google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reuniu a imprensa ontem (19) para falar da recente medida que eleva o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados. Para tanto, o presidente Cledorvino Belini, que também é o executivo-chefe da Fiat, falou aos jornalistas coadjuvado por membros da diretoria da entidade mais ligados ao assunto, Rogélio Golfarb (Ford) e Luiz Moan Yabiku Júnior (GM), juntamente com o diretor técnico Aurélio Santana.

Obviamente, a Anfavea defende as medidas visando próprios interesses das associadas, como dito no meu posts de 7/9 e 17/9, mas fala em “interesse nacional” que, numa primeira análise, vendo-se o lado dela, tem fundamento.

A indústria automobilística aqui instalada tem 55 anos, de 1980 a 2010 foram investidos US$ 70 bilhões, ela representa hoje 22,5% do Produto Industrial do País e 5,2% do Produto Interno Bruto. Já produziu 63 milhões de veículos, tem hoje capacidade instalada para fabricar 4,5 milhões de veículos por ano.

O Jaguar E-Type e Sir William Lyons, em frente de sua casa, Wappenbury Hall

O recente lançamento do Cruze detonou o início de mais um round do esporte preferido dos brasileiros interessados por automóveis: determinar o preço que seria ideal para o carro. Eu realmente não tenho paciência alguma para isso. Chega a me irritar esse papo todo de que fulano tem isso e tem aquilo e custa mais ou menos, sicrano vende a tanto e tem 325 cortinas infláveis anabólicas, e o aquele outro tem dente azul e acesso a internet 325G, et cetera, et cetera, ad infinitum.

Irrita-me porque considera que tudo é igual, e impede as pessoas de ver os carros como as coisas únicas e diferentes que são. Até as revistas especializadas nacionais, infelizmente, dedicam-se de corpo e alma a esta atividade de comparação fria, sem impressão alguma sobre o carro, sobre como ele é andando, carregando gente. Sem dirigir, a maioria das pessoas já decide quem é melhor ou pior. Nada mais lógico, pois lendo o que diz a imprensa, é só o que interessa...

Mas apesar disso, preço é sim algo importante. Muito importante. Crucial para o negócio, diria até. Mas o que muita gente ainda não entendeu é que preço não tem nada a ver com conteúdo, tamanho ou desempenho de um carro. O que faz o preço é o quanto as pessoas estão dispostas a pagar por aquele carro, no volume de produção para qual foi programado o investimento nele.

Tudo isso me fez lembrar de alguém que colocava preços em seus carros de forma diferente. Me fez lembrar de Sir William Lyons.

Foto: Werher Santana/Agência Estado

A dor de Rafael Baltresca no velório da mãe e da única irmã: estupidez evitável

Mais um atropelamento sobre a calçada matando mãe e filha, Míriam Afif José Baltresca, 55 anos, e Bruna Baltresca, 28. Pelas primeiras informações, o motorista Marcos Alexandre Martins, de 33 anos, estava com sinais de embriguês, segundo os policiais militares que atenderam a ocorrência, e se recusou a fazer o teste do etilômetro. O acidente foi no último sábado por volta de 22 horas.

Não se deve beber em excesso e dirigir, desnecessário dizer. Até a promulgação da "lei seca" em junho de 2008 não era considerado alcoolizado – e não está realmente – quem estivesse com até 0,6 grama de álcool por litro de sangue. Agora o limite é 0,2 g/L.

Mas há quem beba e saia dirigindo com alcoolemia bem superior mesmo ao limite anterior e é a estes que me dirijo neste momento, em especial os e as jovens.



Não é necessário introduzir novamente o assunto do recente aumento de IPI, produzido de forma parcialmente protecionista por nosso governo, pois só afeta veículos importados de regiões fora do Mercosul e do México. O Bob Sharp já escreveu sobre o assunto no dia 7 de setembro e anteontem

O que quero colocar são os possíveis desdobramentos de tão nefasta medida, que agora impõe uma pesada dificuladade à livre importação de veículos para o nosso país, notadamente aqueles fabricandos nos países asiáticos, deixando o mercado brasileiro sem a possibildade da livre escolha.

Experiências como esta não são novidade para nós. Na história recente do País tivemos a proibição total da importação imposta a partir de 1976 e que perdurou até 1990, quando o então presidente Collor, recém-empossado, chamou os veículos nacionais de "carroças" e permitiu que fossem importados veículos para o Brasil novamente.