google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Este post aborda a Autolatina pela visão de um engenheiro, no caso eu, que participou de grande parte desta história.

Lembro-me como se fosse hoje, nos idos de 1986, quando ouvíamos pela "rádio peão" que a Ford estava para ser vendida à Volkswagen. O pessoal achava engraçado o boato e ninguém acreditava nele, até que no dia 25 de novembro de 1986 soubemos do acordo de cooperação mútua firmado entre a Ford e a VW no Brasil, dando origem à Autolatina.

Nosso pessoal da engenharia, a maioria formada de "Fordeanos de corpo e alma", ficou perplexo com o fato e um clima de ansiedade tomou conta do ambiente. Cultura alemã com cultura americana nunca vai dar certo, falávamos... até que soubemos que a VW seria majoritária com 51% das ações da Autolatina.

Incrédulos, fomos comunicados que toda a nossa engenharia iria para as instalações da VW em São Bernardo do Campo e o nosso Centro de Pesquisas seria desativado... desativado?!  E dito e feito, aos poucos toda a nossa engenharia, incluindo a oficina experimental, a construção de protótipos, laboratórios e banco de provas foi sendo transferida para a fábrica da VW.

Fotos: Divulgação Troller





A Troller, fundada em 1994 e desde 2007 pertencente à Ford Motor Company Brasil, com fábrica em Horizonte (CE), apresentou ontem em São Paulo a nova geração do utilitário T4. Totalmente renovado, o modelo foi exibido à imprensa e fãs do veículo num evento público na Av. Europa, um dos pontos de comércio de veículos de alto preço mais movimentados da cidade. Além das linhas completamente diferentes, o Troller T4 ganhou suspensão dianteira independente e, mais importante, potência: seu motor é o Diesel de 3,2 litros cinco-cilindros da picape Ford Ranger, de 200 cv, combinado com câmbio manual de seis marchas.

O modelo havia sido apresentado como conceito no Salão do Automóvel de 2012 e chamou bastante a atenção pelo porte e linhas arrojadas. De lá para cá passou por extenso desenvolvimento, inclusive no campo de provas da Ford em Tatuí, interior de São Paulo.

Preços e dados técnicos não foram divulgados e vendas começam em julho.

BS

Mais fotos:

Foto: www.terrordonordeste.blogspot.com



Quando demos a notícia no dia 28 último da aprovação do Projeto de Lei nº 15/2006 pela Câmara Municipal, dissemos que população paulistana, submetida à vergonha do rodízio de veículos há quase 17 anos, esperava que o prefeito Fernando Haddad, num lampejo de inteligência, sancionasse o PL. Mas a julgar pela cara dele nesta foto de abertura, esse lampejo não poderia mesmo ocorrer e hoje ele vetou o que a Câmara Municipal havia aprovado, numa atitude típica de inimigo público nº 1 de São Paulo. Afinal, o que será que esse cara quer, o que veio ele fazer aqui?

Primeiro, desmantelou um sistema de inspeção veicular para emissões que funcionava bem, sem apresentar alternativa. Depois, ante o clamor da população diante do aumento das tarifas de ônibus, colocou-se contra ela dizendo que não voltaria atrás (mas voltou, como um cachorro com o rabo entre as pernas). 

Em seguida, entupiu a cidade de faixas exclusivas de ônibus, prejudicando o trânsito de automóveis – para ele automóvel particular deve ser "coisa de rico". Mas quem autorizou um livro escolar que diz ser certo falar ou escrever, por exemplo, "nós pega o peixe", quando ocupava a pasta da Educação, é quase certo não saber fazer conta de dividir, pois se soubesse veria que se a população da cidade é de 11 milhões e a frota circulante é de 7,5 milhões, são 1,46 habitantes por veículo. Isso população geral, contando-se aí crianças, adolescentes e idosos, que não dirigem. Portanto, prejudicar o trânsito de automóveis é prejudicar a população. 

Agora, num flagrante desrespeito à casa parlamentar municipal — e, principalmente, ao povo, veta o PL que punha fim a esse incômodo, a essa vergonha, a essa aberração chamada Operação Horário de Pico, vulgo rodízio. 

Justamente num momento em que a Câmara Municipal de São Paulo readquiria o respeito da população paulistana ao se redimir de trapalhada de 3 de outubro de 1997, que resultou na Lei nº 12.490 autorizando o executivo a implantar programa de restrição à circulação no formato conhecido, a diabólica invenção do vivaldino prefeito Celso Pitta.

Não satisfeito de ferrar os paulistanos, esse inimigo público nº 1 fala em expandir a zona de restrição circulação, que é já descomunalmente grande, como se São Paulo fosse dele. Aliás, o tal do "centro expandido" onde o atual rodízio é aplicado, mais do que gozação, é um dos maiores eufemismos que já se viu. Fala também em estabelecer uma vaga de garagem por apartamento.

Não dá mais para ter um cara desses dirigindo São Paulo. Processo de impeachment – seria pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo? – já!

Bob Sharp
Editor-chefe

Ator mecânico de filme de Hollywood, um dos carros-conceito mais importantes de todos os tempos

Provavelmente o Lincoln Futura é o carro-conceito, ou “de sonho”, mais conhecido do mundo, mas não em sua forma original. Apesar de ter sido modificado, o que já é algo por definição, ruim,  teve um destino glorioso que o fez famoso.

Nunca esquecido como as dezenas de carros que tiveram sua fama em exposições mundo afora, o Futura teve destino dos mais interessantes, apesar de que sempre haverá pessoas que não concordam com a desvirtuação de um carro único. Muita gente já sabe no que ele se tornou, depois de ter sido vendido pela Ford.

Sem mais delongas, direto ao ponto.  O Futura era um exemplar único, e foi transformado por George Barris e equipe no primeiro Batmóvel para a televisão, sendo o principal protagonista do seriado que estreou em 1966 e que todo mundo (meninos, pelo menos) que tem mais de 35 ou 40 anos viu algum dia no passado. Meu pai brincava dizendo que o Batman usava as cuecas em cima da calça,  o que é no mínimo engraçado e esquisito, mas eu assistia aos episódios para ver o principal, o carro. Hoje eu concordo com ele, o Batman era mesmo ridículo naquele tempo.

O principal motivo para passar o tempo diante da televisão era sem dúvida o carro da dupla dinâmica, não as habilidades de Batman ou Robin.

As cenas do Batmóvel deixando a Bat Caverna ficaram na mente de milhões de crianças e adultos. Aquilo sempre foi um sonho. Usar um carro exótico para combater os malfeitores, saindo com ele de seu laboratório secreto, em meio às árvores, numa estrada perdida nas montanhas, acelerando uma turbina com som de avião a jato e levantando poeira. Nada podia ser mais legal aos sete anos de idade. Nem mesmo se aparecesse Barbara Gordon, a filha do Comissário Gordon, trocando de roupa e se transformando em Bat-Girl.