google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)





Quick ele é. Ele é rapidinho. Seu motor de 1,4 litro só gera 82 cv, ou seja, só um pouco mais que os 75 cv que os motores de 1-litro costumam ter. Mas essa maior cilindrada lhe dá mais torque, principalmente em baixa rotação. Seu torque é de 12,8 mkgf, quando os motores 1-litro costumam ter ao redor de 9 mkgf. O resultado prático é que ele responde mais rápido às aceleradas e requer menos mudanças de marcha, além de sentir menos quando o carregamos de gente e malas.
O motor é moderno e trabalha suave e silencioso. Na estrada, em 5a marcha e a 120 km/h, a rotação está em baixas 3.400 rpm, o que proporciona uma viagem tranquila e agradável. É flex, gasolina e/ou álcool, e é econômico.
Nesses mesmos dias andei no Fiat Uno novo, o transadinho, e notei que o motor 1,4 do Uno anda bem mais que esse do Peugeot. Mais torque e potência. Não comparei a ficha técnica, mas guiando a diferença é inegável.
A suspensão do 207 é bem boa: consegue ser firminha, o que dá agilidade ao carro, e também macia, nos isolando bem da buraqueira. O modelo evoluiu muito nesse aspecto, já que os primeiros 206 eram um pouco duros e relativamente frágeis de suspensão. Este, pelo que apurei, já a tem mais robusta. E é bom de curva, chegando quase a ser neutro, sem a forte tendência de sair de frente que os carros de tração dianteira, como este, costumam ter. Agarra bem, mas é arisco e não avisa com muita antecedência quando é que vai escapar.
Os pesos do volante e do pedal de freio não são nem pesados nem leves, estão no ponto certo. O trambulador de câmbio é ótimo, leve e preciso. Parabéns. A mudança de varão para cabos, introduzida no lançamento do 207 dois anos atrás, foi mesmo benéfica.
Alguns detalhes errados incomodam, principalmente porque a Peugeot sabe melhor que eu que estão errados, e mesmo assim os fez. Há um friso em forma de U, prateado, no painel – muito bonitinho, segundo os designers que não entendem de carro. Mas acontece que quando o sol bate ali seu reflexo nos ofusca a vista e também forma um “fantasma” no para-brisa. O mesmo acontece com os detalhes prateados das saídas de ar laterais, que criam fantasminhas nos retrovisores externos. O pedal do acelerador é exageradamente leve e sensível, quando deveria ser mais duro para que pudéssemos apoiar mais o pé, e isso nos induz a dar tranquinhos quando em 1ª marcha. O volante não tem regulagem de distância, só de altura. Sendo assim, para termos o volante na distância correta somos obrigados a manter as pernas encolhidas.
O ar condicionado é parte do pacote, assim como bancos diferenciados, bons para guiarmos sem camisa, e as sapatas de pedais esportivas, também boas para guiarmos descalços quando saímos do mar; afinal, Quicksilver é marca ligada ao surfe.
Conclusão: é um hatch alegre e leve de guiar. Falta pouco para que a Peugeot o deixe perfeitinho.
E o 207 Quicksilver vem com teto solar elétrico, e eu adoro teto solar, principalmente porque vejo e posso tocar a minha prancha no rack.
Ela ali, a prancha sem capa, peladinha, tomando um ventinho e doidinha pra entrar na água.
Preço: R$ 38.000 para o modelo de duas portas e R$ 39.800, para o de quatro portas.
AK
Foto: Divulgação FPT


Esta é fábrica de motores da FPT Powertrain Technologies que a Fiat comprou da Tritec Motors em março de 2008 e incorporou-a à divisão que lhe produz motores e transmissões e também para clientes não Fiat. A fábrica fica em Campo Largo, região da Grande Curitiba e são 50.000 m² de área construída num enorme terreno de 1,3 milhão de metros quadrados.

Que motores sairão de lá? Os Tritec 1,6-litro, que durante seis anos, de  2001 a 2006, propulsionaram os MINI de aspiração normal e comprimidos e por um período menor os Dodge Neon. e  PT Cruiser. Mas haverá também motores de 1,8 litro. Soa confuso?

É que em 1998 a Chrysler e a BMW formaram uma sociedade para fabricar motores, a Tritec Motors, no Paraná, motores esses projetados pela Chrysler. Só que um ano depois a Daimler-Benz (fabricante dos veículos de marca Mercedes-Benz, Smart, Maybach e Freightliner) absorveu a Chrysler e passou a se chamar DaimlerChrysler AG (AG é sigla de Aktiengesellschaft,  sociedade anônima em alemão).

Briguentos como só eles sabem ser, os alemães da fábrica bávara, no sul da Alemanha, em Munique, não admitiram ser sócios de uma fábrica do norte, de Stuttgart, arquiinimiga, e saíram do negócio, vendendo a sua parte. A DaimlerChrylser continuou com  a Tritec Motors até 2007, quando tudo o que era Chrysler na DaimlerChrysler foi vendido para o grupo americano financeiro Cerberus Capital Management e a DaimlerChrysler passou a  ser Daimler AG apenas (e teve que pagar por isso, pois Daimler é uma marca da Jaguar).

A Chrysler Corporation passou a Chrysler LLC (limited liability company, a nossa sociedade de responsabilidade limitada, simplesmente Ltda.).

Nesse ínterim, a BMW obviamente deixou de comprar os motores Tritec, passando a  usar um da  própria marca porém produzido pela Peugeot. Com isso a Tritec Motors encerrou atividades, ficando às moscas. Até cogitaram vendê-la inteira para os chineses, mas o negócio não foi adiante.

Em março de 2008, como vimos, há pouco mais de dois anos, a Fiat  acabou comprando a Tritec Motors de olho nas instalações e no motor existente, para reforçar seu arsenal, já que o 1,8 que usava era  o 1,8  bloco-pequeno comprado da General Motors.

Deu baixa na empresa Tritec Motors e estendeu a matriz de Betim a Campo Largo como filial, mas da FPT. Só que esta não é empresa constituída, filial do Grupo Fiat no Brasil, mas uma divisão da Fiat Automóveis S.A. Não é como na Itália, uma empresa do Grupo Fiat. Acabou? Não.

Em março de 2009 o Grupo Fiat adquiriu 20% Chrysler LLC, com opção de mais 15%. Quis o destino que a Fiat acabasse ficando com uma unidade produtora de motores que era metade de Chrysler. Um final que nem a mais potente bola de cristal poderia prever.

Novos motores
O fato é que agora a Fiat conta com dois novos motores, um 1,6 e um 1,8 (foto), a diferença de cilindrada ficando por conta do diâmetro dos cilindros, de 77 e 80,5 mm, respectivamente, com o mesmo curso de 85,8 mm que resultam em 1.598 e 1.747 cm³. Informa a Fiat que 70% dos motores compreende itens  novos, desenvolvidos pela FPT, e que estão aptos para receber turbocompressor e controle da válvula de admissão MultiAir, igual ao sistema introduzido no Alfa Romeo MiTo 1.4 MultiAir, lançado no último Salão de Frankfurt.

A Fiat não informa em que modelos os novos motores serão utilizados, mas muito provavelmente envolve o Punto e Linea. A inauguração oficial da fábrica será nesta quarta-feira 30/6 e certamente isso será esclarecido.

Os motores são monocomando acionado a corrente de 16 válvulas com compensação hidráulica, berço de virabrequim, bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio. Os pistões são assimétricos e de anéis finos (1,2, 1,2 e 2,41 mm).

Os motores flex são chamados de E.torQ e são realmente torcudos, a julgar pelas especificações. O 1,6, 117/115 cv etanol/gasolina a 5.500 rpm, com 16,8/16,2 m·kgf etanol/gasolina a 4.500 rpm. Segundo a FPT, é o 1,6 flex mais potente do mercado e o torque é o maior na cilindrada.

O 1,8, 132/130 cv etanol/gasolina a 5.250 rpm, 18,9/18,4 m·kgf etanol/gasolina a 4.500 rpm., o maior torque de todos os 1,8 comercializados no Brasil. Nos dois casos, 80% do torque máximo é disponível a 1.500 rpm e 93% a 2.500 rpm, o que indica curva de torque bastante plana.

As taxas de compressão é que se mostram aquém do que se espera em dias de gasolina de boa octanagem e etanol: 10,5:1 no 1,6 e 11,2, no 1,8-litro.

Serão produzidas também versões para gasolina sem etanol (E0) e uma de emissões superultrabaixas (Sulev), certamente para o mercado americano.

A capacidade de produção é de 330 mil motores/ano e está prevista para atingir 400 mil em 2012. O investimento, inclusive em 25 novas máqiuinas operatrizes de alta velocidade, foi de R$ 250 milhões. Atualmente são 350 empregados, número que chegará a 500 em breve, fora a geração de 1.500 empregos indiretos. De 2000 a 2007 foram fabricados 1 milhão de motores Tritec.

Vou estar na inauguração da fábrica amanhã e terei muito mais para contar.

BS
(Atualizado em 3/07/10 às 17h58)

(foto atualizada para a escultura deste ano, celebrando a Alfa Romeo)

O famoso evento Goodwood Festival of Speed (FoS) de 2010 começa neste próximo dia 2 de julho, um dia antes do habitual, que é durante o final de semana. Sexta-feira foi batizada de Moving Motor Show, para abrigar os inúmeros lançamentos ou apresentações de carros inéditos na Inglaterra.

O festival sempre tem um tema diferente, este ano será a comemoração dos 100 anos da Alfa Romeo.

Realizando mais um sonho pessoal, os AUTOentusiastas estarão por lá neste ano. Será um programa família, crianças inclusive, então não esperem muito da minha cobertura do evento.

Torçam para que o vulcão islandês continue calminho e por tempo ensolarado no domingo!

Abraço,

MM

P.S. Tentarei escrever o quanto antes, mas já me desculpo por postar a cobertura mais completa com uma semana de atraso, assim que retornar da ilha dos loucos entusiastas...
Cheguei ontem em Miami com minhas esposa e filha e mais um casal de amigos com uma filha também. Juntos trouxemos cinco malas grandes (já na vinda!) e algumas mochilas.

Reservamos na Hertz uma minivan, a contragosto meu, mas por falta de opção melhor - tenho outros planos que conto depois. Para nossa surpresa o atendente estava num bom dia e nos ofereceu sem custo adicional um Chevrolet “monster” Tahoe V-8. Na hora eu aceitei e fiquei bem mais empolgado achando que era um carro mais de entusiasta.

Eu e meu amigo fomos buscar o carro numa vaga distante. Logo na aproximação eu reparei que o monstro é grande mesmo. Pensei sobre como alguém pode querer um trambolho daqueles, que além do mais deve beber muita gasolina. Sua altura é elevadíssima, que pode causar mal estar nas crianças - pelo menos comigo dirigindo tenho certeza que iriam enjoar - e apesar da terceira fila de bancos o acesso a ela é sofrível. Ou seja, péssimo para o entra e sai das viagens de férias.

Também descobri que o aproveitamento do espaço é muito ruim. Com as três fileiras de bancos (2+3+2) ocupadas quase não cabe bagagem alguma!

Olhamos uma Chrysler Town and Country no estacionamento e achamos o interior muito mais amigável e apropriado para as férias. A configuração dos bancos (2+2+3) com poltronas independentes na segunda fileira facilita muito o acesso à terceira fila ajudado pelas grandes portas de correr. Carro mais baixo, mais fácil de entrar e sair E mais confortável para rodar.

Fiquei dividido sobre qual dos dois pegar, pois não queria andar de minivan. Por outro lado, aquele monstro, apesar do visual bacana e intimidador, também não fez minha cabeça. E o pior é que havia muitos Camaros intercalando as minivans e os outros carros no estacionamento da Hertz. Enquanto eu queria decidir que carro pegar e ir buscar logo as mulheres, meu amigo ficava se deslumbrando com os Camaros. Comigo é assim: primeiro a obrigação e depois a diversão. Além do mais, eu já andei de Camaro SS junto com o Arnaldo.

Bem, meu amigo não escondeu a preferência pela Town and Country. E eu, pensando na felicidade geral, acabei aceitando a minivan. Voltamos no guichê e pedimos para trocar o carro. Nisso as mulheres já estavam entediadas e estressadas, pois todos estávamos cansados.

Então viemos buscá-las e as malas de minivam. E quem falou que as malas couberam no carro? Precisamos de várias tentativas de empacotamento até conseguir uma minimamente satisfatória e que liberasse assentos para todos. Só quero ver na volta, quando essas cinco malas grandes virarem 7 ou 8! Mas deixarei para pensar numa solução só lá no dia.

Depois de algumas milhas rodadas e muitas paradas descobrimos amenidades interessantes. As portas laterais de correr têm sistema elétrico de abertura e fechamento, assim como a tampa do porta-malas. Depois de deixar o carro estacionado por algumas hora sob o sol escaldante, dá para abrir as portas de correr e o porta-malas a distância, por controle remoto embutido na chave. Assim aquele bafão já vai saindo e a temperatura do interior diminuindo antes de chegarmos no carro. Esse início de férias nada entusiasta não deve ficar assim. Num dia muito cansativo e muitíssimo quente, nem fotos eu tirei. Logo que tiver algo relevante volto a postar.

PK