google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Na falta de literatura nacional sobre dinâmica veicular, foi com prazer que descobri, há cerca de três anos, a revista inglesa Vehicle Dynamics International.
Desde abril passado, o conteúdo está na rede mundial de computadores, nesse site.
A revista pode ser assinada gratuitamente, desde que se atenda a alguns requisitos, mas tudo leva a crer que em mais algum tempo o acesso será apenas pela Internet mesmo.
Uma dica legal para quem se interessa em mais informações técnicas do que as revistas normais trazem.
JJ

Com desculpas aos leitores por continuar espremendo o assunto até sua última gota, resolvi relembrar hoje algumas frases famosas de Sir Henry. São pequenas pérolas de sabedoria, e que ilustram bem a maneira de pensar desse homem formidável. A mais famosa delas é aquela com que começei o post sobre as cinco mortes da empresa, portanto não o repetiremos aqui. A elas, então:

Sir Frederick Henry Royce, 1st Baronet, OBE , teve origem mais humilde do que se poderia imaginar pelo seu pomposo nome e título de Baronete.

Nascido pobre, Royce começou a trabalhar muito duro a partir dos 9 anos de idade. Nunca cursou uma escola, mas estudou sempre e muito em seu tempo livre, desde cedo mostrando extrema habilidade mecânica. Com 21 anos abria, com muita dificuldade, a "F.H. Royce and Company, Electricians", uma pequena indústria (na verdade, uma oficina no começo) de materiais elétricos, que viria finalmente lhe dar alguma estabilidade financeira ainda antes dos 30 anos de idade.

Royce acabou famoso pelos carros que acabou fazendo com Charles Rolls, mas sua indústria de materiais elétricos permaneceu ativa até sua morte, em 1933. Tudo ia bem com ela até que em 1903, começou a aparecer uma forte concorrência para seus dínamos e guindastes, vinda principalmente da Alemanha e dos EUA. Royce refutou veementemente os pedidos de seus subordinados para baratear seus produtos para enfrentar a competição, cunhando a famosa frase:

"The quality will remain long after the price is forgotten"
(A qualidade permanece muito tempo depois do preço ter sido esquecido.)

Sir Henry era um homem do século 19; sendo assim, associava qualidade com controle apenas. Não tinha problema nenhum de jogar 10 peças fora, mas fazia questão de que todas montadas em seus carros fossem perfeitas. Mas tinha uma noção moderna de qualidade quando se fala de retrabalho: Royce exigia que a peça rejeitada fosse jogada fora, e que a falha fosse corrigida para que a próxima estivesse boa, e não permitia os famosos "ajustes" ou "retrabalhos". Por toda fábrica, se viam placas dizendo:

"Above all things, be accurate."
(Acima de tudo, seja preciso.)

Os métodos de projeto de Royce também refletiam sua origem de mecânico autodidata. Royce fazia incansavelmente modificações e experimentos, buscando descobrir em suas bancadas de trabalho algo que não conseguia prever teoricamente. Mas chegou a uma verdade inegável:

"There is no sure way of judging anything except by experiment."
(Não há outra maneira de julgar algo que não seja por experimentação.)

Royce é o estereótipo do perfeccionista. Nunca estava satisfeito, e trabalhava incessantemente e incansavelmente a vida toda, numa impossível busca da perfeição. Certa vez, ouvindo de um funcionário que algo estava "suficientemente bom", cunhou outra famosa frase:

"Nothing is good enough - there is always a way to make it better - a way which we must all strive to learn."
( Nada é suficientemente bom - sempre há uma maneira de melhorar - de uma maneira que todos devemos nos esforçar para aprender.)

Esta mesma frase, melhor pensada e lapidada, se tornou uma outra mais famosa, mais generalista mas com o mesmo significado básico:

"Strive for perfection in everything you do. Take the best that exists and make it better. When it does not exist, design it."
( Busque a perfeição em tudo que faça. Pegue o melhor que existe, e faça melhor. Quando não existir, desenhe-o.)

MAO
Era uma vez um leão chamado Max.

Max, que deveria fazer parte do espetáculo, já há algum tempo vinha colocando as manguinhas de fora e queria se tornar o dono do circo.
Enquanto ele ameaçava só o domador, o dono do circo, um baixinho feio, mas muito rico chamado Bernie, foi tolerando suas rabugices e suas extravagâncias. Ele sabia que o leão estava velho e fraco. No fundo ele fazia as suas graças, mas obedecia o mago Bernie em todas as sua ordens. Jamais levantou a pata ou deu rugido sequer para o mago.
Só que o leão, todo pimpão, foi se achando dono da situação e começou a ameaçar os outros artistas da companhia. Queria sair da jaula, mandar em tudo no "pedaço", até no esperto mago, seu dono. Nem as contas bancárias dos palhaços, apresentador, trapezista, enfim de todos os componentes do circo estavam a salvo.
Dizia o leão: "Sou o rei dos animais, o mais forte. Daqui para frente eu quero ver até onde vocês estão gastando seu dinheiro, quem manda aqui sou eu, vou controlar tudo."
Os artistas gritaram xingaram, espernearam, mas o leão pensava, eu tenho a força e o dono do circo gosta de mim. Eles vão ver o que é bom. Quem não me obedecer vai para o olho da rua.
Um belo dia, os artistas, já de "sacos cheios", se reuniram num dos carros, sabe aqueles "motorhomes" usados pelos integrantes do circo para se deslocarem de um lugar para outro? Pois é!!! Indignados, lançaram um protesto. Chamaram o mago, este sim o todo-poderoso do circo e disseram: "Acabou a paciência e a brincadeira. Não dá mais para conviver com esse leão velho, maluco e rabugento. Nós vamos embora, vamos comprar uma lona nova, novas armações, novas arquibancadas e vamos criar um novo circo. Vai ser FOTA."
Eis que no domingo passado, dia de espetáculo de gala, justo na terra onde criaram o circo, o mago que de bobo não tem nada, sabendo que sem ele os artistas iriam se atolar em dívidas impagáveis, se fez de tonto. Colocou o velho leão à frente dos artistas e foi tomar um "wiskinho".
No fundo ele pensou: "Quem negociou tudo, fui eu. Quem conhece os políticos das cidades onde vamos nos apresentar, sou eu. Quem assinou tudo, fui eu. Está tudo em minhas mãos, por que vou me estressar? São todos inocentes. Estão fazendo jogo de cena. Vou deixar que eles se arranhem. No final dou uma palmada em cada um e continuamos o show."
Pois é!!!
Como dizem por aí que um dia é da caça o outro é do caçador, desta vez o leão se deu mal. Quase os artistas o comeram!!!!
Na verdade, colocaram-no fora da jaula, mas, para piorar, dentro de uma geladeira. Morrendo de frio e de medo, o velho leão conformou-se com a situação. Pediu clemência e perdão. Implorou para que o deixassem continuar no espetáculo até o fim desta temporada e prometeu que depois se aposentaria, dando lugar a outro bicho mais dócil.
O que realmente aconteceu foi: o leão, caiu em si e percebeu que está velho e que não assusta mais ninguém. Os artistas sabiam que se abandonassem o circo iriam ter que deixar tudo para o mago, até as calças.
Então o velho Bernie deixou a poeira assentar, chamou os artistas e perguntou: "Chegaram a um acordo?"
Ao que os artistas responderam: "Agora que o leão se transformou em gatinho vamos continuar no seu circo".
"Muito bem", disse o mago. "Assim é que eu gosto de ver".
Foi para o centro do palco, pediu a atenção os espectadores e gritou:
"DISTINTO PÚBLICO!
PODEM SENTAR QUE O LEÃO É MANSO.
O ESPETÁCULO VAI CONTINUAR."



No sábado passado, dia 20 de junho, aconteceu um dos mais interessantes e tradicionais eventos anuais automobilísticos de São Paulo, a Subida de Montanha do Pico do Jaraguá, organizada pelo Auto Union DKW Club do Brasil

Nunca participei desta prova, mas há alguns anos a acompanho de perto, com alguns amigos que participam. Este ano fui com meu amigo Marco, que já participa da prova desde os anos 1980. Seria apenas mais um piloto e um carro inscritos para subir pela estrada até o topo da montanha, assim como os quase quarenta outros carros que lá estavam, não fosse a relação dele com o carro.