Salão de Genebra. Pequeno, mas o futuro passa por ele
Oitenta e cinco anos sediando referencial mostra do mundo dos automóveis
novos, o Salão do Automóvel em Genebra enfrenta a crise mundial do combate do
dia a dia pelo mercado, e as projeções de como sobreviver em caminho próprio.
Antes, há menos de uma década, requeria apenas o rótulo de Verde,
como sede para exibição de novas tecnologias da mobilidade não agressivas ao
meio ambiente. O partido de marketing colou, e Genebra soube
expandi-lo, mantendo-se líder no caminho, expondo os resultados, como a
construção veicular mais limpa, menos agressiva, com menores gastos de energia,
água, geração de resíduos, reciclabilidade e, em paralelo, mostrar as
conquistas crescentes e aceleradas da digitalização — a aplicação da
informática nos veículos. Tem suas curiosidades. Genebra, a par da qualidade em
tudo, é dos lugares mais caros do mundo — ande 2 km de taxi e pagará uns R$
60, hotel 4 estrelas a mais de R$ 1.500 a diária ..., um quilograma de filé
mignon perto de R$ 400, ônibus a R$ 12 —, além do frio vento de fim de inverno
soprando pelo lago que a pontua. Talvez o frio elegante e a formação da cidade
definam a arrumação das moças ilustrando os carros novos. Sem os atrevimentos
tropicais, arrumação contida, elegante. Na Porsche, as modelos em conjunto
preto com echarpe Hermés entre o marrom e o bege, dispensavam os cortes e
recortes para compor o cenário e chamar atenções. Em ritmo anterior, as da
Audi, em vestido vermelho, languidamente se recostavam nos capôs dos carros
brancos, e eram atração à parte quando cruzavam as pernas. E muito cruzavam...