13ª. Autoclásica.
Rolls ganha, mas Fiat e Bentley mereciam
Maior encontro sul-americano de
veículos antigos, a argentina Autoclásica, realizada no largo — para eles —
final de semana, incluindo um feriado segunda-feira, 14, mostrou sua
característica principal: reunião renovada de participantes deixando seus esconderijos,
expondo-se à luz, acercando-se do evento. Renovação de muita qualidade,
inquantificável acervo. Quatro dias radiosos, de frio com sol, sem a chuva que
volta e meia a referencia, tempo e situação de vegetação primaveril, belíssimos
plátanos nas alamedas do Hipódromo de San Isidro, a 20 km de Buenos Aires. Grande
maioria, por raridade ou estado mereceu tratamento sintético por vogais: ah, eh, ih, oh. Uh talvez tenha havido, mas terá sido
protesto mudo quanto à escolha do Best
of Show.
Rolls é Rolls, especialmente nos
modelos pré-II Guerra, quando automóveis de luxo permitiam receber carroceria
especial. No caso, o RR Phantom Sedanca de Ville, 1926, vestido por carroceria
Baker. Vencedor, ao mesmo tempo servia para referenciar Alberto Lichenstein,
segundo dono e atual proprietário que, decente, em fervor nacionalista, adquire
veículos em chão pátrio, salvando-os de exportação, como aconteceu em
quantidade industrial na Argentina e Uruguai em décadas passadas. Brasil também
e, pior, continua exportando tesouros de nossa história.