google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O Bugatti não teve nada e ver com isso.

Quiseram dar um clima mais sofisticado para a morte daquela linda bailarina americana que fazia sucesso dançando pelada pelos palcos do mundo nos anos cercanos da 1ª Guerra, a Isadora Duncan (1877-1927), e inventaram que ela estava dirigindo um Bugatti tipo 35 (foto acima) nas ruas da Riviera Francesa, quando o écharpe que lhe enrolava o pescoço também enrolou no eixo traseiro do esportivo e isso a estrangulara. Mas não foi bem assim. 


O Amilcar CGS
O carro era um Amilcar CGS, na época apelidado de “Bugattinho dos Pobres”, porque era parecido com ele, mas estava muitos degraus abaixo na hierarquia esportiva. Era tipo um Karmann-Ghia TC perto de um Porsche 911. O Amilcar CGS era um voiturette, um peso-pena, motorzinho de uns 30 cv, enquanto que o Bugatti tipo 35, mesmo o menos potente, o sem compressor, tinha mais de 100 cv e custava uma baba. 



Quando se fala de Chevettes modificados pela Envemo, a primeira coisa que vem à mente é o famoso exemplar azul com comando duplo de válvulas Silpo, um carro que sempre aparece em encontros de antigos e que também frequenta os sites de comercialização de veículos constantemente. Já falou-se um pouco dele aqui.

Pouco conhecido, porém, é o Minuano, uma variação targa executada no Chevette sedã, que também foi comentado no mesmo post do Marco Antônio Oliveira. Este nunca vimos ao vivo, e nem sabemos da sobrevivência de nenhum exemplar.

Com a idéia proveniente do Opel Kadett Aero, esse Minuano é bastante interessante, principalmente por ter sido feito pela Envemo, uma empresa séria e que teve alguns produtos notáveis, sendo o Super 90, réplica do Porsche 356, o mais importante, famoso e elogiado de todos.


O Opel que gerou a idéia do Minuano. Foto: chevettesdicasevenenos.blogspot.com








Alguns temas no AUTOentusiastas surgem de conversas sem o foco de matéria para o blog, e acabam tomando novas dimensões quando pesquisamos. Esta é uma delas.

Estávamos outro dia eu e o BS conversando por telefone, e começávamos a falar da reportagem exibida no "Fantástico" sobre a adulteração das bombas de combustível, que podiam ser desarmadas por controle remoto. Ele estava admirado com a engenhosidade da fraude, porque podia passar despercebida de qualquer fiscalização. Eu, por minha vez, nem tanto, escolado em 30 anos lidando com eletrônica e programação.

No meio da conversa, apenas com o intuito de dar a ele um exemplo, mencionei um caso antigo. O BS ouviu e deu a dica do assunto virar este post.

Lá pelo final dos anos 1980 e início dos anos 1990, encerrava-se o ciclo dos velhos taxímetros mecânicos, apelidados de “Capelinha”, dado o nome do principal fabricante deste aparelho. Este instrumento, obra de relojoaria ainda movida a corda, era mais um produto tecnológico que ao longo das últimas décadas cedeu espaço ao seu similar digital, rumo à total extinção.



Engenharia de de-content, ou de depenação: por onde começar?


Certa vez ouvi de um engenheiro que "Na Toyota, assim que um novo carro é lançado, o time de engenharia praticamente apaga a luz e fecha a porta daquele projeto, no dia seguinte já se debruça a trabalhar no seu sucessor imediato e nele prossegue focado até o próximo lançamento". E ele não se referia apenas à unidade brasileira da Toyota, mas também à matriz no Japão.
No Brasil isso não era possível de fazer nos outros fabricantes, não naquela época com lançamentos tão espaçados, como citado aqui no post de ciclo de produtos, sem sucessor à vista ao menos no curto prazo, talvez nem num prazo pré-definido. Assim, a realocação desses times de profissionais em outros projetos tornou-se o caminho lógico.
Chevrolet Astra 2000
O próximo lançamento da empresa em um outro segmento, uma nova motorização para atender às legislações de emissões vindouras, mudanças importantes no trem de força (câmbio automático, automatizado etc.), facelift, novas tecnologias: para manter o corpo técnico intacto e reter profissionais altamente especializados, os gestores de engenharia tinham de quebrar a cabeça, os contabilistas, os "bean counters" citados no livro do Bob Lutz, também.