google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: REUTERS/Lucas Jackson

"awe"
" grande medo, terror, pavor. 2 respeito, reverência, admiração. • vt 1 causar ou sentir medo, aterrorizar, amedrontar. 2 influenciar ou restringir pelo medo, intimidar. to hold someone in awe respeitar alguém profundamente. to stand in awe of a) ficar amedrontado por, ter muito medo de. b) reverenciar ou ter respeito por."
Não existe palavra no vocabulário de nossa língua que descreva tão bem o que sinto quando vejo estas fotos quanto a palavra inglesa acima.

Bastou as notícias da erupção do impronunciável vulcão islandês Eyjafjallajokull aparecerem, para um sem -fim de teorias de aquecimento global novamente pulularem a nossa frente. O vulcão jogou quantidades gigantescas de enxofre e cinzas na atmosfera, mas muito pouco CO2, de acordo com estimativas: o equivalente ao tráfego aéreo europeu que ele impediu de acontecer.
Foto:AP Photo/Brynjar Gauti

A influência no clima, dizem os especialistas, será mínima. Diferente de outras erupções maiores e mais famosas, como a do monte Santa Helena nos EUA em 1980 (cuja coluna de 24 km de cinzas se espalhou pelo globo), a do Pinatubo em 1991, que destruiu grande parte da camada de ozônio, diminuiu em 10% a incidência de luz solar na terra, e baixou a temperatura média do planeta em 0,5 grau Celsius.

Mas pior foi a famosa explosão do Cracatoa em 1883, na Indonésia, que é a maior já registrada pelo homem. Nele, chuva de cinza quentíssima atingiu uma província na Sumatra e matou mais de mil pessoas, maremotos varreram até a Austrália, e a ilha simplesmente desapareceu. A explosão foi registrada em barômetros por todo o globo! A erupção jogou quantidades gigantescas de dióxido de enxofre na estratosfera, resultando em chuva ácida e em uma redução de 1,2 grau na temperatura do planeta. O mundo ficou mais escuro por causa do Cracatoa, invernos ficaram mais frios, tempestades estranhas aconteceram, e o clima só voltou ao normal no planeta lá por volta de 1888. Na Noruega, Edvard Munch criou o famosíssimo quadro abaixo, chamado de "o grito", depois de presenciar um estranhíssimo céu vermelho, efeito dos componentes químicos que o vulcão jogou na atmosfera.


Estas coisas me deixam pasmo. Não sou homem religioso, ao contrário, creio profundamente na capacidade do ser humano evoluir e chegar ao divino poder da criação, mas eventos deste tipo ainda me deixam impressionado. E seus efeitos, de tão imprevisíveis na atmosfera e em nosso planeta, remete-nos a uma incapacidade completa frente a um poder que não conhecemos.

Eu sei que devemos sempre buscar menor emissão de poluentes em nossos carros, coisa que estamos fazendo desde 1968. Hoje, você não morrerá se respirar os gases do escapamento de seu carro, feito notável. Existem veículos que podem até limpar o ar, se rodarem em ambientes muito poluídos! A limpeza dos dejetos emitidos por nossos veículos deve ser uma busca constante, e é importantíssima.

Mas eventos como este, e a incapacidade de se prever corretamente se choverá amanhã ou não, me deixam muito cético quanto a teorias de aquecimento global, e a histeria carbônica. Sim, temos que tomar cuidado com o que jogamos na atmosfera, mas daí a prever uma mudança global no clima? Acho um pouco demais, por mais que goste da ciência como fonte de explicação para tudo.

O grande LJK Setright (10/08/1931-7/07/2005) tinha mais sorte. Sua fé religiosa inabalável o tornava mais seguro a respeito do seu próprio destino, e ao do nosso mundo, e dizia que o sol, os vulcões, e um outro sem-fim de fatores incontroláveis tinham mais efeito no clima que os automóveis. Como disse, não sou religioso, mas frente ao poder demonstrado pela natureza por meio de terremotos e vulcões ultimamente, começo a achar que ele tinha um fundo de razão.

"É muita pretensão do ser humano achar que pode começar uma mudança no clima da terra. E pretensão maior ainda é a de que ele pode pará-la." - Leonard John Kensell Setright
MAO
Foto:Halldor Kobleins/AFB/Gety images


Sem nenhuma dúvida: a Hoggar é uma picape derivada de automóvel das mais interessantes. O mais notável é a calibragem da suspensão – independente nas quatro rodas, exclusividade da Hoggar – que resulta num rodar mais confortável do que muito automóvel nacional.

O projeto consistiu, basicamente, em pegar parte dianteira do 207 até à cabine e juntá-la à seção traseira do multifurgão Partner, ficando o entre-eixos 300 maior que o do hatch 207, chegando a 2.745 mm (a terceira maior, superada pela Ford Courier, 2.830 mm, seguida da Saveiro, 2.750 mm, Fiat Strada, 2.718 mm e Chevrolet Montana, 2.714 mm ).





O Marco Antônio Oliveira pediu e aí vai. O terceiro Dodge Charger americano de primeira carroceria que estava em Águas de Lindoia.

Este, sim, um carro com muita coisa a ser melhorada, melhor dizendo, tudo a ser melhorado.

O preço base de negociação era de R$ 80 mil, o que nos dá uma ideia do quanto é arriscado fazer negócio em exposições desse tipo, bem como comprar carros em leilões.

A grande diversão ao olharmos para dentro do cofre do motor foi tentar descobrir a cor original desse exemplar.

Coisa para quem tem bastante tempo de trabalhar em restauração. Sem contar a verba.

JJ


Alguns leitores perguntaram recentemente sobre meu Nissan Maxima. Infelizmente, depois de comprar o novo Focus, não tinha mais como manter 3 carros, e o mais velho teve que ir. Seguindo uma velha tradição do MAO, vendi-o muito melhor do que comprei, repintado, rodas de alumínio novas, motor redondo, que de tão estável em marcha-lenta, parece desligado.

Ao contrário do que muitos imaginam, carro deste tipo vende fácil sim. Não sei se foi sorte, mas em uma semana já tinha quatro interessados, e vendi-o em menos de um mês. Também nunca sofri por falta de peças, e sua manutenção não foi mais cara do que o Fiesta Sport que ele substituiu.


Já sinto falta de acelerar aquele V-6 esquizofrênico, que apesar dos olhos puxadíssimos, pensava que era um gordo barítono italiano. E como anda! Pouquíssimas vezes andei em coisas mais rápidas que essa fantástica (e barata) barca japonesa. Sentirei falta também da amizade com os práticos e os pilotos de rebocadores...


Mas não somos donos de verdade de nenhum carro; apenas o guardamos para uma próxima geração. Eu fiz minha parte e melhorei seu estado de conservação. Se os próximos dono forem iguais, durará uma eternidade. Minha contribuição para diminuir o lixo do mundo!

Então, boa viagem e um futuro feliz é o que desejo para este velho companheiro, e para o seu novo dono.
Godspeed, old girl!
MAO