google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Era fim de tarde e lá vinha o Maserati Spyder amarelo, sozinho pela Reta dos Boxes. Capota arriada, ele passou até que rapidinho, algo acima dos 180 km/h. Passou por nós e nitidamente via-se o sorriso da bela loira de cabelos esvoaçantes que ia ao lado do piloto. E assim o Spyder seguiu para a freada do S do Senna. Seria agora que eu ia ver se o cara merecia o tocar carro ou não. E aí escuto uma sucessão de reduções de marcha... uóóóhmm, uóóhumm, uóóhmmm!... reduções feitas com punta-taccos perfeitos! Caraca!, pensei, enquanto dava um tapinha na própria boca, o Amaury Júnior pilota pacas, o baixinho de voz de trombone é craque! 

Confesso que pouco antes, quando o vi todo atrapalhado se acomodando no esportivo, e também por tê-lo como uma figura meio caricata, achei que o apresentador não era do ramo automobilístico. Faltava-lhe intimidade com a máquina. Além do mais, outra coisa que me irritara é que estávamos no lançamento do então novo modelo, o primeiro após a intervenção da Ferrari na direção da fábrica, e esse sujeito falante e desinibido não estivera na coletiva dada pelos engenheiros italianos da Maserati nem nada, nem aí com a reverência que o carro merecia, nem aí com o carro, ele estava lá pelo glamour da coisa, pelo luxo, pela ostentação vaidosa – e essa é uma coisa que me dá uma embrulhada no estômago.  



A foto mostra uma agente do CET multando um carro de transporte de valores que estacionou placidamente na faixa reservada aos ônibus diante do Center 3, na avenida Paulista, quase esquina com a rua Augusta, um ponto nevrálgico da capital paulista.

Eram cerca de 16h00 do dia 8 de fevereiro, uma quarta-feira, quando o carro-forte amarelo se plantou ali. Eu vinha passando a pé, rumo à estação do Metrô Consolação, e decidi parar e ver o que ia acontecer de tão absurda que me pareceu a cena. Naquele horário o trânsito já estava bastante pesado. Aliás, quando não está na Avenida Paulista? Uma picape Ranger do CET chegou em pouco tempo, talvez menos de dois minutos. Parou atrás do infrator e ligou as luzes, deu um breve toque de sirene. Eu pensei "agora o cara se manda". Mas o blindado não se moveu um milímetro. 

A picape do CET sim: saiu de trás do trambolho amarelo e estacionou logo à frente, justo onde eu estava. A agente desceu, bloco em punho, e começou a preencher a multa. Não agüentei e a abordei: "Como é isso, você o manda sair e ele não sai?". A "marronzinha" sorri, e diz que é assim todo o dia. Enquanto escreve me conta que os carros-forte param direto e reto na faixa exclusiva do ônibus, tomam multa mas não pagam. "Eu faço meu trabalho, de multar, e o motorista diz que faz o dele, que é parar assim, ordem da empresa. 


Neste final de semana que passou, viajei e precisei alugar um carro no destino. Reservei em uma grande e conhecida locadora um carro básico “Grupo A”, como eles chamam. Chegando ao balcão, a atendente me disse que seria um Celta. “Ah, mas Celta? Não tem outro?”, “Não, senhor, grupo A só temos Celta”.

Meu desapontamento veio porque não gosto do Celta, para mim ele já nasceu ordinário. Fruto do projeto “Arara Azul”, ele veio para ser uma versão de entrada, baseado no antigo Corsa. O Corsa que primeiro conhecemos aqui já é uma reestilização profunda do antigo Corsa A de 1982, que nunca aportou no Brasil. Aproveitaram a plataforma, esticando-a um pouco e fizeram o Corsa B, que para nós foi o primeiro.

Portanto, é uma plataforma que nasceu no início dos anos 80, da mesma geração do Monza e do Kadett. A GM estava para lançar o Corsa C (segunda geração, para nós), com melhorias como o uso de subchassi e ela considerou que ele era bom demais para ser carro de entrada para o povo do maior país do Hemisfério Sul. Por outro lado, o Corsa já estava meio cansado no mercado, também estava saindo de linha na Europa, aí tiveram uma ideia brilhante: Mudar a “casca” do Corsa e ao mesmo tempo simplificando-o, de forma que fosse o mais barato de produzir quanto possível. Assim nascia o Celta, uma versão com novo visual do velho Corsa, que fora devidamente depenado para custar menos para o fabricante.

A partir deste post, o AUTOentusiastas conta com um novo blogueiro, Roberto Agresti, que gentilmente aceitou nosso convite, para nossa total alegria. O Agresti, além de um grande amigo, publica há 18 anos a competente Revista Moto! e tem sua coluna "Punta-Tacco" presente em vários veículos, entre eles o Best Cars Web Site e o MaharPress.

O Agresti, um "garoto" de 53 anos, escreverá basicamente sobre o que mais sabe e gosta, veículos de duas rodas. Mas que o leitor nào se engane, ele anda – e bem – de quatro rodas, alinhando vez por outra seu Puma GT 1600 1979 nas provas de Clássicos em Interlagos. Assim, não estranhe o leitor um post do Agresti sobre automóveis. Aliás, o título da sua coluna não é exatamente aplicável a motos...

O Agresti estará aqui a cada quinze dias, mas duvido que não lhe dê coceira nas mãos para postar com freqüência maior...

Bem-vindo ao AUTOentusiastas, Agresti!

Bob Sharp e seus colegas Alexandre Cruvinel, André Dantas, Arnaldo Keller, Carlos Maurício Farjoun, Felipe Bitu, Juvenal Jorge, Marco Antônio Oliveira, Marco Aurélio Strassen, Milton Belli e Paulo Keller

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 Fotos: autor e divulgação Honda


No final de 2011 a Honda apresentou ao mundo uma interessante novidade, batizada de Honda Integra. O nome não é novo, tendo sido usado em um automóvel da marca (também vendido sob o nome de Acura) vendido em diversos mercados do planeta durante mais de duas décadas, até o ano de 2006.


No entanto, a novidade, apresentada no Salão de Milão do ano passado, não tem quatro mas sim duas rodas, e seu nome remete à vontade da fabricante japonesa de passar diretamente um recado: o Integra junta "dois mundos" que até aquele momento caminhavam paralelos, integrando motocicleta e scooter. Ao conforto e praticidade típicos dos scooters a Honda adicionou a dirigibilidade e performance das motos neste projeto 100% novo de cabo a rabo.

Scooter com comportamento de motocicleta