google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Não sei se por teimosia ou por falta do que fazer, ontem (sábado) fui ao Salão do Automóvel novamente com um amigo. Durante a semana já havia passado por lá com Egan para ver como estava o evento, e nada mudou.

Como já dito pelo companheiro Bob Sharp em postagem anterior, um belo desrespeito com o público. Chegamos relativamente cedo, algo próximo das 10h20 da manhã, mas só paramos o carro às 11h em um terreno barrento improvisado de estacionamento, uma vez que o oficial do Anhembi estava fechado. Sim, fechado, cara pálida. Odeio colocar o carro no barro...

Dentro do Salão, diversos carros cobertos, já com o público todo dentro das instalações. Andamos por um tempo, até mais tarde tudo se "normalizar", com os carros descobertos, alguns trancados, e com a densidade populacional maior que da Cidade do México.

Não fosse por uma imensa quantidade de carros que era possível contar nos dedos de uma mão, e algumas ótimas pessoas que encontramos lá, teria sido um desperdício de sábado. Mas no fundo, como sei que não regulamos muito bem da marcha-lenta, no final das contas foi até interessante. Daqui a dois anos tudo se repete e lá vamos nós de novo.
Como prometido, hoje anuncio aqui o vencedor do troféu do carro que eu mais gostaria de dirigir, dentre aqueles expostos no Salão. To tell you guys the truth, fiquei pensando nisso desde quarta-feira e, de acordo com o que achei desse Salão, já escrito em algum outro post por aqui, o troféu vai para:


Sim, amigos, a bela morena ao lado do Shelby GT500KR (e não o carro). Admito que minha escolha ao vivo era outra, também no estande da Ford Models, porém, através das lentes do Paulo Keller essa aí se tornou irresistível.

E não, esse não é um post machista e off-topic. Em matéria de carro, nada ali realmente me atraiu. Nem o Lotus que a segunda colocada no troféu acompanhava, pois o danado hoje é equipado com um insípido (as in bullet-proof, unbreakable) motor Toyota.

E, como tenho que escolher, fico com a bela morena do estande da Ford. Alguém discorda?

P.S.: o troféu não é piada (só é fictício, virtual, por assim dizer, já que o ganhador não leva pra casa nada a não ser a honra), e será nomeado em todo evento automobilístico em que eu comparecer em nome do Blog. Quem viver, verá!

Essas fotos foram feitas na Suécia, no inverno de 2006. Vemos um Saab 900 Turbo de propriedade de um amigo nosso andando em uma superfície perfeitamente plana e levantando neve.
Trata-se de um lago congelado e dirigir nessa situação é algo bastante comum aos escandinavos.

Como estamos falando de um país civilizado, onde se pode dirigir antes dos 18 anos, descobrimos o motivo dos escandinavos, principalmente os finlandeses e suecos, serem detentores de vários títulos em rali e até mesmo Fórmula 1. Ronnie Peterson, Mika Hakkinen, Räikkönen, Timo Mäkkinen e Markku Allen são alguns nomes de pilotos que tiveram muitos lagos congelados em seu currículo, e que começaram a dirigir cedo.

Não sem motivo também, os suecos são especialistas em segurança veicular. Volvos e Saabs são carros inegavelmente seguros, tanto ativa quanto passivamente, e ninguém por lá compra uma carteira de habilitação e sai fazendo besteiras.

O inverno rigoroso significa pisos com baixo coeficente de atrito e a habilidade ao volante é inerente, para sempre evitar acidentes. Escorregar e não bater é regra.

Infelizmente não temos lagos congelados no Brasil, ao menos não com 20 cm de gelo, que é o mínimo de espessura segura para essa atividade.
Anos atrás, com a preguiça que uns dias de férias em Campos do Jordão são capazes de provocar, lá estava eu com a cachola mais em branco que a tela do computador estampada na minha frente. Eu estava num cyber-café do centrinho e tinha que escrever naquela hora a coluna que mantinha no site Best Cars. Porca miséria! Êta situação!

E eis que veio a luz. No dia anterior eu havia descido parte da Serra Velha de Campos com o amigo Sandrão na sua picape Chevy. Tínhamos ido ver uns cavalos num sítio serra abaixo e, na descida, o Sandro, piloto de motocross, foi falando porque é que ele tinha essa picapinha já meio velhusca. Volta e meia ele a carregava com uma ou duas motos e se metia lá por aquelas estradas de terra. Quem conhece a região, quem já se embarafustou por aquele sobe e desce em caminhos sombrios e tortuosos, com chão úmido que não seca nunca, aquela terrinha lisa que a gente escorrega mesmo andando a pé, quem já conhece sabe que nunca na vida que uma picape com tração dianteira andaria por ali carregando duas motos na caçamba. Mas nunca! Na primeira subida, com o peso se deslocando para trás, as rodas dianteiras começariam a patinar e a ciscar o caminho pra lá e pra cá. Dali ela só iria pra trás. Uma vez, me lembro, estando com minhas filhas pequenas na nossa perua Belina, tive que subir de ré uma dessas ladeiras. Uma vez ou outra, vá bene, é diversão pra garotada, mas a toda hora é inviável, um saco.