google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: arquivo pessoal
Ford Corcel GT 1975, logo quando o comprei, em fevereiro de 2011

Sou do tipo teimoso. Até ouço o que os outros têm a falar, mas nem sempre quer dizer que eu concorde. Pelo visto alguns automóveis “pensam” da mesma maneira que eu. Garanto que não sou o único a imaginar isso. Explico: durante um passeio no Landau Presidencial 1982 pertencente ao Museu Nacional do Automóvel, em Brasília, o curador Roberto Nasser me contou uma história interessante: “Roberto Lee me disse: nunca conte ao seu carro que ele saiu de linha ou que será vendido, senão ele começa a quebrar…", e completou: "Eu concordo com ele!”.

Galaxie Landau 1982 Presidencial, serviu aos governos Sarney e Collor, hoje é parte do Museu Nacional do Automóvel, em Brasília

Fotos: Arnaldo Keller


Estranho, colocar uma foto de abertura de post a respeito de um modelo de carro, fugindo do padrão do AUTOentusiatas, não? Eu, que edito os textos, sou o primeiro a achar, obviamente. Mas a explicação vem em seguida.

Que fique claro: eu não começaria um post dessa maneira não tivesse o carro em questão, o Peugeot 208, sido avaliado no post do André Dantas quando do lançamento em 20 de março.

A partir da metade da década de 1930 os automóveis ganharam uma configuração interna que praticamente se mantém até hoje, notadamente o posto do motorista e a ergonomia, com poucas variações. Banco, volante, pedais, alavancas, instrumentos, tudo basicamente nos mesmos lugares.

Capa de um dos vários livros de Fabio Steinbruch


Freios incandescentes, visão normal

Ettore Bugatti dizia que seus carros eram feitos para andar, não para parar. Isso até poderia ser considerado remotamente aceitável décadas atrás, caso o purista não parasse para pensar, agindo apenas com o estômago. 

Mas a fila anda, e se antes o aceito e exigido era mais potência, o tempo mostrou que as melhorias nos sistemas de freios são responsáveis por muito tempo ganho em uma volta de corrida, muitas vezes sendo mais eficiente para isso do que muita potência a mais no motor.

Os números a seguir são uma referência da Fórmula 1, já que progressos são feitos constantemente, e variações existem entre carros de equipes diferentes. A 200 km/h são necessários apenas 65 metros e 3 segundos para parar. A 100 km/h, que um carro normal de bons freios gasta 40 metros, num Fórmula 1 são apenas 17 metros, em cerca de 1,4 segundo.

Nas ruas, nem mesmo um motorista mediano, ou até mesmo aqueles sem conhecimento algum de mecânica ou qualquer parca idéia da Física de movimento, contesta as vantagens de freios mais potentes e que façam seu carro parar antes de um obstáculo. Qualquer metro a menos pode significar a inexistência de um acidente, algo mais do que óbvio e que eu nem deveria escrever, já que todos sabem.
Fotos: autor


O MINI Countryman é o maior da família, com carroceria de quatro portas, alta, grande. Um MINI... maxi! Parece um carro perfeito para capturar o admirador da marca em busca de melhor habitabilidade e um porta-malas com alguma capacidade, mas não só.

A moda do carro altinho, seja ele um aventureiro, utilitário esporte, crossover, jipinho ou jipão – não importa o rótulo – ainda está em alta, especialmente no Brasil. Este fascínio por ver o trânsito de cima, estar em algo que aparente maior capacidade de superaração de obstáculos, robustez e pseudosegurança é grande alavanca de vendas. 

Entre todos os MINI é esse Countryman o que incorpora este perfil. É um utilitário? Um crossover? Pode ser. Não à toa, é essa carroceria que se presta ao uso "de briga" da marca de origem inglesa e hoje de propriedade da alemã BMW: Stéphane Petehansel venceu as duas útlimas edições do Rali Dakar em um preparadíssimo MINI Countryman, e em 2011 e 2012 a marca tentou a aventura no Mundial de rali, o WRC, tendo no espanhol Dani Sordo seu piloto nº 1 sem, todavia, obter o mesmo sucesso que Peterhansel nos ralis-reide. 

Quatro portas sempre facilitam