google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
As vendas de automóveis na Europa cresceram cerca de 8% em fevereiro, o sexto ganho mensal consecutivo, ajudadas pela gradual recuperação econômica do sul da região e redução de preços para incentivar a procura por novos modelos.

Licenciamentos na União Européia e nos mercados de livre comércio europeu subiram de 831.371 há um ano para 894.730, informou hoje a ACEA, a associação européia de fabricantes de automóveis. As vendas no primeiro bimestre cresceram 6,3%, atingindo 1,86 milhão de carros.
Foto: www.asme.org


Acho que todos concordam que o som é uma das coisas mais importantes na nossa vida. Todos temos sons guardados na memória que remontam aos nossos primeiros anos de consciência do mundo ao redor. É som que nos deixa em contato com o mundo quando não vemos ou avistamos alguma coisa, por exemplo, um barulho estranho na casa ou no carro.

Compartilho com o leitor alguns sons que marcaram nesses meus 71 anos, com os quais, estou certo muitos irão se identificar. Dado o tipo de blog que o AUTOentusiastas é, sons ligados ao automóvel, claro.

Um dos primeiros sons marcantes, ou o primeiro, foi de carro de corrida. Em 1946 a família se mudou de um apartamento em Copacabana para uma casa na Gávea. Eu tinha quatro anos. Em 1949, com em todos os anos, houve a corrida no Circuito da Gávea, o Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro, em março. Acho que foi a primeira corrida que assisti (houve Gáveas em 1947 e 1948, mas não lembro se as assisti). Nossa casa ficava numa transversal da rua Marquês de São Vicente e ficava a 100 metros dela, que era parte do circuito. Eu tinha 6 anos, completados em novembro.

Pois bem, o berro do motor do Maserati do italiano Luigi Villoresi, que hoje sei se tratar de um 4CLT San Remo, 8 cilindros em linha de 1.490 cm³ com dois compressores, quatro válvulas por cilindro, 290 cv, até hoje está indelével na minha memória, guardado junto com o odor do escapamento, que trazia do motor uma mistura queimada de gasolina, álcool e benzeno impregnada com o óleo lubrificante à base de óleo de rícino que era alucinante. Villoresi venceu, com Giuseppe Farina, Ferrari, em segundo.

O Maserati 4CLT de Villoresi na curva da rua João Borges; note o calçamento de paralelepípedos e os trilhos do bonde (foto do meu irmão)



A Ford criou um traje experimental de simulação dos perigos de dirigir sob os efeitos do álcool. A empresa desenvolveu na Alemanha uma “Roupa de Motorista Embriagado”, que simula as dificuldades de visão, coordenação e equilíbrio experimentadas por quem abusa do consumo de bebidas alcoólicas e assume o volante de um carro.

O traje, elaborado em parceria com uma empresa especializada, é composto de óculos com visão de “túnel”, tampões de orelha, pesos no pulso e no tornozelo e ataduras nos cotovelos, pescoço e joelhos. Ele torna mesmo tarefas simples — como andar em linha reta — muito mais difíceis e demonstra como uma atividade muito mais complexa, como dirigir, é afetada pelo álcool, como ilustra este vídeo, infelizmente falado e legendado em inglês, mas de fácil compreensão:




Posição das rodas dianteiras visível para o motorista

Foi impossível pesquisar sobre o Dare DZ que postei outro dia aqui sem encontrar referências a outro carro muito parecido em conceito, o Dax Kamala.

A Dax, da cidade de Essex, Inglaterra, constrói ainda hoje réplicas do Cobra e Lotus Seven, este chamado de Rush e um pouco exagerado, e no final de 1998 apresentou um carro novo, de motor central-traseiro, batizado Kamala.

O carro começou como projeto pessoal de Peter Walker, um ex-engenheiro da Ford inglesa. Até 2001 foi feito pela Dax, mas depois desse ano foi formada a Kamala Cars Ltd. que passou a existir justamente por causa do carro. Os irmãos  Tony e Mark Keen, que tinham anos de trabalho com restauração de antigos, compraram os direitos de fabricação e comercialização, passando a produzir o carro em Norfolk. Depois disso, o “Dax” desapareceu do nome.

Note a estrutura das portas fixada ao plástico transparente