google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Um tranca-ruas - foto meramente ilustrativa

Desde antes de eu aprender a dirigir aprendi que existem os donos da rua. Meu pai me apresentou o tranca-ruas e me explicou o que ele faz e o mal que causa. Como eu era criança ainda e andava no banco traseiro, podia olhar bastante para trás e ver a fila que se formava por causa desse "fabricante de congestionamentos", como meu pai se referia a ele.

Todos os conhecemos. É aquele cidadão que faz um carro andar, mas que não tem noção nenhuma do que está fazendo quando considerada a situação geral de tráfego. Ignora a existência de mais pessoas nas ruas, quer apenas andar como ele acha melhor, um puro egoísta. Ele não tem sexo padrão, nem idade, abrange qualquer tipo de pessoa.

Nos deparamos com eles todos os dias, ainda mais de uns anos para cá, quando o autoritarismo das câmeras de multar se instalou.

O dono da rua coloca seu veículo em uma faixa, normalmente a da esquerda, e não sai de lá nem mesmo com uma ambulância atrás dele.

Eles aparecem em todo tipo de via, ruas, avenidas ou estradas, mas notavelmente nessas últimas é mais nocivo, pelo maior tempo e distância em que pode ficar atrapalhando os outros.

A confusão criada com a famigerada Lei 11.705/2008, vulgo “lei seca”, não pára de se desdobrar. Tudo começou quando o Congresso votou a burra lei sem que houvesse nenhum estudo comprovando que o limite de alcoolemia expresso no Código de Trânsito Brasileiro, lei federal de número 9.503, de 23/9/97, de 0,6 grama por litro de álcool no sangue, era inadequado ou permissivo demais a ponto de deixar o motorista sem condições de dirigir e, portanto, ser causador de acidentes.

Ainda não sei se o autor da lei, deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ), é burro ou coisa que o valha, por ter proposto lei modificando o CTB em alguns artigos, entre os quais estabelecendo alcoolemia zero para dirigir – que acabou não sendo zero coisa nenhuma, mas 1/3 do que o CTB admitia a título de “tolerância”, inacreditavelmente expresso no Decreto 6488/08, do mesmo dia da Lei 11.705, já no seu preâmbulo: “...disciplinando a margem de tolerância de álcool no sangue...”.

A lei é tão burra que alcoolemia entre 0,2 e 0,6 g/L de sangue é infração de trânsito; acima de 0,6 g/L, crime de trânsito. Bêbado é bêbado, não existe meio bêbado da mesma forma que não existe meio grávida. Mais burra ainda ao desprezar o que estava no CTB, como se este tivesse sido redigido por um bando de idiotas e só o deputado Hugo Leal fosse esperto.

Fotos: Chrysler do Brasil/Pedro Bicudo, salvo crédito diferente


Ela voltou ao Brasil mas perdeu o nome Dodge, agora é apenas RAM. No seu país de origem existe nas versões 1500, 2500 (a que vem para cá) e 3500. A primeira é mais “civilizada”, tem suspensão dianteira independente. As outras, eixo rígido na frente e atrás, coisa bruta mesmo, para máxima resistência nos piores pisos – embora não eu não saiba de ninguém que falasse mal da suspensão independente nas quatro rodas.do Hummer.

A versão da RAM que começa ser importada novamente pela Chrysler é a topo 2500 Laramie (nome de cidade no Velho Oeste americano, no estado de Wyoming, que entre outras coisas representa o terreno rude e desafiante e foi até nome de série na TV americana de 1959 a 1963), que foi atualizada em 2010 como quarta geração (a primeira é de 1981). É produzida na fábrica de Saltillo, no México.

Chega por R$ 149.900, mas no Norte, Nordeste e Estado do Espírito Santo sai por R$ 3 mil menos, por questões tributárias. Vale notar que são os mesmos preços de quando apareceu por aqui pela primeira vez como Ram 2500 SRT, em janeiro de 2005. A RAM (agora é em maiúsculas, como no caso do MINI) está sozinha no mercado depois que a Ford tirou a F-250 de produção.

A RAM 2500 impressiona pelo tamanho. São 5.834 mm de comprimento por 2.029 mm de largura (sem contar os espelhos!) e 1.994 mm de altura. Distância entre eixos, nada menos 3.782 mm, com bitolas dianteira e traseira de 1.735 e 1.732 mm. É mesmo monstruosa e pesa em ordem de marcha 3.279 kg. Perto dela fica-se pequeno e para os seis ocupantes acessarem o interior é preciso literalmente escalá-la. Esqueci de medir a altura do degrau interno ao solo, mas pelo menos meio metro tem.


Carro elétrico Nissan Leaf

Acho que o jeito é ir aprendendo alguma coisa sobre eletricidade. Os carros e motos elétricos estão chegando e tomando o seu espaço – um espaço que ainda não sabemos qual tamanho terá. Mas que ele é crescente, é. Sendo assim, se quero me manter atualizado sobre carros, é bom ir aprendendo alguma coisa sobre essa ciência que pouco sei, já que não me atraía. Agora que faz carro andar, atrai.

Avaliar o Chevrolet Volt no AE foi marcante. Com ele rodando somente às custas da carga armazenada na bateria, sem que o motor a combustão funcionasse, deu para sentir que definitivamente o carro elétrico pode ser um meio de transporte muito gostoso, confortável, consistente, e rápido, já que o Volt acelera forte mesmo, como se lá tivesse um torcudo V-6. E faz isso num silêncio de causar inveja aos Rolls-Royce.

Abrindo um parênteses, espero que a R-R honre suas origens, já que, afinal, o engenheiro Frederick Royce, antes de fabricar carros, fabricava os melhores motores elétricos da época, motores que praticamente não soltavam faíscas – um perigo de fogo para as fábricas de têxteis. Imagino que a R-R, quando lançar o seu modelo elétrico, fará algo inovador, de arrasar.  

E voltando ao assunto, não é nada ruim rodar por aí com um moderno carro elétrico; ao contrário, eu diria que é muito bom.