google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

                                                         


Coluna 1914  7.mai.2014                          rnasser@autoentusiastas.com.br        

Uma nova idéia para os híbridos
A — sem trocadilho — corrente de soluções buscando somar motores a gasolina ou diesel com geradores elétricos para aumentar autonomia dos veículos, diminuindo seu consumo e emissões, é atualmente a de maior factibilidade. O funcionar de um motor a combustão interna tocando gerador elétrico, e este carregando baterias para alimentar motores elétricos em tração adicional, objetiva que a soma supere o rendimento energético de cada um. O automóvel com menor consumo à venda no Brasil é o Ford Fusion híbrido por este sistema.
O mundo da técnica sabe, o momento atual é mero estágio intermediário, quebra-galho momentâneo, de resultados pífios ante os que podem ser atingidos.
Há novidades. A Toyota tomou o caminho de racionalidade, juntou conceitos existentes, evoluiu-os no que chama Gerador Linear sem Pistões. Menor tamanho, peso e maior capacidade de geração vistos os sistemas atuais.
O motor linear não tem virabrequim ou bielas. Os pistões, com cabeça em forma de “W”, e com a câmara de combustão no centro, trabalham um contra o outro, e a expansão dos gases queimados na combustão opera como uma mola, forçando-os se distanciar. O ciclo é de dois tempos, significando admissão de ar externo por janela lateral, explosão em todos os ciclos de compressão, e vazão de gases através de janelas nos pistões. Emprega injeção direta do combustível e não tem sistema convencional de árvore de comando e válvulas. 
Os princípios da câmara comum para combustão, ou do ciclo 2-tempos, são antigos. A grande revolução está na maneira de funcionar e no processo de gerar energia. Não se trata de gerar movimento — pois não há um eixo rotativo para transmiti-lo —, mas na forma de produzir energia: as extremidades do citado W são um magneto em liga de neodymium-ferro-boro, e as paredes da câmara, revestidas por um fio em forma de mola. A passagem dos pistões/magneto por tais bobinas gera carga e alimenta uma bateria.
O protótipo não é potente. Faz 10 kW — quase 14 cv —, mas dois deles são capazes de mover com competência e autonomia algum Toyota, Yaris ou Corolla, permitindo fazer 110 km/h em estrada.
Ainda é protótipo, exibido no recente encontro mundial da SAE, a sociedade de engenheiros automobísticos. Mas é o caminho mais prático, simples, barato e factível dentre as variadas tecnologias híbridas recém apresentadas.

Desenho do motor

O que circula de informação na internet é bem conhecido de todos. Tem de tudo, de coisas boas a coisas horrorosas. O que se repassa de vídeos, novamente, muito de ruim e o pouco de bom, também parece ser uma constante. Mas ontem me chegou um que me surpreendeu, e não é de automóvel. Pela pureza, pela beleza, achei que merecia ser compartilhado com o leitor, um momento do mais puro enlevo. O que mostra a criatividade do ser humano para o Bem e o que um simples comercial é capaz de mexer com os nossos sentimentos.

Bom proveito!

BS


THY "Hayal Edince" / Bahadır Karataş from Filmpark on Vimeo.



Demorou tanto para pegarmos um Cruze sedã LTZ automático que o carro já está até sendo atualizado lá fora. Mas antes tarde do que nunca. Se bem que tivemos um relato muito bacana do MAO sobre o Cruze Sport6 com caixa manual.

Eu cresci andando em Opalas, Chevettes e Monzas, até meu pai virar a casaca para VW, com Voyages, Santanas e Gols. Mas a VW do Brasil nunca teve um Omega, ou um Vectra GSi 16V, ou um Tigra ou até um Diplomata 6-cilindros. E muito menos Corvettes e Camaros! Quando meu pai comprou o primeiro Chevette Hatch, praticamente passei a noite no porta-malas com o banco traseiro rebatido.

Com 11 anos meu pai me colocou no volante de um Chevette 1980! O Monza foi o carro mais vendido por três anos da década de 1980 — 84, 85 e 86. O Vectra honrava o slogan "Andando na Frente" que a GM anunciava na transmissão das corridas de Fórmula 1. Corsa GSi, Blazer Executive, Bonanza, S10 V-6 cabine dupla e a lista vai indo. Então eu posso dizer que a GM foi, sim, a responsável pelo meu autoentusiasmo.

Propaganda no Estado de S. Paulo do dia 26 de novembro de 1998. Bons tempos!

O "PROJETO M"





Fundada em 1952, a Willys-Overland do Brasil anunciou o seu primeiro produto em 1954, o Jeep Willys 4x4, praticamente uma cópia do veículo feito nos Estados Unidos. Seguiram-se outros produtos como a Rural, a Pick-up, o Renault  Dauphine, o Aero-Willys, o Renault Gordini, o Willys Interlagos e o Renault 1093.

O último projeto da Willys no Brasil se denominou "Projeto M", veículo derivado do Renault 12 francês. Em 1967 a Ford  assumiu o controle acionário da Willys  e o "Projeto M" foi incorporado por ela dando origem ao Ford Corcel.

Em 1968, com a fusão definitiva Ford-Willys, o Corcel foi lançado com enorme expectativa no mercado por ser um veículo inovador para a época

Como curiosidade histórica incluo alguns desenhos feitos à mão livre, escritos ainda em francês, com os detalhes construtivos do "Projeto M". Estes desenhos são parte do meu acervo particular que eu tenho enorme prazer de compartilhar com o leitor. Vou colocar somente algumas folhas e se houver interesse poderei incluir outros detalhes adicionais nos próximos "Memórias Ford". O leitor decide!