google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Recentemente passei um grande apuro ao perder todos os meus arquivos digitais. Simplesmente toda minha vida digital, incluindo todas as minhas fotos, ficou aprisionada num HD externo defeituoso. Até eu conseguir recuperar todos os arquivos, passei dias de tensão.

Com tudo recuperado é claro que já fiz um backup e agora aos poucos estou reorganizando tudo. Foi aí que cheguei na pasta chamada Diversas. É para essa pasta que vão algumas fotos avulsas ou pequenas séries de um mesmo tema que são interessantes para novos posts a serem feitos mais tarde. Só que esse "mais tarde" vai passando, outras prioridades aparecem e as fotos acabam não sendo usadas. 

Então, para não deixá-las no esquecimento, ou guardadas numa pasta genérica, fiz uma seleção das que poderiam ter gerados posts muito legais. E quem sabe alguns deles ainda surjam.

Cliquem na imagem acima e reparem na propaganda da Rambler para o ano de 1963, anunciando como novidade o sistema "Twin Stick" (em bom português, "duas alavancas"). Mas para que servia a alavanca adicional?

Hoje qualquer automóvel tem como padrão uma caixa de câmbio com no mínimo cinco marchas. É verdade que alguns poucos possuem uma caixa com até seis velocidades, mas considerando o grau de tecnologia empregado nos motores atuais (que foi capaz de aumentar bastante a elasticidade ou aumento de rotações úteis) eu acredito que bastam quatro velocidades para uso normal e uma sobremarcha para uso em rodovias. Mais do que isso é apenas marketing.


Foto: http://www.fuscacride.com.br/



Minhas aulas de direção foram em um Fusca vermelho, parecido com o modelo da foto. Antes disso, meu pai já tentava me ensinar, só que ele não levava o menor jeito para instrutor, era tenso demais. E colocar um garoto de 14 anos para dirigir uma Caravan no meio do trânsito, sem nenhuma experiência anterior, não foi uma ideia muito boa.

Enquanto a pista era reta (Autoestrada Lagoa-Barra, aqui no Rio), tudo bem, ia tocando o carro a uns 80 km/h sem maiores problemas. A barra pesou na descida após o túnel acústico, naquela época ainda não existia o trecho da rua Mário Ribeiro a partir da praça Sibélius, éramos obrigados a virar à direita na segunda. pista da Visconde de Abuquerque. Vindo no meio de um monte de carros, meu pai começa a dar um monte de ordens ao mesmo tempo: "Freia, reduz, olha o carro do seu lado.....cuidadooo."

Foto: Saloma do blog/foto de Dudu Leal


Na década de 1970 o piloto e empresário Antônio Carlos Avallone promoveu provas de longa duração para carros de turismo que tiveram grande sucesso. O regulamento adotado foi o da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) chamado Turismo Divisão 1. Houve provas em 1973, 1974 e 1975. Havia três classes de cilindrada: até 1.600 cm³, de 1601 a 2.500 cm ³ e acima de 2.501 cm³. Apesar do êxito, batalhei junto à CBA para que fosse adotado regulamento internacional, no caso o Grupo 1 da FIA (Federação Internacional do Automóvel), e consegui influenciar os dirigentes, em especial o Conselho Técnico Desportivo Nacional (CTDN).

Assim, a partir de 1976 o regulamento passou a ser o do "livro amarelo", o FIA Yearbook, que trazia o regulamehto do Grupo 1 e todos os outros. Não havia mais dúvida ou favorecimento de qualquer espécie, pois a regra vinha lá de fora. "Como no futebol", dizia meu irmão. "Já pensou se no Brasil se praticasse futebol com outras regras?", argumentava com toda razão.