google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Fotos: Bultaco.es


Don Francisco Xavier “Paco” Bultó (abaixo) era um industrial de sucesso por profissão, mas com coração motociclista. Nascido em 1912, em Barcelona, Paco Bultó se tornou um grande empresário do ramo têxtil, químico-farmacêutico e de maquinário pesado, a ponto de se tornar em certo ponto de sua vida o maior empregador da Catalunha. Mas a parte que nos interessa aqui é que era um ávido motociclista, e se interessava muito pelos aspectos técnicos destas máquinas, demonstrando grande aptidão.



Não demora em, junto com o amigo empresário Pedro Permanyer, criar uma fábrica de motocicletas. Em 1944, nascia a Montesa. Inicialmente, Bultó desenhou uma motocicleta muito pequena e simples, de 95 cm³ e sem suspensão traseira, que se chamou Brio 100 (abaixo, numa versão de 1958). No primeiro ano, em meio a grandes dificuldades, se produziram apenas 22 motos, mas logo a Montesa se tornaria a marca mais popular da Espanha. Logo Paco Bultó descobriria o tipo de motocicleta que o faria famoso: eram muito populares em Barcelona as competições de motocicleta fora de estrada, que ocorriam nas montanhas perto da cidade. Era um tipo de competição diferente das de hoje, meio que um misto de enduro, cross e trail, e na verdade o embrião de todos estes tipos de competição. Logo, novas Montesa 125-cm³ dominavam este tipo de competição, freqüentemente com Bultó ao guidão.


Fotos: Audi do Brasil



Na nossa atividade há eventos e eventos, mas esse foi especial e talvez único: chegar à velocidade final do Audi R8 GT. Onde? Numa reta plana de 5 km. E o que é essa reta? A pista de ensaios de vôo da Embraer, em Gavião Peixoto, bem próximo a Araraquara, no interior paulista, a 310 km da capital. Claro, tratou-se de um evento para apresentar à imprensa e promover esse R8 de série limitada a 333 unidades, das quais apenas três foram destinadas ao Brasil, com preço de R$ 1 milhão.



Esse GT difere do R8 normal pelo aliviamento de peso em 100 kg, pesando agora 1.525 kg. Aliviaram onde possível, até nos bancos, 31,5 kg a menos nos dois. Até o vidro do pára-brisa é mais fino. Foi aplicado compósito de fibra de carbono em várias partes, como aerofólio traseiro e difusor.

Fotos: Bultaco.es e Kawasaki


Eu já falei sobre este assunto várias vezes por aqui, mas é algo que não me cansa repetir. Parece-me óbvio que toda máquina realmente especial tem uma história interessante por trás. Principalmente uma história humana, de superação e inspiração, algo que transcende não somente a engenharia envolvida, mas também o frio e insensível mundo dos negócios. Quando a máquina é a expressão máxima de uma pessoa, ela se torna algo especial. Realmente especial.

Pensei nisso recentemente quando vi a venda em um site americano uma motocicleta que sempre me fascinou, desde que, durante minha lua de mel em 1995, vi uma chegar ao café em que estávamos sossegadamente aproveitando uma ensolarada e fresca tarde de Barcelona. Ela chegou ocupada por um jovem e incrivelmente belo e bem vestido casal, e brilhando ali em todo o seu esplendor negro e cinza, me deixou de queixo caído, me imaginando aboletado nela com minha jovem esposa, subindo as montanhas ali perto, pelas belíssimas estradinhas que um dia fizeram parte do famoso circuito de Montjuic.


Primeiro estalo da bomba: o frentista vai até o meu carro, retira o bico da mangueira do bocal de abastecimento, tranca o bocal e em seguida me devolve as chaves do carro com o cartãozinho que indica a quantidade o volume de etanol abastecido. Entro no carro, dou a partida e entro na fila do caixa.

Efetuo o pagamento e já nos primeiros metros sinto que o motor está mais disposto. Paro no primeiro semáforo e a marcha lenta estabiliza como há tempos não fazia. O semáforo abre e o motor responde de imediato, sem aquela "cabeçada" que incomodava há meses. Lentamente, deixo o perímetro urbano e busco a estrada para o litoral.