google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Arnaldo Keller


Estranho, colocar uma foto de abertura de post a respeito de um modelo de carro, fugindo do padrão do AUTOentusiatas, não? Eu, que edito os textos, sou o primeiro a achar, obviamente. Mas a explicação vem em seguida.

Que fique claro: eu não começaria um post dessa maneira não tivesse o carro em questão, o Peugeot 208, sido avaliado no post do André Dantas quando do lançamento em 20 de março.

A partir da metade da década de 1930 os automóveis ganharam uma configuração interna que praticamente se mantém até hoje, notadamente o posto do motorista e a ergonomia, com poucas variações. Banco, volante, pedais, alavancas, instrumentos, tudo basicamente nos mesmos lugares.

Capa de um dos vários livros de Fabio Steinbruch


Freios incandescentes, visão normal

Ettore Bugatti dizia que seus carros eram feitos para andar, não para parar. Isso até poderia ser considerado remotamente aceitável décadas atrás, caso o purista não parasse para pensar, agindo apenas com o estômago. 

Mas a fila anda, e se antes o aceito e exigido era mais potência, o tempo mostrou que as melhorias nos sistemas de freios são responsáveis por muito tempo ganho em uma volta de corrida, muitas vezes sendo mais eficiente para isso do que muita potência a mais no motor.

Os números a seguir são uma referência da Fórmula 1, já que progressos são feitos constantemente, e variações existem entre carros de equipes diferentes. A 200 km/h são necessários apenas 65 metros e 3 segundos para parar. A 100 km/h, que um carro normal de bons freios gasta 40 metros, num Fórmula 1 são apenas 17 metros, em cerca de 1,4 segundo.

Nas ruas, nem mesmo um motorista mediano, ou até mesmo aqueles sem conhecimento algum de mecânica ou qualquer parca idéia da Física de movimento, contesta as vantagens de freios mais potentes e que façam seu carro parar antes de um obstáculo. Qualquer metro a menos pode significar a inexistência de um acidente, algo mais do que óbvio e que eu nem deveria escrever, já que todos sabem.
Fotos: autor


O MINI Countryman é o maior da família, com carroceria de quatro portas, alta, grande. Um MINI... maxi! Parece um carro perfeito para capturar o admirador da marca em busca de melhor habitabilidade e um porta-malas com alguma capacidade, mas não só.

A moda do carro altinho, seja ele um aventureiro, utilitário esporte, crossover, jipinho ou jipão – não importa o rótulo – ainda está em alta, especialmente no Brasil. Este fascínio por ver o trânsito de cima, estar em algo que aparente maior capacidade de superaração de obstáculos, robustez e pseudosegurança é grande alavanca de vendas. 

Entre todos os MINI é esse Countryman o que incorpora este perfil. É um utilitário? Um crossover? Pode ser. Não à toa, é essa carroceria que se presta ao uso "de briga" da marca de origem inglesa e hoje de propriedade da alemã BMW: Stéphane Petehansel venceu as duas útlimas edições do Rali Dakar em um preparadíssimo MINI Countryman, e em 2011 e 2012 a marca tentou a aventura no Mundial de rali, o WRC, tendo no espanhol Dani Sordo seu piloto nº 1 sem, todavia, obter o mesmo sucesso que Peterhansel nos ralis-reide. 

Quatro portas sempre facilitam


Jowett Javelin (1947-1953)

Lembro-me bem desse carro nas ruas do Rio de Janeiro, anos 1950, quando adolescente. Eram poucos, mas sempre chamaram minha atenção. Era diferente e moderno. Sua marca, Jowett; o modelo, Javelin, palavra que significa dardo em inglês.

A Jowett foi uma das primeiras fábricas de automóveis do mundo, fundada em 1901 pelos irmãos Benjamin e William Jowett, e por Arthur V. Lamb. Mas, como muitas, começaram pelas bicicletas, depois motores V-2 para movimentar máquinas, que não demoraram para ser comprados por fabricantes de automóveis. 

Em 1904 foi constituída a Jowett Motor Manufacturing Company, em Bradford, Inglaterra, e dois anos depois surgia o primeiro Jowett, um carro pequeno mas que não seria produzido de imediato, pois a fábrica estava ocupada com atividades de engenharia e experimentando vários tipos de motores, além de começar a produzir as seis primeiras motocicletas Scott. O carro Jowett passou por longos testes e só em 1910 começou a ser produzido.

O protótipo era um carro leve e de baixo custo e pode ser considerado o primeiro carro leve da Inglaterra. Motor e transmissão eram feitos especialmente para ele e tinham as peças principais em alumínio. Tinha bastante potência em baixa rotação e as relações de marcha eram adequadas para as serras da região de Bradford e Yorkshire.