BMW 750i: O GIGANTE GENTIL
O primo Paulo, no seu post de segunda-feira sobre o BMW 750i, disse que eu não estava lá muito empolgado para guiar esse sedã topo de linha da BMW. Não é totalmente verdade. É que eu já sabia o que pegaria pela frente, a perfeita doma da enorme potência do V-8 biturbo. Chassi, suspensão, pneus, freios, câmbio automático, controles eletrônicos, tudo isso, profundamente pensado e competentemente resolvido pela BMW, faz dele um gigante gentil, e muita gentileza não é coisa que faça meu sangue ferver, pelo menos não em estradas brasileiras.
O carro é tremendamente poderoso, anda barbaridade e faz curva barbaridade. É incrivelmente ágil para o tamanho e massa. Neutro nas curvas, vai certeiro e obediente pra onde se aponta, entra nas curvas já equilibrado, freia forte e suave. Acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos, o que é uma arrancada para esportivo dos bons, e faz isso sem quebrar o pescoço de ninguém, progressivamente, suavemente, sem assustar ninguém a bordo. Em suma, é um carro para colocar a rainha da Inglaterra no banco traseiro e sair numa perseguição policial e, se ela tiver bom estômago, coisa que certamente tem porque é rija feito pau de aroeira, nem vai perceber o rolo que está rolando.