google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: jornalabcreporter.com.br
Abraham Kasinski (1917-2012)

Morreu nesta quinta-feira (9/2) Abraham Kasinski, uma notável personalidade do mundo automobilístico. Fundou a Companhia Fabricadora de Peças (Cofap) em 1955, na aurora da indústria automobilística brasileira. O papel da Cofap foi fundamental para o desenvolvimento dos automóveis aqui fabricados e todas as fábricas recorreram à capacidade de engenharia da fornecedora de amortecedores, que tinham notável qualidade.

Até os departamentos de competição das fábricas se valeram dos amortecedores Cofap, numa época em que não se podia importá-los.

Em 1998 a Cofap foi vendida para a Magneti Marelli, que detém a marca até hoje, e Kasinski, aos 81 anos, dono de um espírio empreendedor indomável, fundou a fábrica de motocicletas que leva seu sobrenome.

Em 2009, com os anos lhe pesando, vendeu a empresa para a empresa sino-brasileira CR Zongshen do Brasil.

Perde o País um grande nome, que sempre será lembrado pela capacidade empreendedora e pelo carisma pessoal, e a quem o AUTOentusiastas rende todas as homenagens.

R.I.P,, Kasinski

AE



Era fim de tarde e lá vinha o Maserati Spyder amarelo, sozinho pela Reta dos Boxes. Capota arriada, ele passou até que rapidinho, algo acima dos 180 km/h. Passou por nós e nitidamente via-se o sorriso da bela loira de cabelos esvoaçantes que ia ao lado do piloto. E assim o Spyder seguiu para a freada do S do Senna. Seria agora que eu ia ver se o cara merecia o tocar carro ou não. E aí escuto uma sucessão de reduções de marcha... uóóóhmm, uóóhumm, uóóhmmm!... reduções feitas com punta-taccos perfeitos! Caraca!, pensei, enquanto dava um tapinha na própria boca, o Amaury Júnior pilota pacas, o baixinho de voz de trombone é craque! 

Confesso que pouco antes, quando o vi todo atrapalhado se acomodando no esportivo, e também por tê-lo como uma figura meio caricata, achei que o apresentador não era do ramo automobilístico. Faltava-lhe intimidade com a máquina. Além do mais, outra coisa que me irritara é que estávamos no lançamento do então novo modelo, o primeiro após a intervenção da Ferrari na direção da fábrica, e esse sujeito falante e desinibido não estivera na coletiva dada pelos engenheiros italianos da Maserati nem nada, nem aí com a reverência que o carro merecia, nem aí com o carro, ele estava lá pelo glamour da coisa, pelo luxo, pela ostentação vaidosa – e essa é uma coisa que me dá uma embrulhada no estômago.  



A foto mostra uma agente do CET multando um carro de transporte de valores que estacionou placidamente na faixa reservada aos ônibus diante do Center 3, na avenida Paulista, quase esquina com a rua Augusta, um ponto nevrálgico da capital paulista.

Eram cerca de 16h00 do dia 8 de fevereiro, uma quarta-feira, quando o carro-forte amarelo se plantou ali. Eu vinha passando a pé, rumo à estação do Metrô Consolação, e decidi parar e ver o que ia acontecer de tão absurda que me pareceu a cena. Naquele horário o trânsito já estava bastante pesado. Aliás, quando não está na Avenida Paulista? Uma picape Ranger do CET chegou em pouco tempo, talvez menos de dois minutos. Parou atrás do infrator e ligou as luzes, deu um breve toque de sirene. Eu pensei "agora o cara se manda". Mas o blindado não se moveu um milímetro. 

A picape do CET sim: saiu de trás do trambolho amarelo e estacionou logo à frente, justo onde eu estava. A agente desceu, bloco em punho, e começou a preencher a multa. Não agüentei e a abordei: "Como é isso, você o manda sair e ele não sai?". A "marronzinha" sorri, e diz que é assim todo o dia. Enquanto escreve me conta que os carros-forte param direto e reto na faixa exclusiva do ônibus, tomam multa mas não pagam. "Eu faço meu trabalho, de multar, e o motorista diz que faz o dele, que é parar assim, ordem da empresa. 


Neste final de semana que passou, viajei e precisei alugar um carro no destino. Reservei em uma grande e conhecida locadora um carro básico “Grupo A”, como eles chamam. Chegando ao balcão, a atendente me disse que seria um Celta. “Ah, mas Celta? Não tem outro?”, “Não, senhor, grupo A só temos Celta”.

Meu desapontamento veio porque não gosto do Celta, para mim ele já nasceu ordinário. Fruto do projeto “Arara Azul”, ele veio para ser uma versão de entrada, baseado no antigo Corsa. O Corsa que primeiro conhecemos aqui já é uma reestilização profunda do antigo Corsa A de 1982, que nunca aportou no Brasil. Aproveitaram a plataforma, esticando-a um pouco e fizeram o Corsa B, que para nós foi o primeiro.

Portanto, é uma plataforma que nasceu no início dos anos 80, da mesma geração do Monza e do Kadett. A GM estava para lançar o Corsa C (segunda geração, para nós), com melhorias como o uso de subchassi e ela considerou que ele era bom demais para ser carro de entrada para o povo do maior país do Hemisfério Sul. Por outro lado, o Corsa já estava meio cansado no mercado, também estava saindo de linha na Europa, aí tiveram uma ideia brilhante: Mudar a “casca” do Corsa e ao mesmo tempo simplificando-o, de forma que fosse o mais barato de produzir quanto possível. Assim nascia o Celta, uma versão com novo visual do velho Corsa, que fora devidamente depenado para custar menos para o fabricante.