
Com seu visual que mais parece o investigador do seriado Magnum, Murray é uma referência em projetos automotivos. Ele foi o responsável por grandes automóveis, tanto de competição como de rua. Com esperanças de trabalhar na Lotus, Gordon mudou-se para a Inglaterra em 1969, mas foi contratado pela Brabham F-1 após conhecer o então projetista-chefe da equipe.
Na Brabham, foi o projetista-chefe de grandes carros com recursos inovadores, como o BT44 de José Carlos Pace, o genial BT46B "turbina", com um rotor atrás do carro sugando o ar sob o assoalho para criar pressão negativa e aumentar o downforce.

Criou também o BT49 de Nelson Piquet, carro com o qual ele foi campeão mundial em 1981, com efeito asa e suspensão hidropneumática que gerou muita controvérsia entre as outras equipes. Com o BT49, Murray dedicou boa parte do projeto em entender como era o comportamento da fibra de carbono em caso de acidente, para poder criar um carro inteiramente de compósito.

Seu mais conhecido projeto foi o McLaren F1, uma parceria com a BMW em que surgiu o carro mais rápido do mundo, título mantido por vários anos.

Não tão conhecido foi seu envolvimento no projeto Midas, um pequeno esportivo inglês inspirado no Mini Marcos. Murray sugeriu diversas modificações, principalmente na aerodinâmica do carro.
Mais recentemente, Murray trabalhou no desenvolvimento do Caparo T1, a "experiência mais próxima de um carro de Fórmula-1", equipado com o V-8 da IndyCar com uma relação potência-peso duas vezes superior à do Bugatti Veyron, e do mini-carro a ser apresentado ainda, apenas conhecido como projeto T25, mas já anunciado como revolucionário.
Poucos foram os projetistas tão bem sucedidos e inovadores como Gordon Murray, e menos ainda os que não abrem mão da camisa havaiana florida.