google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Belo "presente" que o governo deu aos brasileiros nesse final de ano, com cidadãos de viagem ao exterior marcada: elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras no exterior com cartão de débito de 0,38% para 6,38%, conforme publicado no Diário Oficial da União de hoje. A justificativa do Ministério da Fazenda para este aumento abusivo da alíquota é "conferir isonomia de tratamento às operações com moeda estrangeira realizadas por meio de cartões de crédito internacionais", também tributadas com IOF de 6,38%, desde 2011. Haja cara de pau, haja ultraje: é como se a taxação nas operações com cartão de crédito fosse "normal", "correta".

Cara de pau governamental também chamar compra de alguma coisa de "operação financeira", total deturpação do termo e que não é de hoje. Ainda está na nossa lembrança a famigerada CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) — aquela mesma que o presidente Luiz Inácio da Silva queria porque queria que fosse prorrogada após seu término marcado para o final de dezembro de 2007 e que o Congresso, num rasgo de lucidez e patriotismo, negou. Luiz Inácio, desesperado ao ver a teta secar, chegou a bradar nos meios de comunicação que quem era contra a CPMF era sonegador.

Por que deturpação do termo "movimentação financeira"? Elementar: se a pessoa retirasse dinheiro da sua conta num terminal eletrônico e por qualquer motivo, como desistir de uma viagem, depositasse a quantia em seguida na própria conta, pagaria CPMF, pois teria havido uma "movimentação financeira". Imoral..

É a velha história da hipocrisia que virou moda no país. O Ministério da Saúde adverte que cigarro causa várias doenças, mas a indústria  e comercialização do fumo são legais, permitidas; carro sem bolsas infláveis e freios com ABS não pode mais se vendido por ser "perigoso", mas milhões de carros sem esses itens continuam a poder rodar livremente. Agora essa de se comprar qualquer coisa no exterior pagando com cartão de crédito ou débito, ato perfeitamente legal, e ter de se dar 6,38% do valor da compra de mãos beijadas para o governo. Nauseante.

AE
Parece normal, mas é diferente 

Este Chevelle ano 1967 é especial. Não apenas um Nascar que sobreviveu restaurado, mas um carro com várias alterações que anteciparam melhorias na categoria.  De fato, o primeiro desses foi destruído em acidente no ano anterior, e outro foi feito em seguida, tamanha a certeza que seu criador, Henry Yunick (1923-2001), apelidado de Smokey (fumacento), tinha nas melhorias que criou.

Estas alterações foram responsáveis por sucessivas atualizações no regulamento da Nascar, já que ele trabalhou exatamente como se faz ainda hoje, lendo as regras, encontrando brechas e criando inovações dentro do livro. E as vantagens obtidas nesses casos  sempre geram reclamações de quem não as percebeu e tentou antes.

Uma delas foi colocar o para-choque dianteiro bem rente à grade e carroceria, para eliminar turbulências, alterando-o em largura e ângulo de face, para que ficasse o mais concordante com a dianteira do carro. Gerenciamento de fluxo de ar era algo que Smokey sabia ser fundamental, desde seus tempos de piloto de bombardeiro na Segunda Guerra Mundial. Outra ótima foi uma chapa fechando a área adiante do pára-choque traseiro, por baixo do carro, eliminando a excessiva turbulência que acabava por levantar a traseira, além de frear o bólido.



O nome da oficina onde  o Chevelle  foi feito

 Foto: wiki.pt
 


A Honda revelou seu primeiro carro, o S360, no Salão de Tóquio, em outubro de 1962, mas o começo nada teve de auspicioso. O planejamento econômico do governo japonês achava que o país já tinha muitos fabricantes de automóveis e estava elaborando lei para impedir que mais empresas entrassem no ramo. Soichiro Honda apressou o lançamento do S360 para que ocorresse antes da promulgação da lei e os resultados da correria foram evidentes. Jornalistas japoneses ridicularizaram o S360 chamando-o de motocicleta sobre quatro rodas.

Para tornar as coisas ainda piores, Soichiro Honda e Takeo Fujisawa, que cuidava da administração e da área financeira da fábrica, discordavam da estratégia de marketing. O fundador queria posicionar o S360 como um carro esporte, enquanto Fujisawa pensava na imagem de um carro prático, para o dia-a-dia. Cada um insistia para que a exposição no salão refletisse a sua visão do que o carro deveria ser.

Soichiro Honda e Takeo Fujisawa (reviewmobilhonda.blogspot.com)













Coluna 5213   24.dez.2013                                 jrnasser@autoentusiastas.com.br

Grazie Mille, grazie
Barrado no baile do mercado pela exigência legal de portar airbags — coisa inviável em seu projeto do início dos anos 1980 — o Fiat (Uno) Mille vai sair de produção. A fábrica realiza esforço nestes dias para levar a produção ao limite máximo que permita vendê-lo até 31 de março.
É a série Grazie — obrigado — Mille, com duas mil unidades. Coisa especial, numerados em plaqueta aposta ao painel. Identificados pela exclusiva cor verde Saquarema, decoração externa, faróis com máscara negra, rodas em liga leve aro 13”, adesivos Grazie Mille. Dentro, revestimento em tecido com bordado, sobre tapete, pedaleira, rádio connect, subwoofer, painel de instrumentos com outra grafia, cobertura no porta-malas. Ar-condicionado, vidros e travas elétricas. R$ 31.200.
Há muito a agradecer. O Uno chegou em 1984 e nestes 30 anos vendeu bem e se manteve em produção junto com seus sucessores, uma proeza de mercado. Foi bem dimensionado e transformou-se no carro de frota e trabalho, posto antes ocupado pelos VW Fusca e Gol.

Mille, série final Grazie Mille

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