
No fim de semana que passou, voltei a guiar o
Siena EL que avaliei há aproximadamente um ano atrás, e aproveitei para relembrar das características do carrinho durante o longo percurso que fiz. O carro rodou dentro da média, 12 mil km no período. Me chamou a atenção a solidez da construção, o carro não tinha um único barulhinho sequer, mas concordo que ainda seja cedo para tirar conclusões. Ano que vem pego ele de novo e reavalio.
Assim que comecei a dirigir o carro, me incomodou a assistência exagerada na direção e freios. Você sai de um carro com direção mais pesadinha e estranha, com o freio a mesma coisa, a primeira freada nunca é totalmente suave. Mas logo se acostuma e, tenho certeza que a maioria aprecia, menos os entusiastas, claro.
O motorzinho de 1 litro é honestíssimo, o carro, mesmo com 3 passageiros pesados a bordo e ar ligado, se mexe bem se levarmos a agulha do tacômetro às 4 mil rotações desde a primeira marcha. A falta de força aparece nas subidas, quando a rotação cai para 3 mil rpm, mas basta uma reduzida e vamos que vamos.
Outra coisa que agrada é o silêncio à bordo, o carro é bem isolado de ruídos, mesmo em uma esticada de marcha mais vigorosa o barulho não chega a incomodar. Se deixarmos de lado a verve entusiasta e nos imaginarmos indo trabalhar, guiando a baixas velocidades, escutando uma música suave ou o noticiário, chegaremos a conclusão que o pequeno sedã da Fiat atende muito bem ao que se propõe, e que nessa utilização sossegada do cotidiano, a direção levíssima e a suspensão por demais macia acabam se revertendo em bônus.
No fundo, a grade maioria quer um carro novo por fora a cada 3 anos para justificar a troca e mostrar para o vizinho a novidade, mas preza a confiabilidade e baixa manutenção, e não tá muito aí para 8 ou 16 válvulas, comando variável e outras tecnologias, quer só que ande bem, beba pouco e não quebre. Se o ‘miolo’ é bom, melhor não mexer muito.
A Toyota faz isso muito bem, o Corolla é prova concreta disso, leva muito da geração anterior para o modelo seguinte. A Fiat vem fazendo o dever de casa direitinho, tem um
best seller na linha que vende mais agora, com 14 anos de mercado e sem nenhuma grande modificação (mas com muitas pequenas melhorias) do que na época do lançamento, quando era novidade.
Que venha o novo, com a remodelada visual que ele precisa, mas conservando as boas características do atual. Sendo bonito, e parece que será, o sucesso está garantido.