google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
 Imagem: Folha online

Tudo começou quando um velho amigo, Luiz Leitão, me copiou um e-mail que mandara para a ombudsman da Folha de S. Paulo, Suzana Singer, observando que havia lido "125 cilindradas" numa matéria sobre motoboys, conforme a arte acima no tópico "Outras exigências".

O Luiz é um cidadão-leitor e também colunista, que faz questão de português bem escrito nos meios de comunicação, especialmente quando são envolvidas questões técnicas, por entender – como eu – que a imprensa tem a obrigação de informar corretamente.

O que você lerá agora é uma série de correspondências eletrônicas entre o Luiz e a Folha, e depois entre eu e o jornal, pois acabei entrando na discussão.

Escreveu ele:

“Prezada Suzana,
Em 26/11, a Folha online publicou uma reportagem (link abaixo) sobre motoboys, com uma ilustração onde se lia “120 cilindradas”.
Cilindrada não é unidade de medida, mas repórteres e redatores, não só da Folha, têm o péssimo hábito de usar o termo no lugar de cm³. Pode-se dizer “uma moto com 120 cm³ de cilindrada”, mas é clamorosamente inapropriado escrever “120 cilindradas”.
Os editores a quem me queixo desse vício de linguagem no qual incorrem tantos profissionais invariavelmente reconhecem o erro, prometem providências, mas a coisa se repete.
Atenciosamente,
Luiz M. Leitão da Cunha”

Ja falei muito aqui em DKW-Vemag, do tempo que corria com eles, mas nunca havia tido conhecimento de um vídeo que mostrasse como ele era na íntimidade ao ser tocado com vigor num circuito, o som do seu motor em aceleração e na tirada de pé, as trocas de marchss pela jeitosa alavanca na coluna. Quem o pilota é o alemão Martin Hesse, um grande entusiasta de DKW.

O carro é um F-93, de duas portas, que tinha entreeixos de 2.350 mm, enquanto o que foi feito no Brasil era o F-94 quatro-portas, com entreeixos 100 mm maior. O painel é original, mas o Martin adcionou um conta-giros e termômetro d'água logo abaixo. No carro original, é onde fica o furo para o rádio e a tela do alto-falante acima dele..

Uma espécie de caixinha cromada à direita do grupo de instrumentos é o comando de venitlação e ar quente, que nunca tivemos aqui, enquanto uma peça branca e proeminente mais à direita é o acendedor de cigarro que era acessório vendido nas concessionárias Vemag.

Quando a câmera foca os pés do Martin, a bola branca que aparece é a manopla da alavanca do freio do estacionamento, que ficava sob o painel.

Não sei de detalhes do motor de 3 cilindros, mas o Flávio Gomes, que já pôs esse vídeo no blog dele, diz que é um motor de Fórmula 3. Nesse caso tem algo bem próximo de 100 cv de seus 981 cm³.

Curtam o vídeo de 12 minutos, vale a pena.

BS

Fotos: www,poeiranaveia.blogspot.com


Esta é a visão de uma arquibancada no Autódromo Internacional de Curitiba, dia de corrida, 4 de dezembro último. Deveria haver público ali, mas não há. A explicação está na mensagem que um leitor de Joinville, SC enviou ao AE no qual havia o link para o blog "Poeira na veia", no qual um espectador relata ao dono e editor do blog, Francis Trennepohl, que havia ido àquele autódromo na Grande Curitiba assistir corridas no domingo retrasado e foi impedido, pela organização, de se postar, juntamente com várias pessoas, numa das arquibancadas abertas ao público. Veja o que o espectador conta, transcrito do citado blog:

"Em 04/12 último, eu, Lucas Bornemann, acompanhado de meu irmão e meu sobrinho, fomos até o Autódromo Internacional de Curitiba, a fim de prestigiar alguns amigos que participariam do Festival de Marcas 1600 e também no intuito de acompanhar o Campeonato Brasileiro de Marcas (...) Ao chegarmos no autódromo nos dirigimos até o final da reta, ponto em que sempre assistimos às provas pois todo mundo que entende um pouco de corrida sabe que ali é o melhor ponto da pista para se acompanhar uma prova. (...) Chegamos faltando uns 15 minutos para o inicio da primeira bateria do Brasileiro de Marcas, e percebia-se claramente que o público era muito pequeno. O que em se tratando de provas naquele autódromo, não é nenhuma surpresa e segredo para ninguém Sentamos em nosso local de sempre, perto da placa da freada de 100 metros, ao nosso entorno havia aproximadamente  umas 30 pessoas. O que aconteceu na sequência foi algo que eu nunca tinha visto e não acredito até agora que ocorreu. Alguns seguranças vieram em direção a nós e todo o público presente nesta área dizendo que não poderíamos permanecer naquele local e que deveríamos ir para a arquibancada da reta. Perguntamos o motivo e nenhum dos seguranças soube dizer, e como todos os ali presentes se recusaram a sair, eles foram embora. Aproximadamente três minutos antes da largada apareceu um senhor com a camisa da Vicar, intitulando-se promotor do evento, e cujo nome disseram ser Manoel, o que não posso assegurar. Então este senhor, acompanhado de quatro policiais, veio fazendo um arrastão e retirando todas as pessoas que se encontravam na arquibancada do final da reta.


O lançamento do Chevrolet Corvair no final de 1959 causou uma forte impressão em todos os engenheiros automobilísticos no seu tempo. Aqui estava o maior e mais poderoso conglomerado do mundo, a maior e mais lucrativa empresa do mundo (outros tempos, realmente) fazendo um carro totalmente diferente do que fazia até então.

Inspirada pelo sucesso da VW nos EUA, a Chevrolet de Ed Cole criava um carro avançado, com um seis cilindros contraposto refrigerado a ar na traseira, carroceria monobloco de estilo inovador (fugia da decoração excessiva e dos rabos de peixe então em voga), e suspensão independente nas quatro rodas.