![]() |
Ferruccio Lamborghini chegando em um Lamborghini 350 GT para andar em sua Riva Aquarama Lamborghini. Era, então, “o” cara |
Quem se mete a restaurar qualquer veículo antigo, não reconhecido
trabalho de mecenas para a sociedade, seja ele qual for, conhece verdade
inexorável: a facilidade e o custo serão diretamente proporcionais à quantidade
produzida. Restaurar, por exemplo, um Fusca de milhões de exemplares, será
muito mais simples e barato que a mesma empreita para um Tucker, em suas 51
unidades produzidas. Ou para o Willys Capeta, exemplar único. Idem, no caso
presente, da lancha Riva Aquarama Lamborghini, encomenda especial de Don
Ferruccio Lamborghini, titular, maior acionista e capo da famosa marca italiana de automóveis superesportivos.
Muito trabalho de pesquisa, muitas viagens, muitos euros, serviço
complexo, caro, mas o resultado final valeu: a Aquarama feita pela Riva
seguindo as instruções de Ferruccio Lamborghini é peça única, um mito, atraente,
reverenciada, como ficou claro na estréia de sua nova fase. Vinda de verdadeira
exumação, após três anos se expôs, com garbo, traçando um risco branco na
superfície do italiano Lago Iseo, empurrada por 700 cv.
Figurativamente uma listra separadora do tempo de escuridão, sob uma lona, ao
novo período de luminosas exibições do pico da qualidade em suas partes náutica
e mecânica.