google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Eu havia dirigido o Fiat Grand Siena apenas no lançamento há um ano e meio, em Santiago do Chile e cercanias; faltava ver como ele se comporta no dia a dia na nossa terra. Como já disse aqui, nesses eventos não se tem a indispensável intimidade com o veículo, dá apenas para conhecer suas características básicas e dirigi-lo um pouco. Cada vez que via um rodando em São Paulo, pensava que devia pedir um para teste, por seu porte me chamar a atenção. Ficou realmente maior, cresceu em relação ao primeiro Siena, surgido em 1997. No post anterior sobre o Grand Siena, que está com link acima, essas diferenças podem ser vistas.

O Grand Siena custa hoje R$ 42.630, mas pode chegar a R$ 55.386 se forem pedidos todos os opcionais, o mais caro sendo o teto solar Sky Wind, nada menos que R$ 3.102. O câmbio Dualogic, já de segunda geração, com avanço lento, custa R$ 2.536, mas traz junto rodas de alumínio 6Jx16 e controle de cruzeiro. Há o kit Sublime, que o carro testado tinha, com vários itens como equipamento de áudio com todas as funções conhecidas, inclusive Bluetooth, vidros traseiros com acionamento elétrico etc, mais o câmbio Dualogic, por R$ 4.450. Sensor de estacionamento traseiro é item isolado, R$ 651, como o são os sensores de chuva/crepuscular e espelho interno fotocrômico, R$ 750.

O Grand Siena ficou grande aos olhos

A faixa incita à proibição de veículos automotores na cidade (clique na foto para ampliar)


A foto que abre este post, feita por Leandro Jefferson, de São Paulo, foi-nos enviada pelo leitor Hélcio Valvano, de São José dos Campos. É revoltante ver uma instituição bancária como o Banco Itaú emprestar seu nome a uma nojeira dessas. Claro, com a "gloriosa" CET, símbolo-mor da incompetência brasileira, por trás.

Nesta quinta-feira precisei fazer hora no Conjunto Nacional, onde fica a SAE Brasil e de onde eu saíra de reunião de pauta da nossa revista Engenharia Automotiva e Aeroespacial, da qual sou consultor editorial há dez anos. Fazer hora, esperar dar 20 horas, devido ao maldito rodízio, pois o carro com qual eu estava, um Peugeot 408 Allure automático, de teste, tinha final de placa "proibida".

Na andança pelo saguão do térreo vendo lojas, inclusive a Livraria Cultura, me deparei com uma exposição de desenhos de Andy Singer, cartunista americano, parte de um movimento que conheci ali, a "Virada da Mobilidade".

Painel "Virada da mobilidade" no saguão do Conjunto Nacional, em São Paulo

Nuvens pesadas sobre a Ferrari....(foto Sean Heavey/Barcoft Media)

O passado recente da F-1 mostra que cada equipe tem suas características, algo nem sempre lógico e fiel à realidade, mas sempre útil para o entender da estratégia desse mundo. Enquanto caía a noite, ontem, na Europa, um movimento com potencial de tsunami era notado em uma cidade-estado bem longe dali, mais exatamente em Cingapura, onde o Cirquinho do Tio Bernie se apresenta neste fim de semana. O rumor-mais-que-rumor-mas-por-enquanto-apenas-rumor que detonou a instabilidade do sistema foi uma declaração de Martin Whitmarsh, o chefe da McLaren, à reportagem da BBC quando perguntado se ele contrataria Fernando Alonso: “Sim, qualquer equipe o contrataria, ele é o melhor piloto. Não conheço sua situação contratual, mas assumo que ele está sob contrato”.
O futuro do autorama pode estar no futuro dos jovens engenheirandos
Nas três primeiras partes deste artigo, comentei duas grandes experiências não convencionais envolvendo alta tecnologia e autorama. Elas chegaram, passaram, mas deixaram frutos que, semeados, formam muito da minha base como profissional e como pessoa.

Mas será que essa experiência não poderia ser aproveitada? E se fosse multiplicada entre os jovens?

Novas aventuras

Hoje, eu diria que já atingimos um ponto onde boa parte dessa brincadeira com autorama perdeu a graça. Os smartphones que levamos nos bolsos tem potência computacional superior aos maiores supercomputadores daquela época. Acelerômetros, magnetômetros, GPS que naquela época eram sensores enormes, hoje estão dentro dos chips dos celulares.

Um microcontrolador desses dentro de um carrinho ou de um acelerador e um pouco de treino para a eletrônica embarcada, e o principiante vai brigar de igual para igual com o melhor piloto do campeonato regional, isso se ele não se mostrar ainda melhor.

Como diz o velho ditado, se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminaria empatado. Se houver a introdução em larga escala de sistemas de controle eletrônico avançados cada vez mais baratos sobre carrinhos de autorama tecnicamente perfeitos, somente a aleatoriedade nas corridas será capaz de definir um campeão. Em vez de um esporte de capacidade e habilidade, ele se torna um jogo de azar.

Vejam este controlador eletrônico moderno:

Controlador com recursos que facilitam a condução dos carrinhos