais porém feitos em dias diferentes. Aí não tem análise que chegue a uma conclusão objetiva. A Susi ainda está em desenvolvimento para ser usada em testes reais, em ambiente externo.

Apesar de a manequim se parecer com a famosa boneca Suzi (Susi é a abreviação de "System zur Untersuchung von Stromungsphanomenen irn Innenraum") -- duvido alguém conseguir falar isso, que significa algo como sistema de investigação de corrente de ar interior.

Ao ler essa notícia na The Panamera Magazine me lembrei de uma foto do Arnaldo em profunda realização dirigindo um MG TC 1949. Me perguntei se realmente precisamos de tanta sofisticação. Talvez um consumidor de Porsche, que precise gastar dezenas de milhares de dólares para se satisfazer e se mostrar, ache que sim.



Ainda não consigo entender. Faz muito tempo que tento, já conversei com muita gente, e nunca surge uma resposta. Por que os automaníacos são viciados em estado terminal pelos motores V-8?

Vejamos, pode ser por causa do passado. Grande parte dos carros que passaram por aqui no passado eram americanos equipados com V-8. Mas também passou por aqui o boxer VW, bem como os pequenos quatro-cilindros em linha da Renault e da Fiat. Ao longo dos anos, os V-8 foram desaparecendo, dando lugar aos mais baratos e mais econômicos motores. Voltaremos a isso depois.

Pode ser a potência dos motores, mas não faz muito sentido, já que os V-8 que conhecemos em grande maioria são ineficientes e com baixa potência específica. Existem motores mais potentes bem menores e mais eficientes, como os BMW e Porsche turbo, os motores italianos da Ferrari e Maserati. Se analisarmos com cuidado, até um motor diesel pode ser mais eficiente e com melhor aplicação.

Definitivamente não é pela tecnologia presente. A concepção não mudou muito em 40 anos, basicamente o que se precisa é um bloco de ferro enorme com oito buracos, um eixo comando de válvulas, algumas varetas e um carburador que pode sugar um passarinho pra dentro do motor sem dificuldades. Só mais recentemente que os V-8 americanos foram modernizados, mas com o mesmo princípio, e assim nasceu o LS7 GM, um dos melhores motores do mundo. Ford Cammers também. Os motores atuais da F-1 são V-8, mas pergunte pra qualquer entusiasta sobre V-8 de F-1 e a primeira coisa que ouvirá serão as letras D-F-V.

Talvez o som produzido por um motor desses, sua frequência de funcionamento e ordem harmônica inconfundíveis. Mas, calma lá, é um ronco como outro qualquer, característico como um Porsche boxer-6 ou um V-12 Ferrari. Não há como negar que um V-12 destes arrepia até a alma. E antes que já pensem que esqueci, Ferrari faz V-8 sim, há anos, e são maravilhosos, mas quase ninguém lembra de uma Ferrari por um V-8, certo? Os Bentley 6 ¾-litros são mais para o lado dos americanos, grandes mastodontes geradores de torque para virar o mundo pro outro lado.

Deve ser influência direta dos americanos com a questão do passado, pois é a cultura deles. É uma cópia de cultura, como quase tudo o que fazemos. De alguma forma, fomos infectados por eles. Não são os mais potentes, mas inegavelmente são potentes se bem preparados. Não são um primor de tecnologia, mas e daí? Não soam como um V-12 italiano que arrepia a alma, mas acordam os mortos e fazem as flores murcharem com seu ronco embaralho.

Ainda não sei o que é, talvez não precisemos de uma explicação, o que importa é que eles estão nas nossas vidas, e não nego que sou apaixonado por eles.

O post recente do Bob sobre o Chevette-Lotus me trouxe memórias variadas sobre o carrinho. Na verdade, mais do que memórias, me peguei pesquisando Chevettinhos a venda na web, um esporte que há tempos não praticava.

Foi aí que me deparei com isso:

http://www.webmotors.com.br/webmotors/carro/usado/chevrolet-chevette-1.6-sl-8v-gasolina-2p-manual/4061640/detalhe.wm

No início dos anos 90, fiz uma visita à oficina "Suspentécnica", aqui em SP, com vistas a melhorar o já excelente comportamento em curvas do meu Chevette 89 preto. Lá conheci o carro acima, do dono do estabelecimento.

Durante os anos 80 e início dos 90, essa conversão era relativamente popular. Hoje em dia sabemos que existe uma série de opções melhores (VW AP, V-6 de Blazer, até V-8 Chevrolet small-block), mas naquela época as coisas eram mais difíceis... E este carro é provavelmente o melhor do seu tipo.