google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
BMW 528i: revolução ou evolução? Os dois.(foto: divulgação)

No console, logo à esquerda da pequena alavanca do câmbio automático Steptronic, há uma chave seletora. Ela lhe dá três opções – Eco, Comfort e Sport –, que, em vez de nomes, bem poderiam ser representadas por cores: verde, amarela e vermelha. A Eco, a verde, é para quando o motorista acordou calminho e está a fim de rodar mantendo leve sua consciência ecológica, apesar de estar se locomovendo com um sedã de luxo que pesa 1.655 kg, tem um entreeixos de 2.968 mm e leva cinco pessoas com espaço de sobra. Até para as malas, que dispõem de 520 litros de volume lá atrás.

Na verde, a suspensão vai macia, o acelerador vai lento em sua resposta e o câmbio troca marchas em giro bem baixo, algo em torno de duas mil e poucas rpm, caso você mantenha o pé direito sossegado. Ao tirarmos suavemente o pé do acelerador ele solta marchas como um manso automático das antigas. As trocas de marcha são suaves, praticamente imperceptíveis. Tudo segue tranqüilo, abaixo do normal, a não ser que se pise fundo no acelerador a ponto de sentirmos um clique na sola do pé, e aí é como se de estalo cravássemos a espora nas costelas de um cavalo fogoso que naquele momento vinha sonolento. Ele acorda e parte feito uma bala. Daí, tendo resolvido o problema, basta voltar a ser leve com o acelerador que o carro volta a sossegar. Esse é, obviamente, o modo econômico de se rodar. Com ele, viajando dentro da lei, se faz ao redor de 14 km/l. Na cidade, de 7 a 8 km/l. 


Design luxuoso sem espalhafatos (foto: divulgação)



Nos anos 1970, estava em moda na indústria automobilística o conceito de “carro mundial”. Era um conceito perseguido por todos os fabricantes naqueles tempos de primórdios da globalização.

A idéia do carro mundial era ter um mesmo modelo sendo vendido em vários países, de forma que cada um deles fabricasse um “pedaço” do carro e assim aproveitar a economia de escala para diminuir os custos de fabricação. Por exemplo, se um mesmo carro fosse vendido em cinco regiões do mundo (América do Norte, Japão, Europa, América do Sul e Austrália), sairia mais barato ter apenas uma fábrica que produzisse motores para todas as regiões do que ter uma fábrica de motores em cada região. E o mesmo ocorrendo com transmissões, suspensões etc.

A primeira tentativa da GM de ter seu carro mundial foi o projeto T, que aqui no Brasil ficou conhecido como Chevette. Na Alemanha, era o Opel Kadett C, na Inglaterra, Vauxhall Chevette, na Argentina, Opel K180, na Austrália, Holden Gemini, nos EUA houve três versões: Chevrolet Chevette, Pontiac T1000 e Isuzu I-Mark. Uma curiosidade é que o primeiro T-Car a ser lançado foi o nosso Chevette, em março de 1973.


Fotos: autor


Como visto em post de 22 de julho último, a Fiat lançou a linha Punto 2013. Agora é hora de ver como é o novo Punto T-Jet no dia a dia.

Seria redundante repetir que este Fiat, com seu motor turbo de 1.368 cm³, seduz. Mesmo pesando 33 kg mais que o anterior, chegando agora a 1.263 kg, o brilho continua o mesmo. Aliás, o 0-100 kmh está 0,1 s melhor, 8,3 s agora, mesmo sem mudança no motor, que continua de 152 cv a 5.500 rpm e 21,1 m·kgf de 2.250 a 4.500 rpm. A velocidade máxima é de 203 km/h.

Note como a curva de torque (vermelho) "decola" a cerca de 1.800 rpm, percebe-se isso ao dirigir o Punto T-Jet

Lexus LS 400, o modelo de estréia nos Estados Unidos

Poucos dias atrás andei com o Lexus IS 300 cedido ao AUTOentusiastas, do qual o Bob falou bastante, e me ocorreu falar um pouco sobre esta marca pouco conhecida no Brasil.

O primeiro relato local que ouvi de um carro da marca Lexus foi em 1993, há quase vinte anos, portanto pouco depois da reabertura às importações de automóveis no Brasil. A Toyota fabricava aqui somente o utilitário Bandeirantes e tratava de se organizar para trazer Corolla, Camry, entre outros, assim como seus veículos de luxo Lexus.

Na época, no interior de São Paulo, eu conhecera um bem-sucedido concessionário das marcas Volkswagen e Ford, tanto automóveis quanto caminhões, que nos contava, entusiasmado, “esse japonês tem o V-8 mais silencioso e sem vibrações que conheci, você põe um copo com água sobre o motor e ela não se mexe, um Mercedes pela metade do preço!”, exagerava.  Falar a respeito desse concessionário será importante aqui por outro motivo: conhecê-lo marcou minha primeira experiência com pessoas que se diferenciavam nos negócios de vendas de veículos através dos relacionamentos. 

Antes ele tivera uma concessionária Chrysler e se destacou vendendo os seus automóveis e caminhões a clientes que conhecia como ninguém, seus gostos, sua vida, muitos deles encontrava frequentemente no clube de campo e confiavam tanto nele que até compravam Chrysler sem pestanejar! Longe de terem sido uma marca de produtos competitivos, caminhões menos ainda, ele compensava certas deficiências, ou qualidade errática dos produtos, no atendimento, no pós-venda, enfim, podíamos tomar todo este espaço para falar dele e o pouco que sei de sua trajetória, não é nosso objetivo. 

Em curtas palavras, o CRM (Customer Relationship Management, gerenciamento do relacionamento com clientes) parece que teve algumas de suas raízes automobilísticas com ele.