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Neil Armstrong (5.08.1930–25.08.2012) |
Neil Armstrong, o primeiro homem a pôr os pés na Lua, em 20 de julho de 1969, morreu hoje aos 82 anos, em razão de complicações após cirurgia para colocação de pontes para revascularização do coração.
Além da admiração que muitos de nós temos por este astronauta, há uma história dele em relação ao automóvel que merece ser compartilhada.
Em 1993, numa viagem à Alemanha para conhecer a fábrica da Daimler-Benz, em Stuttgart, a convite da filial brasileira, eu e um grupo de jornalistas pudemos ver e saber dos detalhes do A Vision, o conceito que viria a ser o Mercedes-Benz Classe A. Fez parte do programa passar algumas horas no campo de provas da fabricante, ocasião em que fomos conduzidos na pista em alguns carros (não nos deixaram dirigir).
Numas das voltas que dei, passamos por uma curva superelevada em cuja borda externa a superelevação era de quase 90 graus (não era 90%). A velocidade não era tão alta porque o raio da curva não era grande o suficiente, coisa de apenas 140 km/h. Mas a aceleração vertical era muito alta, próximo a 3 g. Senti o sangue sair da cabeça, tudo ficou meio escuro por segundos.
Comentei com o motorista o efeito, ele disse que estava acostumado, mas que um dia o Neil Armostrong, em visita ao campo, após ouvir do mesmo motorista qual era a aceleração àquela velocidade, disse-lhe: "Comigo você pode entrar a quanto quiser, sou astronauta, lembre-se".
O motorista contou-me que entrou muito mais forte, tipo 160 km/h, quase desmaiou, e depois, feito o cálculo, a aceleração vertical havia chegado a 6,5 g. "E o Neil Armstrong, nem era com ele" – disse, rindo.
Por aí se vê o condicionamento físico de um astronauta, agüentar acelerações que não imaginamos possíveis para nós.
As homenagens do AUTOentusiastas a essa grande pessoa que nos deixa.
R.I.P., Neil Armostrong