google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
A produção brasileira de veículos em 2013, impulsionada pelo bom desempenho das exportações, do agronegócio e pela substituição de veículos importados por nacionais, foi a melhor da história da indústria automobilística. Os dados foram divulgados ontem em São Paulo pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea.

As 3,74 milhões de unidades produzidas em 2013 superaram em 9,9% as 3,40 milhões de 2012. No último mês do ano saíram das linhas de montagem brasileiras 235,8 mil, 12,1% abaixo das 268,3 mil do mesmo mês de 2012 e inferior em 18,6% com relação as 289,6 mil de novembro de 2013.

Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, os resultados de 2013 foram positivos, mas a indústria tem muitos desafios para superar: “Hoje o Brasil é o quarto maior mercado no mundo, mas apenas o sétimo maior produtor. E para subirmos nesse ranking teremos que melhorar nossas condições de competitividade. Em 2013 demos importantes passos com a consolidação do Inovar-Auto, atração de investimentos para o desenvolvimento da produção local e apresentação de projetos como o Inovar-Máquinas, Inovar-Tecnologias e Exportar-Auto”.

As exportações encerraram 2013 com alta de 26,5% ao se comparar as 563,3 mil unidades do ano passado com as 445,2 mil de 2012. No comparativo mensal, contudo, os 40,3 mil veículos que deixaram o país no último mês de 2013 representaram retração de 2,2% ante os 41,2 mil de dezembro de 2012 e de 11% frente os 45,2 mil de novembro do mesmo ano.

Em valores, as exportações de veículos — autopeças incluídas — e máquinas agrícolas em 2013 registraram novo recorde histórico: foram exportados US$ 16,6 bilhões, 13,5% acima dos US$ 14,6 bilhões de 2012. O montante supera em pouco mais de US$ 330 milhões o ano de 2011, até então o melhor ano da história neste quesito.

Licenciamento
Em licenciamento, 2013 terminou como o segundo melhor ano da história — atrás apenas de 2012. Houve contração de 0,9% ao defrontar os 3,76 milhões de veículos do ano passado com os 3,80 milhões do ano anterior. Na comparação mês a mês, as 353,8 mil unidades de dezembro de 2013 ficaram 1,5% mais baixas que as 359,4 mil de igual período de 2012 e 16,8% superiores que as 302,9 mil de novembro de 2013.

De acordo com o presidente da Anfavea, “o resultado pode ser considerado um empate técnico no patamar mais elevado da história da indústria, mas a rigidez na concessão de créditos foi um fator determinante que segurou um pouco o ímpeto do consumidor”.

Ao se analisar separadamente o licenciamento de veículos nacionais, 2013 fechou as atividades como o melhor ano da história, com alta de 1,5% comparado com 2012, enquanto os importados caíram 10,3%. Com isso a participação dos importados no total de licenciamento em 2013 foi de 18,8%, o mais baixo dos últimos anos.

Projeções para 2014
A Anfavea também divulgou suas projeções para 2014, que apontam para novos recordes. A entidade projeta para 2014 aumento de 0,7% na produção, 1,1% no licenciamento, 2,1% nas exportações em unidades e 2,6% nas exportações em valores. Para o segmento de máquinas agrícolas, as projeções indicam estabilidade em produção e exportações e 1,1% de alta em vendas internas. (Anfavea)

Resumo dos licenciamentos em 2013




Fabricante
Autos
Com. leves
Total
%






Fiat
604297
158683
762980
21,3
VW
539093
127646
666739
18,6
GM
540608
109206
649814
18,2
Ford
238262
96800
335062
9,4
Renault
170480
65884
236364
6,6
Toyota
116830
59438
176268
4,9
Hyundai
157713
0
157713
4,4
Honda
131005
8274
139279
3,9
Outras
50495
60415
110910
3,1
10º
Nissan
62220
15606
77826
2,2
11º
Citroën
63249
2864
66113
1,8
12º
Mitsubishi
5788
52386
58174
1,6
13º
Peugeot
53081
4429
57510
1,6
14º
Caoa
17357
38581
55938
1,6
15º
Mercedes
8501
9297
17798
0,5
16º
Audi
4739
1955
6694
0,2
17º
Iveco
0
4049
4049
0,1
18º
Mahindra
0
633
633
0,0
19º
Agrale
0
39
39
0,0


2763718
816185
3579903
100,0
Fonte: Anfavea


Resumo dos licenciamentos em 2012




Fabricante
Autos
Com. leves
Total
%






Fiat
679294
158294
837588
23,0
VW
651277
117118
768395
21,1
GM
535711
106933
642644
17,7
Ford
255443
68237
323680
8,9
Renault
180699
60874
241573
6,6
Honda
120056
14900
134956
3,7
Outras
60118
69309
129427
3,6
Toyota
63617
50187
113804
3,1
Nissan
87196
17584
104780
2,9
10º
Caoa
40917
45392
86309
2,4
11º
Citroën
72474
2127
74601
2,1
12º
Peugeot
66173
5882
72055
2,0
13º
Mitsubishi
6736
53841
60577
1,7
14º
Hyundai
22053
0
22053
0,6
15º
Mercedes
5825
5243
11068
0,3
16º
Audi
3951
1012
4963
0,1
17º
Iveco
0
4602
4602
0,1
18º
Mahindra
0
359
359
0,0
19º
Agrale
0
51
51
0,0


2851540
781945
3633485
100,0
Fonte: Anfavea

Tive seis tios, todos homens, quatro do lado paterno e dois, do materno. Todos, menos um, foram grandes tios, amigos, em muitos casos companheiros. O tio Paulo, do lado materno, foi o mais amigão deles e foi quem me introduziu ao mundo do automóvel sentado no banco do motorista de seu Citroën 11 L 1947. Eu tinha apenas 10 anos e mal enxergava por cima do grande volante. Com toda a paciência do mundo me ensinou os fundamentos dessa arte-técnica, que uso até hoje. Mas teve um, o tio Sidney, que era mesmo incrível. Na foto ele tinha cerca de 35 anos.  

Dentista, automobilista, era metido a inventor e gostava tanto de mecânica que fechou o consultório por um tempo e foi fazer um curso de mecânica de automóveis em Saint Louis, estado do Missouri, nos EUA, já que pretendia abrir uma oficina mecânica "de alto nível" no Rio, onde morávamos todos.

Na volta, depois de quase um ano fora, contou-nos suas experiências no tal curso. Uma foi logo nos primeiros dias do curso, o instrutor, ou professor, ter-lhe mandado varrer a sala de aula no fim do dia, ao que o tio retrucou: "Mas eu sou um doutor, um cirurgião-dentista, não é próprio eu fazer esse tipo de trabalho", no que ouviu simplesmente, "Right, doctor, but do what I am telling you to do, please" (certo, doutor, mas faça o que estou lhe dizendo para fazer, por favor). Não teve saída senão pegar a vassoura.

Automobilismo perde o genial e humano Brian Hart, “autoentusiasta” de carteirinha e verdadeiro hedonista do esporte. 

 

Dakar 2014 começa em Rosário; Michael Schumacher continua em estado de coma em Grenoble.




Brian Hart, 7/9/1936–5/1/2014 (foto Jordan Grand Prix

Não foi a melhor transição de calendário para o automobilismo de competição: no último domingo de 2013 Michael Schumacher sofreu lesões cerebrais em conseqüência de acidente enquanto esquiava em Meribel e no primeiro domingo de 2014 o inglês Brian Hart faleceu, aos 77 anos. Personagem dos mais tranqüilos nos paddocks da F-1, com ele desfrutei inúmeras oportunidades de aprendizado, bom papo e muito vinho, em particular durante a temporada em que ele cuidou dos motores da equipe Minardi, em 1997.

Apaixonado pelo automobilismo, Hart aprendeu engenharia durante o período em que trabalhou para a De Havilland, empresa aeronáutica britânica onde surgiram vários outros nomes de relevo para o automobilismo mundial, em particular o inglês. Entre eles Maurice Phillipe (que viria a participar do projeto Copersucar) e Mike Costin, o “Cos” da empresa Cosworth. Piloto com o pé direito pesado e de capacete recheado por inteligência e conhecimento mecânico acima da média, o esguio e calvo Brian se destacou na F-2 dos bons tempos tanto ao volante — venceu em Nürburgring, em 1969 —, quanto como fabricante de motores. Além de suas versões para os motores Ford BDA e FVA, ele construiu um modelo sob encomenda para Ted Toleman, motor que fez Brian Henton e Derek Warwick dominarem a temporada de 1980. Este resultado impulsionou Toleman — então proprietário da maior transportadora de carros novos da Inglaterra —, a embarcar num projeto mais ousado: uma equipe de F-1 mais tarde rebatizada em Benetton, Renault e, mais recentemente, Lotus.

Hart (esq.) ao lado de um TG184 usado por Senna durante evento em Donington (foto Google)

O amigo Carlo Gancia nos enviou um interessante filme promocional do Chrysler Airflow, de 1934, que o AUTOentusiastas compartilha com seus leitores. Infelizmente é narrado em inglês e não tem legendas. Mas mesmo assim é de fácil compreensão.

O carro, como se sabe, adotou princípios de aerodinâmica para diminuir o arrasto aerodinâmico que foram usados em alguns carros na década 1930, como o Volkswagen e o Peugeot 202. O veículo inovou também com sua carroceria monobloco.

Leia mais sobre o Chrysler Airflow no Wikipedia e também no AE, digitando Chrysler Airflow na ferramenta de busca.

Aprecie o didático filme de pouco mais de 13 minutos.

AE