google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Lada Laika (foto: www.mercadolivre.com.br)

O Lada Laika tem uma delícia de câmbio. Isso mesmo, o feioso e meio desengoçado Laika é muito gostoso de cambiar. A troca marchas nele parece com a dos pequenos esportivos ingleses da década de 1960, Triumph e MG; têm o mesmo jeito, apesar de ser um projeto italiano, Fiat. Tem cinco marchas. Seus engates são curtos e precisos, e a alavanca tem base pivotante até que alta em relação ao banco do motorista.

E já que a arquitetura do carro é dos mais tradicionais – motor dianteiro, em posição longitudinal, e tração traseira – a alavanca incide direto sobre a caixa de câmbio, que está no túnel central, bem onde encostamos a perna direita, então essa proximidade e essa ausência de cabos e/ou varetas a se interpor entre a alavanca e a caixa faz com que recebamos na mão muitas informações diretas e sem interferências de como as coisas estão se passando.

Corvette Sting Ray (foto: www.corvettefever.com)




O Peugeot 208 será fabricado no Brasil, em Porto Real (RJ)


A notícia de unir as operações da Opel com as da PSA Peugeot Citroën vem ocupando as manchetes do setor na Europa esta semana. Num mercado difícil como o atual, espera-se que o volume de vendas de automóveis e comerciais leves na Zona do Euro, até dezembro, seja similar ao de 1993 e sem sinais de retomada firme para 2013 ou 2014. Uma fusão desses dois fabricantes europeus para muitos seria como a luz no fim do túnel, mas de um lado um trem de alta velocidade TGV francês ao encontro de um ICE alemão, em sentido contrário. 

O mundo anda maluco. Até há pouco, as fusões entre tradicionais fabricantes de automóveis tinham entre os objetivos resultados já no curto prazo. Para tanto, buscavam-se o máximo de sinergias, complementaridade de produtos e/ou mercados com um mínimo de sobreposição, no caso de ambos terem produtos concorrentes diretos. Se houvesse concorrência em mais de um segmento ou nos mais importantes, menos viável seria a fusão, e é exatamente esse o "case Opel–PSA". Para cada produto alemão, há seu equivalente francês, ou vice-versa. Ambos concorrem em todos segmentos num mercado em contração. Qual dos trens tem bolsa inflável mesmo?

Fotos: BMW AG, exceto onde indicado

Projeto espetacular. Foto: cartype.com

Frankfurt, 11 de setembro de 1987. Ocorria a apresentação do BMW Z1, um laboratório de idéias transformado em carro pelo aclamado fabricante alemão, após o anúncio feito a 1° de agosto de 1986 de que a divisão Technik tinha o seu primeiro produto com conceito finalizado, estava com ele em franco desenvolvimento, e que seria vendido em breve.

O BMW Z1 é um esportivo muito interessante, pelas pequenas dimensões e pelas portas que abrem para baixo, se embutindo nas laterais da carroceria. É um Mazda Miata alemão, porém com muito mais motor. A letra  Z do nome vem da palavra alemã zukunft (futuro) e esse foi o primeiro BMW a usar a hoje popular designação. É muito mais raro que o pequeno Mazda, ou que qualquer Z3 que veio a seguir, infelizmente perdendo as características de inovação do Z1.

Foram produzidas 8.000 unidades, fabricadas de março 1989 a junho de 1991. Existe a informação divulgada em fóruns de discussão de modelos BMW, de que doze carros foram feitos antes do lançamento, em 1986 e 1987, e isso só pode significar que eram os protótipos construídos para testes. Talvez seja por isso que a BMW não os conta como produzidos, já que protótipos não podem ser vendidos, exceto se for convertido em um carro com todas as peças iguais às de produção, tiver marcação de número de chassis e homologação para venda, algo inviável pelos custos envolvidos e desprovido de lógica.
Fotos: autor

Acura NSX Concept



Como design, o Acura NSX Concept encanta. Ao vivo, garanto, é ainda mais harmonioso que nas fotos; seu estilo traz algo de fresco, original, e todos os detalhes estão ligados a uma mesma história, ao mesmo enredo, e isso é essencial quando se analisa um objeto que pretende ser uma manifestação de arte. O antigo NSX deixou saudade por sua dirigibilidade extremamente prazerosa. Pena que o próximo, se vier, não terá um Ayrton Senna para deixar seu comportamento ao ponto.


A JAC Motors tem uma jóia nas mãos, o J3S, mas que falta ser lapidada. Ele virá com um motor mais forte, de 1,5-L e 127 cv (álcool, será flex). Se o J3, que pesa 1.060 kg, já anda bem com seu 1,33-L de 108 cv, esse J3S será uma bala. O senão deste J3 apimentado, que considero importante, é ele continuar com suspensão elevada demais. Caso a tivesse na altura de projeto, mais assentado, certamente conquistaria boa fama. Como está, faltará chão para o tanto que vai andar. É fácil acertar isso.