google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
A felicidade está nas coisas simples, como, por exemplo, chegar em casa do trabalho e encontrar na porta uma nova edição da revista que assinamos, como aconteceu óntem. Eu assino a americana Automobilie.

Logo que bati o olho na capa algumas coisas me chamaram a atenção.

Primeiro a chamada bem forte: "Satanic Lexus" E segundo a importância da chamada, pois não há mais nada na capa além do novo LFA. Difícil ver uma capa assim, com apenas uma chamada.

Se a Toyota queria fazer barulho, conseguiu. Esse novo Lexus LFA está realmente causando algum alvoroço no meio automobilístico. O primeiro supercarro da Toyota, lançado no meio da crise, sob a marca de luxo do fabricante. Um carro puro, sem exageros tecnológicos, feito para entusiastas. O MAO já falou bastante sobre ele aqui.

E o terceiro ponto que chama a atenção é a cor do Lexus: branco!



O Bob Sharp notou que a tendência do branco está chegando por aqui, como no lançamento do novo Fox. Mas nos esportivos essa tendência já vem acontecendo há algum tempo, como comentado num post antigo.

De fato, o branco é uma cor muito bacana nos esportivos e em outros carros. Pelos comentários no post do Bob a grande maioria acha a mesma coisa.

O dono do quiosque onde tomo café é um autoentusiasta e todos os dias falamos sobre carros. Toda quarta-feira ele compra o JT com o Jornal do Carro e papeamos sobre as notícias. Sem dúvida, é um dos melhores momentos dos meus dias.

No Jornal do carro de hoje há uma matéria sobre cores com alguns dados da PPG (que fornece tintas para os fabricantes). As três cores predominantes no mercado brasileiro em 2009 são o prata com 34% de participação, o preto com 26% e o cinza, com 15%. Mas a matéria não fala quanto corresponde ao branco. Só diz que em 2010 o branco terá 18% de partcipação.

Fiquei um pouco intrigado com o assunto e encontrei alguns dados da própria PPG, porém de 2006, mas que acredito não estarem muito defasados. Contrariando a percepção de que a ditadura do preto e prata (e cinza) é coisa de brasileiro esperto, essa três cores mais o branco são as mais vendidas em quase todo o mundo. Ou seja, fora do Brasil, não temos um lindo arco-íris nas ruas. Interessante que a preferência muda de acordo com os diferentes segmentos.

Na América do Norte o branco aparece em segundo na preferência. Mas isso se explica pela alta participação em picapes e SUVs, que correspondiam aproximadamente a 50% do mercado americano. No entanto azul e vermelho também tem alguma participação expressiva.



Na Europa a tendência se repete com o prata, preto e cinza, mas o azul também se destaca um pouco.



No Japão o branco é realmente forte em todos os segmentos e não há destaque para outras cores "mais vivas".



Na China o pessoal gosta um pouco mais de azul.




Na Coréia do Sul, aparece o branco mais forte em sedãs e o vermelho nos compactos. Mas no geral a ditadura continua.




E aqui na nossa casa, juntando com os vizinhos, já sabemos o resultado. Vale destacar que o vermelho aparece em quinto. Sei que na Argentina o vermelho é muito bem aceito. Aqui no Brasil, ou pelo menos em São Paulo, o vermelho se destaca em carros pequenos. Trabalho num andar alto, com vista para a Marginal Pinheiros e quando o trânsito para fico olhando os carros e já notei que todos os vermelhinhos são carros pequenos.




Portanto, cores mais vivas acabam de fato ficando mais restritas a nichos, ou segmentos menores, que acabam atraindo pessoas mais predispostas a ser diferente da massa.

Mas uma coisa é fato, o branco é bacana!



A mulher do jornalista Fernando Calmon não resistiu e deu uma saída com o Fiat Cinquecento que estava com ele, cedido que fora pela fábrica para teste, como é habitual.

Na volta, se dirigiu ao box na garagem subterrânea do prédio onde moram,  para estacionar, quando, ao manobrar, viu outro carro parar e uma das portas se abrir de repente.

De dentro saiu um garotinho de uns quatro anos  que correu em direção ao Cinquecento. Chegou ao carro e, pela parte dianteira, abraçou-o e beijou-o afetuosamente dizendo, "Luigi! Luigi!".

Para quem por acaso não entendeu, Luigi, um italiano, é um dos personagens mais marcantes do filme "Carros", da Disney-Pixar (2006). Tinha um comércio de pneus no filme, ajudado por Guido, uma empilhadeira.
Luigi era personificado justamente por um Fiat Cinquecento -- la nuova 500 -- que foi produzido de 1957 a 1975, chegando a 4,25 milhões de unidades. Foi um dos mais populares carros italianos, motivando a Fiat a relançá-lo, atualizado, em julho de 2007. O sucesso esperado continua.

É mesmo notável uma criança tão pequena reconhecer a releitura moderna de um modelo clássico do passado. 
BS
Imagem: site www.moviemark.com.br/cars

Não é de hoje que nós, fabricantes de carros esportivos, utilizamos do chavão "um carro de corrida para andar na rua" como argumento de venda ou de marketing promocional para identificar o tipo de carro a que se refere, algo bruto, rápido e "a experiência mais próxima possível de um carro de corrida".


Mas nos anos 70 um caso contrariou essa regra. Ele não foi comercializado, mas, esse sim, era um carro de corrida para andar na rua. E ao melhor estilo possível.


Gregorio Rossi era um desmiolado que apreciava as corridas de endurance, o campeonato tão ou mais famoso que a Fórmula 1 naquela época. Não por acaso, fundou a Martini Racing, uma das mais famosas equipes de todos os tempos, e seu nome em Le Mans era feito pelo Porsche 917K.


O 917 de Rossi foi o chassi número 030, que ao que tudo indica, correu uma vez apenas, nos 1000 Quilômetros de Zeltweg com a famosa pintura da Martini Racing e número 28, antes de ser modificado para uso urbano pela própria Porsche. Durante esse trabalho entre carro de corrida e carro de rua, o 030 foi o carro eleito para testar o novo sistema de freios com ABS da Porsche, desenvolvido secretamente para não despertar o interesse dos concorrentes.


Para ser legalizado, o carro recebeu espelhos retrovisores, um escape com abafador e um pouco de luxos no interior, como um banco forrado, por exemplo. O motor era exatamente o mesmo do modelo de corrida, o flat-12 de 650 cv com injeção Bosch. Com a homologação na Europa feita, o 917 foi levado para os Estados Unidos, onde foi homologado também no estado do Alabama, mas era mais usado na Europa.


Esse sim, era um carro de corrida para andar na rua. E andar rápido, com estilo.
Vale a pena ler o editorial  do Fabrício Samahá, editor do Best Cars Web Site, sobre os procedimentos não éticos do importador Hyundai para o Brasil, a Caoa. O consumidor deve ficar atento para não ser enganado. O editorial foi publicado na sexta-feira 21/11.
BS