De uns anos para cá começou a aparecer no comércio uma moda importada dos Estados Unidos, a Black Friday (sexta-feira negra, em tradução livre). A origem do termo é controversa e não será aqui que discutiremos isso. Nos EUA, a Black Friday é a sexta-feira logo após o feriado do Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), que sempre ocorre na quarta quinta-feira de novembro. A Black Friday marca o início da temporada de compras de Natal.
Por conta disso, os
comerciantes aproveitam a data para fazerem uma “limpa” no
estoque. Tudo das linhas antigas, tudo de mostruário, tudo que está
encalhado tem seu preço generosamente reduzido para “ir embora”.
Isso abre espaço nas prateleiras para a nova linha de produtos, que
será vendida nesta época de compras de Natal que se segue à Black
Friday. Por causa disso, filas de consumidores aguardando pelas
ofertas se formam na frente das lojas.
A brasileirada que vai
pra lá viu isso e se animou com as ofertas, com muitos itens saindo
“quase de graça”. Só que quando chegam aqui só se lembram das
ofertas malucas, não prestaram atenção no resto. O primeiro
detalhe é que não é tudo que está sendo vendido “quase de
graça”. Apenas itens fora de linha, de mostruário, abertos
(open-box, itens que o cliente não gostou e devolveu). É uma limpa
do que tem de velho no estoque, certo? Então por que venderiam com
enormes descontos os itens da linha atual, que podem continuar a
serem vendidos para o Natal?
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