google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Inovar-Auto: novos rumos para a indústria automobilica brasileira (foto firmoproducoes.net)

Chega ao fim a novela do IPI, depois de exatos 385 dias. No dia 15 de setembro do ano passado você leu aqui no AE a rasteira que governo passou em quem importava veículos legalmente. Por medida provisória, carros tiveram aumento da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados, federal) em 30 pontos porcentuais, ou seja, carro com motor acima de 2 litros, que pagava 25%, passou a pagar 55%. Os de cilindrada entre 1 e 2 litros, 13% para 43%. Até o pequeno Kia Picanto 1,0 foi de 7% para 37%. O resultado não poderia ser ter sido outro, devastação no negócio de importados. De lá para cá o que se viu foi uma queda acentuada da participação dos carros importados nos licenciamentos.  De 25,4% há um ano passou a 18,9 em setembro. Duro golpe.

Por que duro golpe só nos importados? Ora, elementar: quem produz aqui com conteúdo de peças locais de 65% como mínimo, ou importa da região do Mercosul e do México, teve um “desconto” de...30 pontos porcentuais do IPI.

Não bastasse outro efeito, que por si só traria os resultados que o governo queria, a desvalorização do real em 25%, capaz de arrefecer o ímpeto de importação de qualquer produto.

Mas o arrefecimento não bastou, do México ainda vinha muito carro e, tome, foi estabelecido um limite, ima cota de importação para carros vindos de lá, 100.000 unidades em 2012, chegando a 113.000 em 2014/2015. Até esse limite, isenção normal do imposto de importação (35%), além do “desconto” de 30 p.p. de IPI. A grande prejudicada foi a Nissan, cuja dupla March/Versa caiu no gosto do consumidor e vinha chegando em alto volume.

Em meio a um desaquecimento do mercado de automóveis na partir da virada do ano, o governo resolveu mexer no...IPI. Carros até 1 litro passaram a não recolhê-lo, entre 1 e 2 litros flex, 11% para 5,5%, “inflex” de 13% para 6,5%, acima de 2 litros, sem redução. Os preços dos automóveis caíram em média 10% e o mercado reaqueceu. A medida, prevista para terminar no final de agosto, acabou sendo prorrogada para o final de outubro, mas muitos apostam suas fichas no fim do ano.
BMW 528i: revolução ou evolução? Os dois.(foto: divulgação)

No console, logo à esquerda da pequena alavanca do câmbio automático Steptronic, há uma chave seletora. Ela lhe dá três opções – Eco, Comfort e Sport –, que, em vez de nomes, bem poderiam ser representadas por cores: verde, amarela e vermelha. A Eco, a verde, é para quando o motorista acordou calminho e está a fim de rodar mantendo leve sua consciência ecológica, apesar de estar se locomovendo com um sedã de luxo que pesa 1.655 kg, tem um entreeixos de 2.968 mm e leva cinco pessoas com espaço de sobra. Até para as malas, que dispõem de 520 litros de volume lá atrás.

Na verde, a suspensão vai macia, o acelerador vai lento em sua resposta e o câmbio troca marchas em giro bem baixo, algo em torno de duas mil e poucas rpm, caso você mantenha o pé direito sossegado. Ao tirarmos suavemente o pé do acelerador ele solta marchas como um manso automático das antigas. As trocas de marcha são suaves, praticamente imperceptíveis. Tudo segue tranqüilo, abaixo do normal, a não ser que se pise fundo no acelerador a ponto de sentirmos um clique na sola do pé, e aí é como se de estalo cravássemos a espora nas costelas de um cavalo fogoso que naquele momento vinha sonolento. Ele acorda e parte feito uma bala. Daí, tendo resolvido o problema, basta voltar a ser leve com o acelerador que o carro volta a sossegar. Esse é, obviamente, o modo econômico de se rodar. Com ele, viajando dentro da lei, se faz ao redor de 14 km/l. Na cidade, de 7 a 8 km/l. 


Design luxuoso sem espalhafatos (foto: divulgação)



Nos anos 1970, estava em moda na indústria automobilística o conceito de “carro mundial”. Era um conceito perseguido por todos os fabricantes naqueles tempos de primórdios da globalização.

A idéia do carro mundial era ter um mesmo modelo sendo vendido em vários países, de forma que cada um deles fabricasse um “pedaço” do carro e assim aproveitar a economia de escala para diminuir os custos de fabricação. Por exemplo, se um mesmo carro fosse vendido em cinco regiões do mundo (América do Norte, Japão, Europa, América do Sul e Austrália), sairia mais barato ter apenas uma fábrica que produzisse motores para todas as regiões do que ter uma fábrica de motores em cada região. E o mesmo ocorrendo com transmissões, suspensões etc.

A primeira tentativa da GM de ter seu carro mundial foi o projeto T, que aqui no Brasil ficou conhecido como Chevette. Na Alemanha, era o Opel Kadett C, na Inglaterra, Vauxhall Chevette, na Argentina, Opel K180, na Austrália, Holden Gemini, nos EUA houve três versões: Chevrolet Chevette, Pontiac T1000 e Isuzu I-Mark. Uma curiosidade é que o primeiro T-Car a ser lançado foi o nosso Chevette, em março de 1973.


Fotos: autor


Como visto em post de 22 de julho último, a Fiat lançou a linha Punto 2013. Agora é hora de ver como é o novo Punto T-Jet no dia a dia.

Seria redundante repetir que este Fiat, com seu motor turbo de 1.368 cm³, seduz. Mesmo pesando 33 kg mais que o anterior, chegando agora a 1.263 kg, o brilho continua o mesmo. Aliás, o 0-100 kmh está 0,1 s melhor, 8,3 s agora, mesmo sem mudança no motor, que continua de 152 cv a 5.500 rpm e 21,1 m·kgf de 2.250 a 4.500 rpm. A velocidade máxima é de 203 km/h.

Note como a curva de torque (vermelho) "decola" a cerca de 1.800 rpm, percebe-se isso ao dirigir o Punto T-Jet