google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Google Earth

Os cariocas que me perdoem, mas sou carioca e me sinto à vontade para falar da minha cidade. Há alguem tempo falei aqui sobre algumas alças na cidade de Sào Paulo e redondezas, como os raios de curva são traiçoeiros ao serem decrescentes. Muito bem, essa alça da foto para mim é a recordista da estupidez.

Ela fica num ponto nobre da cidade, a Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. A alça serve a quem sai de Copacabana pelo Corte do Cantagalo e deseja pegar a Av. Epitácio Pessoa à esquerda em direção a Ipanema e Leblon.
No fim de semana que passou, voltei a guiar o Siena EL que avaliei há aproximadamente um ano atrás, e aproveitei para relembrar das características do carrinho durante o longo percurso que fiz. O carro rodou dentro da média, 12 mil km no período. Me chamou a atenção a solidez da construção, o carro não tinha um único barulhinho sequer, mas concordo que ainda seja cedo para tirar conclusões. Ano que vem pego ele de novo e reavalio.

Assim que comecei a dirigir o carro, me incomodou a assistência exagerada na direção e freios. Você sai de um carro com direção mais pesadinha e estranha, com o freio a mesma coisa, a primeira freada nunca é totalmente suave. Mas logo se acostuma e, tenho certeza que a maioria aprecia, menos os entusiastas, claro.

O motorzinho de 1 litro é honestíssimo, o carro, mesmo com 3 passageiros pesados a bordo e ar ligado, se mexe bem se levarmos a agulha do tacômetro às 4 mil rotações desde a primeira marcha. A falta de força aparece nas subidas, quando a rotação cai para 3 mil rpm, mas basta uma reduzida e vamos que vamos.

Outra coisa que agrada é o silêncio à bordo, o carro é bem isolado de ruídos, mesmo em uma esticada de marcha mais vigorosa o barulho não chega a incomodar. Se deixarmos de lado a verve entusiasta e nos imaginarmos indo trabalhar, guiando a baixas velocidades, escutando uma música suave ou o noticiário, chegaremos a conclusão que o pequeno sedã da Fiat atende muito bem ao que se propõe, e que nessa utilização sossegada do cotidiano, a direção levíssima e a suspensão por demais macia acabam se revertendo em bônus.

No fundo, a grade maioria quer um carro novo por fora a cada 3 anos para justificar a troca e mostrar para o vizinho a novidade, mas preza a confiabilidade e baixa manutenção, e não tá muito aí para 8 ou 16 válvulas, comando variável e outras tecnologias, quer só que ande bem, beba pouco e não quebre. Se o ‘miolo’ é bom, melhor não mexer muito.

A Toyota faz isso muito bem, o Corolla é prova concreta disso, leva muito da geração anterior para o modelo seguinte. A Fiat vem fazendo o dever de casa direitinho, tem um best seller na linha que vende mais agora, com 14 anos de mercado e sem nenhuma grande modificação (mas com muitas pequenas melhorias) do que na época do lançamento, quando era novidade.

Que venha o novo, com a remodelada visual que ele precisa, mas conservando as boas características do atual. Sendo bonito, e parece que será, o sucesso está garantido.


Foto: colunistas.ig.com.br

Nesse início de tarde saiu a notícia-bomba: carros prontos e autopeças não terão mais licença de importação automática, ou seja, para importar a partir de hoje (12), só com licença prévia. Tudo indica tratar-se de retaliação à Argentina, que impôs medida semelhante recentemente, mas pelas regras do comércio internacional não é permitido impor restrições a um só país.

Exigida a licença prévia, o governo só autoriza importação se e quando quiser, o que se traduz numa barreira branca às importações.
Foto: autor
Não é o 427 ha história, mas é idêntico

Anteontem o Juvenal Jorge postou uma excelente matéria sobre a estreita relação dos Corvette com os astronautas, principalmente com os do Projeto Apollo, a empreitada que colocou o homem na Lua em 1969. Que epopéia! Que coragem a desses caras!

Alguns anos atrás vi uma entrevista com um brasileiro, engenheiro da Nasa, que mostrou um relógio de pulso, digital, vagabundo, desses que se compra em camelô, e ele afirmou que aquela porcaria tinha mais capacidade computacional que o enorme computador de bordo da Apollo 11. E que era muitíssimo mais confiável.

Mas o homem foi pra Lua. E foi e voltou.