Controle total: sob este nada modesto conceito a Honda
apresentou no final de 1991 uma inovadora superesportiva, a CBR 900 RR
FireBlade, resultado das idéias de Tadao Baba, um arrojado projetista que
entrou para a Honda aos 18 anos de idade e logo assumiu um posto no importante
departamento de pesquisa e desenvolvimento, o R&D.
Consta que Baba e um grupo de
engenheiros da Honda testavam motos da concorrência no final dos anos 1980, entre
elas a Suzuki GSX-R 1100, a
Yamaha FZR 1000 e a própria CBR 1000F,
e que ao final da jornada havia um claro consenso: potência não faltava, mas a
maneabilidade era escassa.
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Tadao Baba |
Até aquele instante, o catálogo da Honda oferecia a seus
clientes a VFR 750F
e sua versão “de briga”, a VFR 750R, mais conhecida como RC 30 – ambas dotadas
de moto V-4 que, apesar de ágeis, não podiam rivalizar com a cavalaria das 1000-cm³. Assim, Baba propôs uma nova classe de motos que conciliasse peso e
dimensões de uma 750 com maior potência. Nascia assim a CBR 900 RR FireBlade
(assim mesmo, com o “B” maiúsculo no meio do nome), que pesando quase 50 kg menos que qualquer
outra mil de seu tempo lançou as bases para uma geração de motos que completou
duas décadas.