google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: divulgação




Desde o seu lançamento, em outubro de 2011, que eu não dirigia o Duster e, apesar de na ocasião ter andado em todas as versões por bons e expressivos trechos em estrada de asfalto e de terra, incluindo aí locais quase de off-road, faltava mesmo tê-lo por uns dias em nosso velho e bom teste no uso, pegando o dia a dia urbano e uma viagem de fim de semana. Como diria eu mesmo, carro pode ser como aquela mulher que você conhece numa viagem tropical e com ela tem lá um tórrido romance emoldurado por palmeiras ao vento e águas mornas e cristalinas, mas daí, quando você a traz para morar consigo ela se revela completamente inadequada, um incômodo insuportável.


Boa na terra e boa no asfalto


Esse não é o caso do Duster, pois o Tech Road II, apresentado no final do ano passado. Com motor de 2 litros e com câmbio automático, além de ter se mostrado bom de terra, um valente companheiro de quebra-mato, mostrou-se também muito adequado no terreno civilizado. Suspensão macia, motor silencioso, trocas de marcha suaves, espaçoso, banco traseiro confortável, sendo até possível que três adultos ali viagem, bom porta-malas (475 litros), bom som, bom ar-condicionado, em suma, fornece todas as comodidades que hoje se exige de veículos de valor médio.Seu preço público sugerido é R$ 67.050 e a garantia é de três anos ou 100.000 km, prevalecendo o que vencer primeiro.

O Duster Tech Road II traz também o sistema Media Nav, com tela tátil de 7 polegadas integrada ao painel. Com mostrador colorido e ícones grandes, os menus são de fácil identificação e configuração. Em poucos toques, se tem acesso a ferramentas úteis como rádio, Bluetooth e GPS. O equipamento ainda conta com o comando satélite na coluna de direção, que possibilita o motorista acesso as funções do Media Nav. É possível o motorista trocar de música, atender e terminar chamadas telefônicas e trocar estações do rádio sem tirar as mãos do volante.



Recentemente, a prefeitura de São Paulo decidiu dar prioridade total ao transporte público. Uma atitude, em um primeiro momento, simpática e benéfica a todos, pois se grande parte dos motoristas deixasse seus carros em casa e utilizasse o transporte público, o trânsito seria melhor para todos. Parece até desumano não defender uma idéia dessas. Afinal de contas, quem não quer uma cidade com um trânsito menos caótico? Pensando assim, a prefeitura de São Paulo resolveu "solucionar" o problema inundando a cidade com faixas exclusivas para ônibus, de forma a aumentar a sua velocidade e torná-los mais rápidos do que os automóveis. Esperava, assim, fazer com que o motorista paulistano desistisse de seu automóvel e passasse a usar o transporte coletivo para chegar mais rápido ao seu local de trabalho.

Porém, as coisas, como sempre, nunca são simples. Esta idéia funcionaria muito bem se São Paulo tivesse um transporte público sub-utilizado. Se os ônibus ou o metrô andassem vazios, com capacidade ociosa, enquanto automóveis se atravancam nas vias congestionadas, a saída não poderia ser mais óbvia. Só que este não é o caso de São Paulo.

O transporte público desta cidade já está saturado e não é de hoje. Eu gostaria de ver uma vez uma sandice como o “dia mundial sem carro” obtendo a colaboração de todos os motoristas de São Paulo. Eu queria ver as ruas vazias de automóveis por um dia. Mas as pessoas precisam trabalhar, o “dia mundial sem carro” não é feriado. Queria ver todos os motoristas de São Paulo procurando de uma vez só o transporte público, como deseja o prefeito. Queria ver como ficaria a situação dentro dos ônibus, trens e metrô. Se, já saturados, eles comportariam a demanda adicional dos motoristas enxotados das ruas.

Cabe mais alguém aqui dentro?





Coluna 1514  9.abril.2014                           rnasser@autoentusiastas.com.br        

Carro 0-km? Cliente da Caixa? É contigo
A indústria automobilística pegará carona com a Caixa Econômica tentando vender carros novos, mexer com o mercado — e reduzir o estoque de 50 dias de produção, hoje nos pátios dos fabricantes e seus revendedores. Não é espaço especial, mas todas as revendas aderentes. O banco estatal intenta aumentar sua participação na carteira de financiamento de veículos após ter-se envolvido e assumido o Banco Pan Americano. Na promoção, executivos da Caixa auxiliarão rápido curso, e seus clientes têm crédito pré-aprovado.
É apenas notícia, registro, evento. Em nada resolverá a conta enfrentada pela indústria automobilística e seus desdobramentos econômicos, do fabricante de arruelas ao motorista do caminhão-cegonha: produção descombinada com vendas, estoques de quase dois meses, demissões, pequenos fornecedores.
Não terá conserto rápido, e as causas são conjunturais, psicológicas, econômicas, físicas. Do medo sobre o futuro da economia, incerteza da veracidade dos dados oficiais, dúvidas quanto aos próximos meses, receio em contrair compromissos, dúvida no aplicar verbas grandes e mal administradas para fazer a Copa do Mundo. Para completar, a peneira mais fina dos bancos para conceder financiamentos a clientes já endividados por outras aquisições de consumo.
Estranho e com um primo da pesada

Até bem pouco tempo se podia comprar uma Kombi nova. Ainda deve haver algumas nas concessionárias, e vão aparecer várias à venda por aí, algumas nas mãos de investidores. Alguns anos atrás, ainda se comprava Fusca zero-quilômetro no México.  

Volkswagen todos conhecemos e estamos familiarizados, mas que tal algo quase tão antigo em conceito, mas com motor V-8?

Uma marca muito menos conhecida dos brasileiros e do mundo todo também fez até não tanto tempo assim, 1998,  um carro com suas origens em 1934, antes da Segunda Guerra Mundial, de Hitler mudar o panorama do mundo com sua raiva e com a ordem de se construir o Fusca, e com motor traseiro arrefecido a ar. É o Tatra T700, a última versão do carro da ex-Checoslováquia, atual República Checa, com origem conceitual na pena mágica de Hans Ledwinka, com o modelo T77.

A Tatra é um dos primeiros fabricantes do mundo na ativa com veículos motorizados desde 1897, com o nome de Nesselsdorfer Wagenbau-Fabriksgesellschaft. O carro era o Präsident (com trema no "A" mesmo). Mudou de nome mais uma vez depois desse, mas só em 1919 passou a ser conhecida como Tatra, claramente para atender a necessidade de um nome fácil de falar e de ser mais facilmente divulgado e lembrado em outros lugares do mundo. Poderia se chamar NWF, mas seria mais uma marca de siglas, coisa comum.  Tatra é um nome bastante mais simples e sonoro, e é a cadeia de montanhas entre a República Checa e a Eslováquia.


Capô longo, mas sem motor debaixo