google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Quando eu dirigia competições na Volkswagen, chegou-me pelo correio interno, enviado não sei por quem da fábrica, um recorte de jornal. Li e guardei. Outro dia, arrumando a papelada, encontrei-o. Digitalizado, abre este post. O texto é autoexplicativo.
Por Arnaldo Keller

O post anterior é do Bob Sharp, A Alavanca Sumiu, onde ele discorre sobre a falta que lhe faz pilotar tendo a boa e velha alavanca de câmbio para mudar as marchas. Esta semana pilotamos um Ferrari F430 em Interlagos, devidamente borboleteada para a troca de marchas, e foi daí que surgiram estes comentários.

O melhor seria ler o dele primeiro para depois ler este aqui.

Ontem, sábado, fui à casa de um amigo que coleciona carros. Bom-gosto o dele, tem dois Maserati, um Bora e um Ghibli, um Ferrari 308 GTB e mais dois ou três bons carros. Falta eu guiar esse Bora, motor V-8 central-traseiro, praticamente o mesmo V-8 do Ghibli; os outros já guiei.

Foto: secretentourage.com


Todos já sabem que esta semana o Arnaldo e eu andamos bastante de Ferrari F430 em Interlagos. Foi para gravar um vídeo-piloto para algo que temos em vista. Não é nada para o AE, mas por enquanto não devemos  revelar o por quê da gravação. Os leitores já sabem também que o carro tinha câmbio robotizado monoembreagem de seis marchas.

Em 1994 surgiu o Ferrari F355 e três depois, o F355 F1, que trazia a novidade, na marca, de poder ser opcionalmente dotado do câmbio robotizado - na época chamado de semiautomático - de seis marchas, como o manual. A Ferrari foi pioneira nesse tipo de câmbio na Fórmula 1, na temporada de 1989. Nigel Mansell venceu o GP do Brasil, em Jacarepaguá, mesmo tendo que trocar o volante de direção durante a prova. As trocas de marchas já eram mediante borboletas integradas ao volante e houve algum problema, o inglês ficou sem poder cambiar.




Vá somando aí, caro autoentusiasta:

1- Pilotar no Circuito de Interlagos, no Autódromo José Carlos Pace, é gostoso pra burro, seja com que carro for.
2- Se a pista estiver vazia, com toda aquela imensidão só pra gente, fica estranho, legal, dá uma sensação de privilégio.
3- Se o carro for um Ferrari F430, excelente, porque não há críticas a nada, só prazeres ao degustar uma máquina de refinamento supremo.
4- E se ainda por cima você estiver trocando o volante com um bom amigo, que pilota o fino e tem muito a te ensinar, bom... bom... isso é como realizar um sonho.

Pois é, mais um sonho que realizei, e foi neste último dia 6, e sou grato a muitos por isso, principalmente ao Ronaldo Carbinatto, meu amigo de longa data, que nos emprestou sua máquina sem ciúme algum, dizendo: “Vai fundo. Esse carro foi feito pra isso, ele precisa disso!” Como veem, esse é um verdadeiro autoentusiasta, esse é um a quem Don Enzo Ferrari venderia com gosto uma de suas máquinas, pois ela estaria em boas mãos.

Vamos lá.