google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Essas fotos foram feitas na Suécia, no inverno de 2006. Vemos um Saab 900 Turbo de propriedade de um amigo nosso andando em uma superfície perfeitamente plana e levantando neve.
Trata-se de um lago congelado e dirigir nessa situação é algo bastante comum aos escandinavos.

Como estamos falando de um país civilizado, onde se pode dirigir antes dos 18 anos, descobrimos o motivo dos escandinavos, principalmente os finlandeses e suecos, serem detentores de vários títulos em rali e até mesmo Fórmula 1. Ronnie Peterson, Mika Hakkinen, Räikkönen, Timo Mäkkinen e Markku Allen são alguns nomes de pilotos que tiveram muitos lagos congelados em seu currículo, e que começaram a dirigir cedo.

Não sem motivo também, os suecos são especialistas em segurança veicular. Volvos e Saabs são carros inegavelmente seguros, tanto ativa quanto passivamente, e ninguém por lá compra uma carteira de habilitação e sai fazendo besteiras.

O inverno rigoroso significa pisos com baixo coeficente de atrito e a habilidade ao volante é inerente, para sempre evitar acidentes. Escorregar e não bater é regra.

Infelizmente não temos lagos congelados no Brasil, ao menos não com 20 cm de gelo, que é o mínimo de espessura segura para essa atividade.
Anos atrás, com a preguiça que uns dias de férias em Campos do Jordão são capazes de provocar, lá estava eu com a cachola mais em branco que a tela do computador estampada na minha frente. Eu estava num cyber-café do centrinho e tinha que escrever naquela hora a coluna que mantinha no site Best Cars. Porca miséria! Êta situação!

E eis que veio a luz. No dia anterior eu havia descido parte da Serra Velha de Campos com o amigo Sandrão na sua picape Chevy. Tínhamos ido ver uns cavalos num sítio serra abaixo e, na descida, o Sandro, piloto de motocross, foi falando porque é que ele tinha essa picapinha já meio velhusca. Volta e meia ele a carregava com uma ou duas motos e se metia lá por aquelas estradas de terra. Quem conhece a região, quem já se embarafustou por aquele sobe e desce em caminhos sombrios e tortuosos, com chão úmido que não seca nunca, aquela terrinha lisa que a gente escorrega mesmo andando a pé, quem já conhece sabe que nunca na vida que uma picape com tração dianteira andaria por ali carregando duas motos na caçamba. Mas nunca! Na primeira subida, com o peso se deslocando para trás, as rodas dianteiras começariam a patinar e a ciscar o caminho pra lá e pra cá. Dali ela só iria pra trás. Uma vez, me lembro, estando com minhas filhas pequenas na nossa perua Belina, tive que subir de ré uma dessas ladeiras. Uma vez ou outra, vá bene, é diversão pra garotada, mas a toda hora é inviável, um saco.




Veja as fotos aqui: Salão do Automóvel 2008 parte 1

fotos: Paulo Keller

Sim, sim, não é Autoshow e sim, Salão do Automóvel. E não, não repetirei (muito) aqui o que o MAO disse uns dias atrás, após nossa visita àquele inferninho.

O fato é que ontem, depois de sair do trabalho, não resisti e voltei ao pavilhão, dessa vez acompanhado do sumido Belli, também colunista por aqui. Voltei, and this time with a vengeance. Mesmo decepcionado com as poucas novidades, estandes fracos (para ser polido e não dizer ruins - Hey, GM, Chrysler and Toyota, yeah, I´m looking at you...) e o calor e a bagunça, voltei, pois tinha esquecido, ignorado, ou talvez bebido one too many chope, alguns carros, e vários deles importantes. Não para mim, mas para meu day-job. Justamente o que devia ter feito naquele primeiro dia e não fiz.

Ok, dizendo a verdade, também voltei pelo belo e muito bem equipado estande da Ford Models, onde pude ver que aproveitaram a ligação do nome e expuseram alguns veículos da marca americana.

Mas vamos às constatações, que são algo deveras tristes:

A internet definitivamente está acabando com a graça do "Salão" e todo o conceito por trás dele. Quando eu era garoto (not a long time ago), eu ia ao Salão e sempre via alguma novidade, algo especial, algo que eu lembrava pelo resto do mês (ou do ano!). Lembro de carros nem tão especiais, mas que me marcaram pelo fator novidade. E dessa vez, nada. Quero dizer, nada de novo, já tinha visto tudo na telinha do meu notebook, deitado no conforto da minha cama. Uma pena. Uma tristeza. Mais uma vítima do progresso.

Idiotas espalhados pelo Salão. Sim, Idiotas. Desculpem pela franqueza, mas que raios de pessoa vai ao Salão para tirar uma foto sua, com seu próprio celular, held at an arm´s length (e o braço lá, visível na foto, exposta no Orkut com todo orgulho), "ao lado" de um Ferrari num cercadinho a 10 ou 15 metros de distância? Ou pior, falando baboseiras da pior espécie para as meninas ao lado dos carros? Depois reclamam de que elas estão de mal-humor... tsc tsc... Fora outros tantos comportamentos deploráveis e que geram coisas existentes só em nossa terra...

As meninas realmente são maravilhosas. Todas. Algumas mais, outras menos. Umas para se levar pra casa, outras pra exibir pros amigos, outras para....Melhor deixar pra lá, depois do papo do MAO esse blog anda ficando meio sujo. Mas todas de uma beleza comum, apelando para artifícios nada elegantes e roupas diretamente proporcionais ao budget ou à área do estande das companhias que representam. Sim, sim, muito agradável, mas há lugares menos cheios, com menos marmanjos tirando fotos, mais confortáveis (e alguns bem mais baratos, pra não dizer melhor localizados) para ver cenas semelhantes (por favor, não me entendam mal - não insinuo nada sobre as meninas, mas sim sobre a exploração de tudo isso).

E não vou dizer aqui que não volto lá jamais. Daqui a dois anos tem mais, e mais fila, mais trânsito, mais risadas, e mais jantar bom e merecido na saída.

Ah, e fiquem antenados, amanhã ou depois estreio um pequeno quadrinho, cópia de uma ótima revista que assino. É cópia descarada mesmo: "The AutoEntusiastas trophy of the car we´d most like to drive", concedido a cada evento que visitaremos.