google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

A mais ou menos um ano atrás, estava o MAO com um par de colegas em viagem de trabalho ao interior da Argentina. Numa agradável noite de verão dessas, sentamo-nos os três em um restaurante com mesinhas para fora, e relaxei profundamente na confortável cadeira, sorvendo lentamente um belo copo de Quilmes bem gelada. Poucas coisas são melhores do que isso na vida: depois de um dia de trabalho intenso e tenso, a sensação gostosa de que a missão foi cumprida até ali, que o dia seguinte ainda teria mais trabalho duro, mas que ele seria bem-vindo. Tem gente que sonha com a rede e a praia; eu sonho com dias assim.


Fotos: Arquivo pessoal do autor
O título foi exatamente  o que eu disse a uma repórter da TV Anhanguera, de Goiânia, coligada de TV Globo, ser a medida anunciada pelo governo na manhã daquela sexta-feira 23 de julho de 1976,  ante-véspera da III 12 Horas de Goiânia:  proibição total de corridas de automóveis no ano seguinte - em nome da crise do petróleo de 1973, a segunda se for considerada a crise de Suez de 1956, quando o presidente do Egito Gamal Abdel Nasser fechou a passagem do Mar Vermelho, no Oriente Médio, para o mar Mediterrâneo, deixando a Europa completamente seca, sem um gota de petróleo.

A decisão de probir corridas no Brasil veio do Conselho Nacional do Petróleo (CNP, já extinto, no seu lugar está a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na pessoa de seu presidente, o General Oziel Almeida da Costa. "A gasolina é produto nobre para ser desperdiçada em corrida de automóvel", declarara à imprensa.

Mais um convidado especial para a semana de aniversário é o Juliano "Kowalski" Barata. Entre outras coisas ele tem o site Mulsanne e o Blog do Mulsanne. O Juliano tem pelo menos dois dons facilmente identificáveis: perseverança e sensibilidade. A perseverança se vê na minibiografia que ele preparou a nosso pedido, e a sensibilidade salta aos olhos nos seus textos e fotos - devemos fazer outro post com ele só com fotos.

Sua minibiografia é tão interessante que decidimos colocá-la na íntegra.

Quando decidi trabalhar com jornalismo automotivo, em 2004, eu ainda estava no curso de História, na USP. Não conhecia absolutamente ninguém do ramo. Tudo o que eu tinha à mão era o meu Dodge (na época um Charger) e algum conhecimento técnico. Resolvi me aprofundar naquilo que mais gostava: dinâmica automotiva. Sempre gostei de andar forte, mas principalmente, de entender o que se passava. E para repassar isso aos leitores precisaria aperfeiçoar a minha base. Comprei mais livros, comecei a frequentar o autódromo de Interlagos, fiz um curso de pilotagem e após muitas conversas criei amizades com pilotos, mecânicos e engenheiros. Em 2006, o site Mulsanne estava no ar, com o Blog do Mulsanne ao lado, pouco tempo depois. A meta era fazer algo de nicho, direcionado ao entusiasta com o meu perfil: velocidade e técnica. Também entrei no ramo da fotografia, pois estava sozinho e precisaria de imagens. Mal sabia eu que esta se tornaria uma das grandes paixões, e atualmente briga lado a lado com o meu amor aos textos. Hoje, trabalho na revista que leio desde criança, a Quatro Rodas; e sou colaborador do blog Jalopnik. Devo tudo isso ao Mulsanne e ao conselho de vários amigos, que me ensinaram o valor do arrojo e preparo.


Foto: Quatro Rodas / Marco de Bari


Texto: Arnaldo Keller
Fotos: Paulo Keller

Este último sábado de manhã tivemos a oportunidade de andar no Maserati GranTurismo (isso mesmo, GranTurismo – é assim que a Maserati escreve). É um dos mais belos carros da atualidade, segundo o Paulo Keller, nosso fotógrafo, o sujeito mais habilitado dentre nós aqui para avaliar design, o que melhor descobre o belo nas linhas de um carro.