google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



O Bob, que gentilmente me convidou a acompanhá-lo no lançamento do Bravo, voltou a falar sobre o carro aqui e, como sempre, surgiram vários comentários dos leitores do AUTOentusiastas. Em cima de alguns desses comentários é que vamos continuar a discussão sobre o hatchback médio da Fiat.

Um ponto que citei no outro artigo que escrevi sobre o carro e que um leitor comentou ontem, é a quantidade de itens oferecidos como opcionais. Em primeiro lugar, nessa faixa de preço (55-60 mil reais) é mais fácil vender um sedã do que um hatch, pois o comprador desse patamar de valor normalmente já é pai de família, com filhos, e acaba preferindo um três-volumes. Se considerarmos que o Bravo mais barato custa 55 mil, o pacote de equipamentos de série dele acaba sendo considerado básico, pois oferecer menos do que isso seria inaceitável para um carro desse preço.


Certo, vamos lá... Motor ligado, cinto afivelado, pressão de óleo OK, temperatura OK. Só esperar na fila para ser o próximo. Vai ser rápido, sem problemas... cara, vou dar uma lição...
Fotos: Fiat


Eu só havia andado no Bravo por ocasião do lançamento em novembro, no autódromo Nélson Piquet, no Rio, com uma saída pelas avenidas da Barra da Tijuca. Aproveitei que o Alexandre Cruvinel mora perto e pedi à Fiat que o deixasse estar junto, no que fui gentilmente atendido pelo pessoal de imprensa.

Além de dirigirmos bastante a versão T-Jet, 1,4 turbo de 152 cv no circuito, saímos do autódromo com um Essence Dualogic. Mas como é tudo plano por lá e o trânsito estava muito congestionado, ficou faltando andar com o carro em um meio conhecido, como a cidade onde moro, São Paulo.

Como escrevi antes, o motor 1.75-litro empurra bem, mas não chegou a empolgar. No carro de 1.340 kg era um tanto, digamos, plano, no sentido não atrair como eu esperava. Por isso pedi um exemplar para avaliar e tive a grata surpresa de ver como anda. Motor que berra, passa do pico de potência a 5.250 rpm e vai forte até o corte a 6.500 rpm. Mesmo em baixa, por volta de 1.500 rpm, já acorda.


É uma pena que se hoje os motores fiquem escondidos...

Mais surpreendente ainda se consideramos que São Paulo está a 800 metros acima do nível do mar. E mais ainda quando o tanque esgotou e abasteci com gasolina ter dado até impressão de ficar melhor.


Tenho notado que aumenta o cordão dos maria-vai-com-as-outras na questão de escolha do automóvel, cordão que não é de hoje. Quando eu trabalhava na GM, recebi um telefonema de uma senhora (presumivelmente, pela voz) perguntando qual a cor mais vendida. Eu já sabia o motivo, mas fiz questão,. depois de lhe ter respondido, de perguntar por que ela quis saber. “É para o carro desvalorizar menos”.

Como autoentusiasta, considero inconcebível uma pessoa deixar de ter o carro que deseja, seja modelo ou detalhes como cor, só para se defender da desvalorização.