google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): injeção
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A roda fônica é um sensor que revolucionou a engenharia da injeção eletrônica. Muitos a conhecem como o sensor de rotação do motor, mas, apesar de ser um sensor muito simples, ela vai muito além disso.

Nas injeções projetadas para usá-la, ela se torna a espinha dorsal sobre a qual toda a injeção trabalha.

Ao longo dos anos, vários fabricantes a desenvolveram, cada um à sua forma e com referências próprias, mas os princípios básicos são mais ou menos os mesmos.

O modelo funcional que vou mostrar aqui é bem elementar, e é apenas um entre vários possíveis.

A idéia original por trás da roda fônica se origina num instrumento muito simples, um transferidor — conhecido como disco de grau — que mede ângulos de rotação do virabrequim  e informa sobre eventos dos motores, em especial os pontos de abertura e fechamento das válvulas:

Montado no motor, o transferidor é alinhado de forma que seu zero indica o ponto-morto superior (PMS).


Adaptador OBD-II ELM327


Há algum tempo, tenho visto nos fóruns de carros tópicos falando de scanners automobilísticos acessíveis. Sempre gostei de injeção eletrônica, desde meu primeiro carro injetado, um Monza, em 1996.

Porém, aqui no Brasil, injeção eletrônica sempre foi rodeada de mistérios, principalmente pela relutância dos fabricantes em liberar informações sobre ela. Uma vez caiu na minha mão uma cópia de um manual "sigiloso" editado pela GM para as concessionárias com instruções de como reparar o sistema de injeção Multec 700, a injeção EFI monoponto dos Monza/Kadett de 1991 a 1996. Sim, manual de reparo de injeção era sigiloso!!! Como eu tinha um Monza 1993, devorei aquele manual e passei a entender muito de como funcionava a injeção do meu carro, algumas vezes até surpreendendo mecânicos que não tinham aquele conhecimento e se espantavam com o quanto eu conhecia sobre a injeção do Monza.

A injeção Multec 700 foi o primeiro sistema de controle de alimentação e ignição totalmente digital em um carro nacional. Antes dele, apenas havia a Bosch LE-Jetronic, que equipava o pioneiro Gol GTi, Santana Executivo e Monza Classic MPFI e era uma injeção que, apesar de também ser eletrônica, era analógica.




Monza EFI, o primeiro com injeção digital

Fig. 1 Esquema de um rupor mostrando a variação do dwell com a folga nos contatos. Em vermelho, menos folga, dwell menor

Schliesswinkel = Ângulo de permanência
Öffnungswinkel = Ângulo de abertura
Amboss (verstellbar) =  Martelete (ajustável)
Ablenkehöhe =  Folga
Unterbrechenocken =  Ressalto de interrupção 


Dando continuidade à história da ignição, vamos aprofundar a visão em cima de um fator muito pouco compreendido, até mesmo pelos mecânicos mais velhos e experientes. Também vamos ver como a evolução tecnológica ofereceu diferentes soluções técnicas para um fator tão importante para a ignição quanto o ponto de centelhamento.

Vimos no artigo anterior que o engenheiro Charles Franklin Kettering patenteou o sistema Delco de ignição, usando uma bobina de ignição operando como bobina de Rhumkorff. Este é o nosso ponto de partida.

No sistema Delco, o platinado é um interruptor elétrico simples, que abre e fecha sincronizado com a rotação do motor. Ele fecha o contato, a corrente elétrica flui pelo enrolamento primário da bobina e pelo platinado, e esta corrente cria um campo magnético no núcleo de aço da bobina.

Após um determinado tempo, o platinado se abre e corta a corrente elétrica. Sem a corrente elétrica, o campo magnético não pode ser mantido, e, ao colapsar, induz uma alta tensão no enrolamento secundário da bobina, e cria uma corrente elétrica de alta tensão que produz a centelha na vela de ignição.
Fig.2  Sistema Delco convencional

Isso é o que todo entusiasta mais aplicado sabe sobre esses sistemas. Porém, vamos refazer este processo em ordem inversa, acompanhando o caminho da energia.
Chevrolet small block para 2011 - sem o carburador no topo

Em fevereiro de 2011, após a abertura da temporada em Daytona, provavelmente já na segunda corrida, em Phoenix, Arizona, a Nascar estará inaugurando a era da injeção eletrônica de combustível para seus carros.

Antes de pensar o que isso significa para o esporte, precisamos saber que a pressão de combustível no sistema será sete vezes maior do que hoje, comandada por bombas elétricas como as da quase totalidade dos carros atuais de rua.

A Nascar sempre teve uma certa aversão por bombas elétricas, pelo risco que podem representar em um acidente, continuando a trabalhar após uma batida.