google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
É, já que estamos no espírito da Hot Rod mesmo e vamos nas listinhas de 10, vou mandar a minha. Dez carros que eu gosto.

1- Dart cupê 76. Meu primeiro carro. Meu pai me ajudou na escolha. Isso 26 anos atrás, num longínquo 1982. Um carro fantástico, absolutamente genial. Tem um 360 muito bacana, bem feito, com muita coisa legal dentro. Breve ganha um vira com 4 polegadas de curso e passa a 408.

2- Charger RT 75. Meu terceiro carro, meu segundo Charger, muito mais legal que o outro RT que comprei, também 75. Era ruim, meio podre como todo Charger que tinha no Rio de Janeiro em 1986, mas eu gostei dele e resolvi salvá-lo. Era amarelo Montego, minha esposa achou que seria uma boa idéia pintar ele de preto e meti bronca. Outro carro muito legal, me trouxe muita diversão. Tem ainda um 318, que deve virar 360 breve com as sobras do Dart, virabrequim e demais trecos.

3- Dart 78. Esse foi comprado para tirar peças para os Plymouths mais abaixo. Aí ele andava e era bom pacas. Mas era feio e sem graça pintado de marrom. Meti um amarelo Interlagos nele, e como tinha um 383 sobrando, de bobeira, na garagem, meti nele também. Isso lá em 1991. Na época já era dificil comprar Gardenal.

4- Belvedere 68. Era 1989 e eu estava pela primeira vez na vida tirando férias remuneradas. Viajava pela Dutra e vi ele num ferro-velho jogado. Não resisti, voltei no dia seguinte e comprei no ato. Tem um 383.

5 - Valiant 68. Vi esse carro em 1986, jogado num lote de carros antigos de um vendedor em Petrópolis. Pirei, mas não tinha grana. Quando arrumei a grana, ele não estava mais lá. O vendedor e os carros velhos. Muitos anos depois, em 1996, achei os dois de novo. Desta vez eu tinha dinheiro. Aliás, não sei se 200 dólares é dinheiro, mas foi o que me custou. Tem o 318 original do Charger preto debaixo do capô, forte e saudável. É o mesmo carro que o Dennis Weaver usou no filme "Encurralado", de 1971, que, aliás, foi o primeiro filme do Steven Spielberg. Felizmente nenhum caminhão-tanque nunca me seguiu com ele.


6- D100 - Não se passa sem uma picape. Ainda mais Dodge. Isso bastou para eu pegar ela.

7- Chevelle Coupe 67 - Impossível de resistir, um amigo começou um projeto e não ia terminar. Ainda estou tentando.


8- Opala 4100 - Fazer o quê, V8 não é tudo na vida. Andei meio mundo nesse carro e quando precisei de um commuter econômico para ir periodicamente a Angra dos Reis trabalhar, ele ajudou muito.


9 - Caravan - Bom, essa nem precisa falar nada. Presente de Natal que meu pai me deu em 1989. Ele não gostava dela porque era beberrona, 4 cilindros, bem safadinha na visão dele. Resolvi o problema do 4 cilindros beberrão em grande estilo. Também finalmente uma foto boa neste post, Thanks PK.

10- Ram - Com o tempo a outra picape ficou pequena, acho que eu engordei muito.


11- Cherokee. Eu preciso de um veículo normal para usar às vezes. É ela.


12 - Camaro. Cada povo tem o Opala que merece. Caiu na rede é peixe. Impossível de ignorar algo tão bacana, amo esse carro.

Peraí, não eram 10? É, mas é tanto carro bacana que eu não resisti. Foi mais forte que eu. Desculpem. Lutei muito para resumir e o máximo que consegui foi isso.

Sim, senhores, inebriado pelos papos intermináveis com nosso amigo MAO, montei aí uma pequena lista de dez carros, e de um tema não muito respeitado.
Vejam aí os dez melhores carros com motores de 1 litro e entendam que o problema não é o tamanho do motor, mas, sim, o tamanho do espírito apoiado sobre os 4 pneus. Vale notar que a lista está fora de ordem, mas os carros são esses mesmos.


1) Willys Interlagos 998 cm³: Pequeno, leve e belo. Era levado por um motorzinho possuído pelo demônio e com um ronco incrível para algo tão pequeno. Motor de produção, mas levado ao limite e oferecido sem nenhum tipo de garantia pela Willys-Overland do Brasil. E claro, tudo coberto pela linha leve e equilibrada de Michelotti.


2) Mini Cooper 997 cm³: A obra de Issigonis retrabalhada por Cooper. Criou o esportivo mundano, sem classe, para mim e para você. Vestiu o capacete imaginário que pessoas como nós vestem quando dão uma corridinha ao supermercado.


3) "Carreteras" DKW-Vemag 1.089 cm³: O trabalho de Lettry e Crispim fazendo esportivos "de verdade" sofrerem em Interlagos. 2T, mais de 100 cv e o inebriante cheiro de óleo dois-tempos de base vegetal (Castrol R40). Esse cheiro deveria ser vendido em pequenos frascos, Parfum Deux-Temps. Faria sucesso, ao menos entre nós...Carro da foto é o de chassi encurtado em 35 cm, para apenas 2.100 mm. Lettry o apelidou de "Mickey Mouse".


4) DKW-Vemag Carcará 1.089 cm³: Mesmo motor, carroceria de Rino Malzoni num chassizinho de Fórmula Júnior e 212 km/h. O Bob estava lá...


5) Abarth 1000 TC: Nascido Fiat 600, era massageado em um especial de homologação dos diabos. Pra dirigir com a faca nos dentes, taking no prisioners. A pulga atômica, em sua melhor iteração.


6)NSU Prinz 1000 TT: Lindo, leve, belo, um Mini-Corvair alemão. Um 4 cilindrinhos em linha, todo em alumínio, refrigerado a ar, traseiro, transversal. Levantava a roda interna dianteira manobrando na garagem, se duvidar.


7) Mazda Cosmo 1965: Ok, Wankel, o que para alguns é como roubar, colar na prova, ou algo do tipo. Mas deslocava menos de 1 litro em seus dois rotores, 982 cm³ para ser exato, e punha para fora 110 belos cavalos de olhos puxados. E claro, lindo e com personalidade, de um jeito que japas nunca mais fizeram.


8)Renault Twingo 1.0 16v: 999 cm³, 70 cv, menos de 900 kg. Ah, em 2002, carregando dois air-bags para passear, e vários outros luxos modernos, como ar-condicionado, trio elétrico, bancos ajustáveis nas 4 posições... Injustamente ignorado, o Mini moderno ainda trazia o melhor 1-litro de 16V já feito em terras brasileiras. Um companheiro de inúmeras aventuras, e o melhor jeito de assustar motoristas incautos em estradas e onramps.


9) Austin-Healey Sprite MkI, MkII, MkIII: sim, são 3 carros, mas de 948 cm³ a 1.098 cm³, eram tudo que um carro esporte devia ser. Pequeno, leve, vestia o motorista e um passageiro, e era o melhor companheiro do dia-a-dia ao passeio de final de semana. Sonho deste colunista aqui...


10) Honda Insight: Sim, um japa, moderno, fuel-sipping. Mas não está aqui pelo apelo verde, e, sim, pela idéia de ser um cupezinho bonito, aerodinâmico, leve, eficiente. E com um 3 cilindros de 1 litro, assistido por um genial motor elétrico acoplado ao volante do motor, era econômico pacas.

Após 368 voltas, o Porsche 997 RSR de Max Wilson, Raul Boesel e Marcel Visconde vence com toda facilidade a edição deste ano das Mil Milhas do Brasil.

Por falta de competidores à altura, o segundo colocado foi o protótipo Mitsubishi Eclipse da equipe de Eduardo Souza Ramos, Leandro de Almeida e Geraldo Piquet, 23 voltas atrás do vencedor. O Ford GT não participou da corrida, apenas fez os treinos para se preparar para a última etapa do Brasileiro de GT3, semana que vem em Interlagos.

Esta é a oitava vitória de um carro da marca de Stuttgart na principal corrida brasileira de endurance, que não vencia desde 2003.
O post do Milton Belli sobre a Mil Milhas me chateou pelo reduzido número de carros largando. Assisti a primeira Mil Milhas, cuja largada foi às 19 horas do dia 24 de novembro de 1956. Eu tinha acabado de completar 14 anos. Naquele ano não teve hora de verão, por isso já era noite total (o pôr do sol naquele dia ocorreu às 18h35 -- só mesmo a internet para se descobrir essas coisas...).

Perdi a largada por 20 minutos, pois estava chegando do Rio com meu irmão, um primo e um amigo, e demoramos a achar o autódromo. A chegar ao barranco-arquibancada, não entendemos nada: era farol prá lá, farol prá cá, uma confusão só. Só quando amanheceu pudemos ter noção exata do traçado de Interlagos.

O autódromo estava lotado, milhares de fãs acampados por todo o circuito, era um espetáculo único. Clima de festa absoluto. Transmissão de rádio ao vivo na voz de Wilson Fittipaldi pelas ondas da Rádio Pan-Americana (atual Jovem Pan), com flashes pela TV Record.

A sinalização de curva era feita por soldados do Exército e as bandeiras tradicionais foram substituídas por lanternas de luz verde e vermelha.

Venceu o carretera Ford de Catharino Andreatta e Breno Fornari, seguido de perto pelo Volkswagen sedã (ainda de vidro do vigia dividido) com motor 1,5-litro montado com componentes de Porsche 550 1500 de comando no bloco, pilotado por Christian Heins e Eugênio Martins. A prova durou pouco mais de 16 horas, apesar de a média horária da volta no circuito original de 7,96 km ser maior que do atual de 4,309 km.

Naquela primeira Mil Milhas largaram 44 carros. Nas edições subseqüentes esse número só cresceu e a corrida se consagrou como a prova de gala do automobilismo brasileiro.

Só corri a Mil Milhas quatro vezes: em 1970, Casari A1-Ford; com Milton Amaral, quebramos. Em 1973, com Opala Divisão 3, terminando em quarto; com Jan Balder. E em 1981 e 1983, Fiat 147 com motor Fiasa (o básico 1050) 1,6 litro, quebrando nas duas; ambas com Giuseppe Marinelli. Na de 1981 o motor lançou uma biela pelo bloco diante dos boxes, pouco antes da Curva Um, que era feita de pé em baixo.

A largada domingo (23/11) às 11h00 com 20 carros é uma cena que prefiro nem imaginar. Ridículo e muito triste.