google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Nada como um bom programa autoentusiasta! Neste sábado, PK, MAO e JJ, com seus alvarás concedidos pelas patroas, acordaram antes das cinco da manhã e se dirigiram para Águas de Lindoia para o XV Encontro Paulista de Automóveis Antigos.

Com o pé na estrada já bem cedinho, chegamos lá com a cidade acordando. No caminho passamos por alguns carros que também estavam indo para o encontro. Chegamos lá antes da oito horas e saímos de volta por volta de três da tarde. Com calma vimos quase tudo. Apesar de muita repetição dos anos anteriores, ainda pudemos nos divertir muito.

Combinamos de fazer posts juntos, mas isso pode nos atrasar. Logo vamos soltando posts a medida que conseguirmos. Esse foi só para aquecer e lembrar que o encontro vai até terça-feira. Quem não foi ainda dá tempo. Chegue cedo que dá para aproveitar melhor.

PK


Como sugestão de um de nossos leitores, aqui temos alguns detalhes curiosos do regulamento da Le Mans Series, mais especificamente a LMP1, categoria onde correm os protótipos a diesel da Audi e Peugeot.
Há uma clara tentativa de igualar o desempenho dos carros movidos a gasolina com os a diesel, em diversos pontos do regulamento técnico, até com parâmetros bem interessantes e rigorosos. Um ponto interessante é a abertura para os híbridos já prevista em regulamento. Os carros dotados de sistemas de regeneração por frenagem ou calor do escape só podem tracionar as rodas traseiras, eliminando assim a instalação de motores elétricos na dianteira para gerar um 4x4. O sistema elétrico só pode ser comandado pelo pedal de acelerador, assim não é permitido um botão tipo push-to-pass do KERS da F-1 do ano passado.
Um item do regulamento diz que para um carro ser considerado híbrido deve ser capaz de percorrer todo o pit lane (400 m) a 60 km/h somente com o motor elétrico. A Peugeot já anunciou o desenvolvimento de um híbrido, baseado no 908, mas ainda não mostrou nada concreto.

Aqui temos alguns detalhes importantes de distinção das categorias, e entre os a diesel e os a gasolina.
- Para os LMP (Le Mans Prototype) não é necessário a fabricação de 'X' unidades para homologação, como é necessário na GT.
- Os P1 movidos a gasolina têm peso mínimo de 900 kgf, enquanto que os movidos a diesel pesam no mínimo 930 kgf. Os P2 pesam no mínimo 825 kgf.
- Os carros a gasolina possuem tanque de 90 litros, enquanto que os a diesel possuem tanque de 81 litros. A diferença no volume do tanque é para tentar compensar a maior economia dos motores Diesel, que faziam menos pit stops para reabastecimento ao longo das provas.
- A distância entre eixos é livre, porém os balanços dianteiro e traseiro são restritos, o comprimento máximo é de 4.650 mm com asa traseira e a largura máxima é de 2.000 mm.
- As tomadas de ar devem ter no máximo 150 mm de altura em relação à região da carroceria onde estão fixadas. Desta forma, restringe-se a facilidade de captar fluxo de ar limpo para freios e admissão.

- ABS é proibido.
- Motores Diesel podem ter no máximo 5.500 cm³ de cilindrada, enquanto que os a gasolina aspirados são limitados a 7.000 cm³. Os turbos são limitados em 4.000 cm³. (P1)
- Todos os motores devem utilizar restritores de ar de acordo com o número de válvulas por cilindro e a  cilindrada total.
- A pressão máxima de funcionamento na admissão de motores turbo ou com compressor é regulamentada de acordo com a cilindrada do motor, seguindo uma progressão em função da rotação do motor.

- Os motores não podem emitir fumaça visível, e o barulho não pode passar de 112 dbA.
- O carro deve ser ligado de dentro, pelo piloto, sem assistência externa, como um motor de partida auxiliar móvel usado em carros de fórmula.
- Não é permitido nenhum auxílio eletrônico no carro, como controle de altura, transmissão semi-automática ou automática, amortecedores eletrônicos, embreagem e esterçamento das quatro rodas (4WS).
- O câmbio pode ter no máximo seis marchas para frente e obrigatoriamente uma ré. A embreagem só pode ser acionada por pedal, não é permitido uso de alavancas ou sistema eletrônico.
- Não são permitidos sistemas 4x4.
- Nos freios, seis pistões é o máximo permitido por roda.
- Sistema de controle de tração é permitido se aplicado somente ao gerenciamento do motor. Curioso, o ABS ser proibido e o TCS, não...
- O assoalho deve seguir rigorosas especificações de medidas, conforme o desenho abaixo. Curioso ver como é limitado o uso de apêndices e aberturas na parte inferior do carro, pois é um dos principais locais a se obter melhoras em downforce.

Há muitas outras características controladas pelo ACO (Automobile Club de L'Ouest), responsável pela organização do evento, mas não precisam ser citadas aqui. É interessante ver que em muitos aspectos, os carros mais avançados do mundo na categoria protótipo não são espaçonaves com tecnologias alienígenas. São carros de conceitos conhecidos por todos, sem quase nenhum auxílio eletrônico.
Nisso vemos o grande talento dos engenheiros que os criaram, que com diversas restrições conseguem fazer carros tão velozes quanto um F-1. A aerodinâmica é sempre o grande trunfo dos carros, mas lembrando que não somente velocidade é importante nesta categoria, os carros devem suportar no mínimo 24 horas de corrida. Impressionante.
MB


A Kombi pick-up foi fotografada hoje em Águas de Lindóia e o Toyota Camry, há mais tempo, em outubro de 2007, em Orlando, Flórida.
Esses caras devem ser da mesma família.
O engraçado é constatar o quanto o automóvel é uma ferramenta de exibição de ideias e o quanto de personalidade algumas pessoas aplicam ao carro que possuem.
Ou será que é para dificultar a ação de meliantes, tornando uma descaracterização do carro extremamente difícil?
JJ


Minha filha levou o Celta 2002 dela para a inspeção ambiental. Não providenciei absolutamente nenhuma verficação que concorresse para garantir aprovação, baseado na minha sistemática de décadas de que carro em ordem está pronto para qualquer missão.

O veículo, a gasolina, está com 106.000 km e jamais teve as válvulas de injeção limpas. Jamais, também, funcionou com gasolina que não fosse aditivada. O óleo – mineral, SL – é trocado a cada ano ou 15.000 km, conforme  indicado pela GM. Passaram-se 12.000 km desde última troca, em maio de 2009, sinal de que será feita a troca no início do mês que vem. Claro, a cada troca, filtro de óleo novo.

A correia dentada foi trocada com 62.000 km três anos e pouco atrás e é evidente que tive que me aborrecer com a concessionária Nova, que insistiu na "necessidade" de trocar o esticador. Claro, não autorizei o malho...

Vejam os resultados da inspeção. O CO corrigido podia chegar a 1%, mas ficou em 0,07% e 0,10% em marcha-lenta e a 2.500 rpm, respectivamente. Já os hidrocarbonetos (HC) corrigidos, limite de 700 partes por milhão com diluição máxima de 2,5%, ficaram em 83 e 42 ppm àquelas rotações de motor, com fator de diluição de 1,01.

E antes que eu esqueça – ou alguém pergunte – o catalisador é original. Andam dizendo por aí que a vida dele é 5 anos ou 80.000 km. Outro malho que os desonestos vêm aplicando justamente em tempo de inspeção ambiental obrigatória. O tempo e a quilometragem estão certos, mas não para limite de uso: esse é o tempo e a quilometragem mínimos que os fabricantes de veículos têm que assegurar, perante as autoridades ambientais, que o componente cumpra a sua finalidade.

Nada de vida útil programada. Do mesmo jeito que amortecedores e embreagem não têm limite de uso.

BS

Nota: depois desse post estar na rede, o leitor Achille se manifestou dizendo ser um absurdo a inspeção em carros com até cinco anos, pelo que lhe dei total razão. Os números de um carro produzido no final de 2001 e com mais de 100 mil quilômetros, comprovam-no. (atualizado às 17h45)